promessas em vertigem

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E vamos com o capítulo mais babadeiro dessa fic até o momento!

Esse capítulo é um dos mais especiais pra mim, e por isso vou dedicar a madrinha da fic que todo cap me ajuda a não fazer M e minha bruxinha goenkalera preferida desse mundo: @sorginanekane, gratidão por tudo! (inclusive leiam a fic serquel dela no spirit: sorginanekane, o verdadeiro motor da vida)

Boa leitura!

Alerta: Descrição de tortura. Violência, luto, tiroteio, sangue e morte!

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Sérgio

Já era de tarde quando cheguei até o hotel para conversar com Tamayo. Ele havia pedido para conversar comigo em particular e eu já suspirava de cansaço esperando que fosse mais um problema para resolver. Mais uma informação que não nos levaria a lugar nenhum, ou quem sabe, e na pior das hipóteses, mais um ataque contra nós.

Eu estava mais do que exausto. Sabe lá de onde eu tirava forças para prosseguir com aquilo.

Parecia que conforme dávamos um passo a frente, nossos inimigos davam dois. Eu sinceramente não sabia o que seria do futuro da irmandade, e nem do meu próprio. Mas eu havia prometido para mim mesmo que daria tudo de mim naquilo. Havia prometido a Raquel.

Eu iria conseguir invadir o depósito da fidelidade e encontraria a merda dos contêineres lá. E então teríamos força, motivos e direitos suficientes para derrubar a fidelidade, tudo sob o aval do conselho supremo.

Então finalmente eu conseguiria o que tanto almejava desde o dia que aceitei fazer o primeiro trabalho para a irmandade em troca da máfia custear o tratamento de Sol. Finalmente eu sairia desse contexto que me desumanizava pouco a pouco e me destruía a cada dia.

Aquela missão estava sendo difícil, mas querendo ou não, ela era a minha grande oportunidade.

— Olá, Tamayo. Alguma nova informação? — O cumprimentei abrindo sua sala e ele estava de pé pensativo olhando pela parede de vidro em seu escritório que dava vista para a rua em frente ao hotel.

— Sim, sim. As informações que você pediu para equipe na segunda estão todas aí. — Ele apontou para cima de sua mesa.

— Ah, ótimo. Vou analisá-las e depois conversamos sobre o que lhe disse de sexta. — Eu folheava a papelada já pronto para me retirar de sua sala.

— Um momento, Sérgio. Preciso conversar uma coisa com você. — Um incômodo me atingiu, seu tom de voz não era dos melhores. — Diga-me… Você acredita que haja um infiltrado entre nós?

Joder, que eu me perguntava aquilo haviam dias. Sim, eu acreditava que havia sim. Apenas não queria encarar o fato de que eu não tinha a mínima ideia de quem poderia ser.

— Talvez, Tamayo, joder… talvez. Por isso pedi que trocássemos os aparelhos de toda a nossa equipe, cuidássemos mais da segurança de todos os que estão envolvidos na missão, tentar manter o máximo de sigilo e… — Eu explicava quando ele me interrompeu.

— Sérgio… — Ele caminhou até a minha frente e eu engoli em seco. Ele segurou em um dos meus ombros e eu o olhei desconfiado. — Como você conheceu Raquel?

Não… eu não estava ouvindo aquilo…

Eu não acreditei que esse filho de uma puta ousou insinuar que Raquel tinha algo que ver com toda aquela merda. Com toda a merda que provavelmente por sua própria culpa estávamos.

— Tamayo… Eu vou sair por aquela porta e fingir que essa insinuação nunca saiu pela sua boca, para o meu, e para o seu próprio bem! — Rosnei entre os dentes.

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