Capítulo 2

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- Prazer Márcia. Eu sou Inês.

- Ah, oi... Prazer é meu, Dona Inês.

- Só Inês, por favor. - ela disse sorrindo sem mostrar os dentes. - Que tal o drink especial da casa?

Antes que os policiais pudessem responder, Inês já tinha servido três copos com uma bebida bem azul e o cheiro de álcool parecia ter tomado conta de todo o Cafofo.

- O que é isso? - Márcia pergunta.

- Uma misturinha especial aqui do Cafofo, é forte, mas todos gostam.

Eric olha pra sua parceira como se pedisse autorização pra beber aquele líquido estranho vindo de uma mulher estranha.

- Saúde. - Inês brinda e bebe toda a cachaça azulada de uma vez e é seguida pelos policiais.

- Uhum! É bem forte mesmo! - diz Eric.

- O que tem nessa misturinha do Cafofo ?

Antes que a dona do bar tivesse oportunidade de responder o telefone de Márcia começa a tocar.

LIGAÇÃO ON

- Alô?

- Oi, falo com a policial Márcia?

- Sim, quem falando?

- Aqui é o Juarez, do IML...

- Do IML? Por que você tá me ligando?

- O corpo que vocês entregaram aqui sumiu durante a noite.

- Que?! Eu indo agora!

LIGAÇÃO OFF

- Que foi, Márcia?

- Eric, o corpo do Manaus sumiu do IML. A gente precisa ir até lá agora!

Antes que pudesse pagar, aquela mulher do bar tocou na não de Márcia:

- Esses ficam por conta da casa.

- Obrigada, Do... Inês.

Na saída do estabelecimento Márcia olha pra trás e quase se perde novamente no olhar daquela morena de vestido preto, com os cabelos caindo perfeitamente nos ombros e, apesar de ainda estar claro, a maquiagem escura estava perfeita, marcando bem os olhos. Acenou mais uma vez com a cabeça e partiu para o Instituto Médico Legal.

- Como assim o corpo sumiu?

- Ele tava aqui, e agora não está mais.

- Oficiais deixam um corpo aqui pra uma necropsia e você tá me falando que ele simplesmente evaporou?

- Pois é, Márcia, e eu não posso fazer mais nada por vocês.

- A gente vai precisar da lista de todos que estiveram aqui ontem e as imagens das câmeras. - Eric finalmente fala.

- Pode falar com Juarez, ele te dá uma cópia de tudo que você precisar.

Enquanto isso no Cafofo Bar

- É ele Inês! Eu tô te falando, foi ele que apareceu na praia do Flamengo aquele dia. - diz Camila, uma mulher maravilhosa com cabelos trançados pretos e um vestido branco que destaca ainda mais sua pele preta bem retinta.

- Foi ele que matou Manaus? - Isac perguntou. O mais novo do grupo morava na ocupação ali da Lapa, pertinho do Cafofo, as vezes demorava pra entender as situações, mas era um bom menino. Podia até não ser o mais esperto, mas era o mais ágil.

Nosso Amor Não é LendaOnde histórias criam vida. Descubra agora