Vida e morte

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Mais um capítulo meu povo, espero que gostem e boa leitura!

Aos cardíacos, cuidado! Pra quem tem coração fraco, um capítulo forte!

A música de hoje é man down, da Rihanna.

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Raquel

Senti o mundo se abrindo sob meus pés.

Eu sentia as forças de minhas pernas diminuindo e certamente eu já as tremia. Todo e qualquer som ao meu redor de tornou inaudível. Um zumbido forte em meus ouvidos me deixou aérea e ainda mais fraca. Fechei os olhos com força e senti que poderia desmaiar naquele momento. Ouvi a voz de Ángel bem longe quase no exato momento que ele segurou em seus braços.

Com o impacto de parte da minha costa e braço no peito de meu amigo, eu pareci finalmente voltar um pouco que fosse para a realidade e não sucumbir a um desmaio. Retomei um pouco de minhas forças e me pus de pé novamente, caminhando até a cadeira onde eu antes estava e me sentei.

Coloquei os dois cotovelos sobre a mesa e apoiei minha cabeça com as mãos, esfregando meu rosto tentando me situar de que aquilo estava realmente acontecendo.

- Raquel... - Prieto me chamou com receio tocando em meu ombro.

Virei minha cabeça lentamente em direção a sua mão e então o olhei com a mais pura raiva que eu já havia sentido por alguém em toda a minha vida. Segurei com força em seu pulso e girei seu braço até quase quebrá-lo, obrigando ele a se aproximar mais de mim. Em seguida segurei em seu pescoço com toda a força que eu pude e o apertei ali, tirando seu ar.

- Como você pôde? Seu filho da puta!

- Raquel! - Ángel gritou, separando minhas mãos de Prieto logo em seguida, se colocando em nosso meio e nos afastando totalmente.

Levantei da cadeira em um impulso e acredito que meu semblante era monstruoso tamanho o medo que percebi nos olhares dos dois.

- Você também sabia disso, Ángel? - Perguntei já chorando e o vi engolir em seco. - Você sabia disso, seu grande filho da puta?! - O empurrei com força e ele esbarrou em Prieto com o impacto.

- Eu soube há pouco tempo também, Raquel, por favor se acalme! - Ángel disse me pedindo calma com as mãos próximas aos ombros como se eu fosse atacá-lo a qualquer momento.

- Como você pôde!? Seu filho da puta! - Gritei agora para Prieto, que parecia nervoso atrás de Ángel, porém sempre com aquela cara de cretino tentando controlar a situação em seu prol. - Eu te implorei que me ajudasse a encontrar quem havia feito aquilo com Fábio e você simplesmente disse que não poderia me ajudar. E então você me bota nessa merda de missão e deixa que eu me deitasse com a porra do assassino do meu marido! SEU DESGRAÇADO DE MERDA! - Peguei o cinzeiro de vidro que tinha sobre sua mesa e taquei em sua direção. Ele tentou se esquivar mas não conseguiu totalmente e o objeto o atingiu em um lado da têmpora, fazendo um corte em sua sobrancelha.

Ele gemeu de dor e Ángel me segurou pelas duas mãos com força. O xinguei outras tantas vezes enquanto ele apenas me olhava em um misto de medo, arrependimento, e raiva.

- Escuta, Raquel. Você não pode mudar o que aconteceu, mas você ainda pode se vingar! - Disse Ángel e por um momento nem eu mesma confiei em suas palavras pois ele não mais falava com convicção.

- Se eu te contasse você iria começar uma guerra. Te conheço, Raquel. Você daria um jeito descarado de dar fim a porra de um dos maiores líderes da irmandade, e então a gente estaria fudido. - Prieto começou a falar enquanto buscava algo em sua mesa que pudesse estancar o sangue que descia pela lateral de seu rosto. - Te colocar nessa missão foi uma forma de garantir também a sua vingança. Mas entenda que eu não pude te contar!

My fatal paradiseOnde histórias criam vida. Descubra agora