-17-

67 6 3
                                    

Aviso: Este capítulo contém cenas um pouco explícitas.

Zoe

O jantar foi animado. Achei que apenas iríamos falar de negócios, mas foi bem mais divertido do que isso.

Depois de jantar, tal como o Kyle tinha dito, houve música. Evitei falar muito com o Kyle, embora trocassemos vários olhares.

Estávamos nuns sofás. O dj estava a colocar música, mas eu não tinha grande vontade de dançar, por isso acabei por ficar com o Kyle e com alguns colaboradores sentada. Um deles era o Michael. Super simpático e engraçado.

– Zoe, que tal mais uma bebida? – Empurrou uma bebida escura na minha direção e eu torci o nariz, negando.

– Não, Michael. Obrigada. Uma já foi o suficiente! – Sorri e ele encolheu os ombros. No sofá à minha frente o Kyle fitava-me friamente.

– Então vamos dançar. – Arregalei os olhos e neguei. Ele agarrou-me a mão e começou a puxar-me para a pista iluminada. – Vá lá! Só esta música!

Acabei por ceder, sendo quase arrastada por ele para a pista. Enquanto dançavamos uma música animada que reconheci por passar na rádio, o Kyle continuava a fitar-me. Parecia irritado. A ideia de que ele talvez estivesse com ciúmes deixou-me um pouco feliz.

– Michael, eu tenho que ir à casa de banho, ok?

Ele apenas assentiu, e eu esgueirei-me dali. Ao chegar ao corredor da casa de banho, assustei-me ao sentir uma mão tapar-me a boca e puxar-me para um dos cantos mais escuros perto da casa de banho feminina.

Comecei a entrar em pânico e a debater-me. Queria chorar ao ver que não me conseguia libertar. Fui finalmente encostada contra a parede e pude ver quem era o meu raptor.

– O que há de errado contigo? – Berrei, empurrando o seu peito para longe de mim.

– O Michael? A sério, Zoe? – Levou a mão aos cabelos e puxou-os para trás, caminhando nervoso no corredor.

– O quê? – Perguntei sem entender nada e ele simplesmente gargalhou, nervoso.

–Eu trouxe-te aqui para conheceres um pouco sobre a empresa e acabas a noite com um gajo qualquer!

Senti um misto de emoções atingir-me. Queria bater-lhe. Senti-me insultada e humilhada. Mas no fundo eu senti que ele ainda sentia algo por mim. Ele tinha ciúmes do Michael.

– E? Tu não me és nada! – Exclamei.

Ele gargalhou mais uma vez, olhando à nossa volta. Estávamos sozinhos no corredor. Ainda bem. Devíamos parecer dois loucos a discutir.

O que aconteceu a seguir deixou-me literalmente sem ar. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele uniu violentamente os nosso lábios e eu fui encostada novamente à parede.

Podia tê-lo afastado de mim. Seria a decisão mais racional, mas eu não o fiz. Deixei-me levar. Senti-me em chamas quando o seu corpo se colou ao meu e os seus lábios desceram para o meu pescoço. Agarrei os seus cabelos, incentivando-o a continuar.

Gemi frustrada quando ele se afastou do pescoço e voltou aos meus lábios. Ele afastou-se ligeiramente.

– Diz isso agora. – Afastou a manga do meu vestido e mordeu o meu ombro, beijando-o de seguida. Senti calafrios e soltei um gemido baixo. – Diz, Zoe. Diz que eu não te sou nada.

– Cala-te. – Sussurrei, puxando-o novamente para mim. Precisava dele.

Puxei levemente os cabelos da sua nuca, e ele soltou murmúrios desconexos enquanto me guiava para dentro de uma das cabines da casa de banho. Por sorte estava tudo vazio.

– Senti a tua falta. – Murmurou contra o meu pescoço e eu gemi quando ele se roçou em mim. – Esse vestido deixa-me louco.

Rapidamente corri as mãos pelo seu peitoral, abrindo os botões da sua camisa enquanto ele me levantou do chão e me encostou contra a parede do box.

Gemi quando ele passou as mãos pelas minhas coxas, subindo o meu vestido até à altura da minha anca. Ele soltou pequenos suspiros quando mexi a minha anca, causando fricção entre nós.

Desci a minha boca pelo seu pescoço, arrancando pequenos gemidos e procurei às cegas o seu cinto para o tirar. Sentia-me em erupção.

Arregalei os olhos e ele tapou-me a boca quando ouvimos gargalhadas femininas na casa de banho. Fiz sinal para que ele me largasse e ajeitei rapidamente o meu vestido. Depois de perceber o que quase fizemos, fiquei com vergonha. Mas queria fazê-lo na mesma.

Ele foi apertando também os botões da camisa e quando o barulho cessou gemi de surpresa ao sentir os seus lábios na minha nuca.

– Aqui não, Kyle. É perigoso. – Sussurrei e ele bufou, afastando-se.

Saí do box e ele saiu atrás de mim, logo depois de eu verificar se tudo estava deveras vazio.

– Não vais fugir outra vez, Zoe. – Sussurrou no meu ouvido, e eu quase me derreti nos seus braços. – Eu quero-te.

Fiquei sozinha em frente aos espelhos com as pernas bambas e o coração aos saltos. Mordi o lábio, sorrindo para o meu reflexo. Não podia negar que sentia a falta dele. Sentia muito mesmo. E o que tinha acontecido tinha sido muito especial para mim.

Retoquei rapidamente a maquilhagem e saí da casa de banho. Procurei o Kyle no meio da pista de dança, mas acabei por o encontrar num canto mais isolado perto dos sofás. A beijar a Madison.

SunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora