Cheguei no andar de baixo meio ofegante já que tinha descido todos os lances de escada correndo, adentro o quarto e da mais velha deixando a porta para entrar a luz do corredor. Inês estava inquieta na cama e parecia suar muito deveria estar tendo um sonho agitado, olhei para os lados à procura da Banshee mas sem sinal dela, me questiono se aquela fada ou fantasma tinha nome provavelmente eu não receberia essa resposta.
- Inaiê! Escuto a voz da bruxa que parecia em desespero me chamando atenção
Me aproximo da cama da mais velha e me sento na beirada observando a mesma, estava em uma luta interna se devia ou não acordar a morena que se mexia muito.
- Inaiê perd.... Escuto ela falar de novo mas parecia ter sido cortada por algo fazendo ela ganhar uma expressão de dor
Ignoro meus questionamentos de quem caralhos seria essa tal de Inaiê e tento focar em acordar a mais velha.
- Inês acordar. Falei balançando de leve a bruxa mas sem sucesso
Escuto uma risadinha debochada vindo de algum canto do quarto me deixando em alerta, como eu imaginei ela ainda estava no ambiente atormentando o pobre sono da bruxa.
- A deixe em paz Banshee. Falei cansada
Olho meu relógio e já eram quase quatro da manhã, eu me sentia exausta não só pelo sono que vinham mas parecia que algo sugava minha energia bem lentamente era sempre assim essa hora. Escuto de novo a risada que parecia meio rouca mas parecia que tinha rido no pé de meu ouvido me fazendo olhar para trás assustada mas nada via.
- Darling! Chamo de novo a mais velha que mantinham a mesma expressão de dor
Eu não sei se era suor ou coisa da minha cabeça mas parecia que uma lágrima solitária havia caído do olho esquerdo me fazendo ficar preocupada com a falta de resposta da mesma, eu tento mais uma vez fazer ela acordar mas nada adiantava. Era torturante saber que a mais velha poderia estar sofrendo e eu não poderia fazer nada, abaixei minha cabeça e começou a chorar baixinho esperando que aquilo acabasse logo.
" Elora abriu o machucado na barriga dela, se ela não acordar ela vai sangrar mais''
Escuto a voz de Flora que parecia vir de dentro de minha cabeça, olho para a mais velha que ainda estava inquieta na cama, ela vira de barriga para cima e tinha uma mancha na parte onde estava seu machucado. Uma ideia ilumina a minha cabeça.
- Eu espero que me perdoe darling. Falei sabendo que não ganharia uma resposta
Me levanto e me sento em suas pernas, ela começa me bater e sussurrar algo em alguma língua desconhecida, sinto um peso em meu peito me fazendo perder um pouco do ar mas estava determinada a acordar a mais velha de qualquer jeito. Levanto um pouco sua blusa vendo e vejo a gaze encharcada de sangue, mesmo com muito pesar acerto um soco leve no lugar fazendo seu corpo de um leve espasmo me acertando um tapa forte em minha orelha me deixando meio zonza, me jogo ao seu lado resmungando de dor.
- mon cher. Escuto a voz fraca e chorosa
Olho para o lado e vejo Inês me encarar com os olhos cheios de lágrimas e me abraça de qualquer jeito.
- me desculpa. Murmurou entre soluços
Nada mais foi dito e fico fazendo um cafuné nela até ela ficar mais calma, depois de se acalmar ajudo ela se sentar na beira da cama vendo ela fazer uma careta de dor.
- Eu acho que vou ter que tomar outro banho. Falou me fazendo concordar com a cabeça
- Vou pegar as coisas para o seu machucado ok. Falei ajudando ela a andar até o banheiro
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O conto da meia noite
Genel KurguMárcia queria resposta sobre tudo que estava acontecendo, mas teme que seja coisas demais para ela absorver. " Ao bater do relógio da meia noite tudo que ronda a escuridão peregrina sobre a luz do luar."