capítulo 2 - delicado

7.2K 759 282
                                    

Nanami sabia que não o tratariam como um ser humano mas isso? Isso era demais o garoto estava quase a beira de um desmaio, "e só uma criança" pensava o mais velho quando ia retirando os amuletos em volta do pescoço e abdômen do menino com cuidado "uma criança que já tem uma data de execução marcada" acrescentou no final, seu semblante era sério, inabalável, mas seus sentimentos estavam perturbados, se lembrou da cena de quando o menino tinha engolindo um segundo dedo, estava em agonia, talvez perguntaria a ele se ainda dói em algum lugar ou se era somente ao digerir um dedo da maldição, talvez perguntasse mas agora não era hora e em o lugar para isso, pegou a criança no colo e subiu as escadas com mais pressa do que quando entrou saiu da cabana sem nem fechar o falso fundo direito, estava com medo? Estava, Medo de que a criança nos seus braços estivesse algum machucado interno ou só com fome de mais. Balançou a cabeça em negação se focando em seu caminho até seu carro, colocou a criança no banco de trás o prendendo com segurança no sinto se dirigindo a sua casa, no caminho ainda passou em uma lanchonete comprando alguma coisa pro garoto, chegando lá retirou o menino do banco de trás e o  levou para se cuidar, primeiro retirando a primeira peça de roupa revelando inúmeros ferimentos e cicatrizes espalhados pelo corpo do mais novo, Nanami se surpreendeu as analisando, não foram feitas recentemente ou por alguma consequência após engolir uns dos dedos de Sukuna, aviao marcas de cigarro apagadas por seu braço esquerdo, no direito estavam alguns cortes e perfurações, na barriga tinha a maior das cicatrizes, "e como se alguém estivesse descontando toda a sua frustração nessa criança" pensou o homem de terno, sua raiva tinha aumentado a cada machucado que via, mas parou de analisar e tomou a decisão de o banhar logo e tratá-lo caso estivesse com algum ferimento sério ou somente com dor.

A água suja que escória pela banheira revelava uma criança de cabelos rosados e pele branca, seus olhos não dava para ver ele ainda estava dormindo, dormindo tão tranquilamente que fez Nanami cogitar se o menino tinha era desmaiado, mas não, ele abriu os olhos devagar enquanto observou o homem ali, o mais velho se surpreendeu que a criança ali não ficou assustado com sua presença, afinal estava na frente de um desconhecido que o tinha banhado e agora estava vestindo roupas novas, abriu a boca para falar algo mas decidiu optar pelo silêncio com o pensamento não opcional de que os olhos do garoto eram lindos, o garoto era delicado e mesmo sem dizer uma palavra, Nanami percebeu que ele era gentil, seu toque era gentil, seus olhos eram gentis  terminou de vestillo com um moletom rosa bebê e uma calça larga, quase como um pijama, combinou muito com o menino, o homem esboçou um pequeno sorriso para o jovem ali o qual o olhou com curiosidade e logo supresa já que o mais velho o pegou no colo e o levou para cozinha o oferecendo a comida que tinha comprado mais cedo, os olhos do menino se iluminaram com a comida já sentado na cadeira com os pés para cima e os bracinhos na mesa observou o lanche mas antes de o pegar olhou para o mais velho com os olhos grandes e amarelos, suas bochechas estavam um pouco rosados, o garoto tinha um pouco de frio.

--- - eu posso mesmo comer tudo isso?! - o semblante do garoto era de pura alegria e é claro fome, Nanami estava suspenso, o garoto o tinha perguntado uma coisa simples, "ele esta pedindo permissão para comer" pensou o homem, esse era o problema, qualquer outra criança teria partido para cima do lanche sem nem hesitar.

Nanami - eu comprei para você, pode comer o que quiser - disse simples vendo os olhos dele brilharem ainda mais, pegou o lanche e começou a comê-lo compressa, dava para ver que estava faminto, Nanami se sentou na outra cadeira um pouco distante do menino.

Nanami - a propósito, me informaram que você não conseguiu dizer seu nome, pode me dizer agora? - o garoto estava mais a vontade perto do maior agora balançava as pernas de um lado para outro, parou de comer e olhou nos olhos de Nanami sorrindo, era tão inocente e delicado, nem parecia que estava a quase um dia inteiro dentro de uma cabana no meio do nada.

--- - meu nome e Yuji Itadori! Qual e o seu moço? - Yuji sorriu mais ainda quando o mais velho retribuo o sorriso, mas de forma quase imperspectivo aos olhos de qualquer outra pessoa.

Nanami - eu sou Nanami kento, hoje você dormirá aqui comigo, amanhã conhecerá uma pessoa que vai cuidar de você, Yuji, já preparei uma cama e um quarto separad- - Nanami e interrompido por Yuji que o olhava um pouco assustado.

Yuji - P-por favor, eu não quero dormir sozinho... Eu t-tenho medo - Yuji tinha um certo pavor estampado em sua face, Nanami vendo a cena só pode suspirar e se lembrar de que querendo ou não itadori era só uma criança, e não muito diferente das outras, ele tinha medo, mas o de terno sabia que Yuji não deve uma infância boa, muito pelo contrário as marcas em seu corpo mostravam isso.

Nanami - tudo bem não precisa se preocupar, estarei ao seu lado até quando dormi, prometo - só essas palavras foram o suficiente para Yuji sorrir de novo só que dessa vez olhava para baixo era como se estivesse aliviado.

Nanami - vamos, pode deixar a bagunça aí não tem problema, já está tarde e você deve estar com sono - era verdade, Yuji mal conseguia manter os olhos abertos para falar com o moço alto na sua frente, esfregando os olhos e bocejando falou quase em um sussurro um "tá bom" desceu com certa dificuldade da cadeira e Nanami ofereceu sua mão para o menino pegar, Yuji estranhou o ato mas logo entendeu o que significava, pegou na mão do maior, estava feliz, muito feliz, ninguém o tinha oferecido tantas coisas ao mesmo tempo, uma cama para deitar e dormir tranquilamente, comida com um sabor muito bom, roupas apropriadas para si, ele nunca deve isso, e dormiu sorrindo para Nanami, "foi a melhor noite da minha vida" pensou Yuji enquanto dormia.

Nanami saiu do quarto agora pegando a ficha que continha toda a história do garoto, não para saciar sua curiosidade sobre o menino mas sim para preencher o nome do garoto, tudo o que ele soube dizer sobre si mesmo era que seu avô tinha o criado, sentiu medo ao perguntarem sobre seus pais, não foi a escola mas uma colega que morava próximo a casa de itadori o ensinou a ler e escrever, aparentemente seus pais morreram e seu avô está desaparecido, suspeitase que ele cometeu suicídio mas não encontraram o corpo, ainda e um mistério, Nanami sabia que essa criança era preciosa e quebrada, sem estrutura nenhuma, se questionou se as marcas de cigarro foram feitas por um de seus responsáveis mais parou de martelar esse assunto quando percebeu a hora, 12:45 AM estava na hora de dormir, mais tarde teria que dar Itadori a Gojo, o mais velho não deixou de ficar preocupado, Gojo era teimoso e desobediente, não aceitaria a tarefa de cuidar de Yuji por livre espontânea vontade, aos olhos de Nanami ele era outra criança, mas não se podia fazer nada seus superiores queriam Gojo para cuidar do hospedeiro de Sukuna, era claramente uma armadilha todos sabiam que o adolescente era irresponsável, na realidade estavam esperando que ele matasse o garoto quando recebesse a missão era óbvio para o de terno. Teria uma enorme dor de cabeça mais tarde, pensava o homem.

Amável - Gojo x Yuji [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora