²⁶ O fim?

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!sentiram saudades do loirinho?!


_________Park Jimin ‘on’_________


Acordei meio desnorteado, só me lembro de ter tomado uma surra acompanhado de um golpe de um homem. Há, também havia uma menina de cabelos loiros que implorava para o homem parar de me bater.

— Então você acordou?— O homem perguntou com um sorriso divertido nos lábios.

Eu não sei aonde estou nem como vim parar aqui. Na verdade eu me sinto vazio.

— Eu vou matar você park Jimin— o homem ameaçou.

Como vim parar aqui?

Quem é esse homem?

Qual é meu nome?

— Quem... é você?— Sussurei tossindo em seguida, percebendo que eu tossia sangue.

— Não finja, não lembrar!— ele gritou.

Eu realmente não consigo me lembrar, isso é ruim? Talvez não seja. Talvez, Deus queisesse me fazer esquecer tudo que passei até aqui, as dores, os sentimentos ruins, tudo.

— Seu imprestável!— ele deu um chute em minha barriga me fazendo cair no chão.

E foi nesse momento que eu me lembrei de tudo, desde o início até o final. Desde as lembranças de meu pai e quando minha mãe me levou embora a força, até a surra que eu levei de Dae-ho.

— Você nunca serviu para nada!— ele me deu um soco no rosto.— Devia morrer! — ele gritou alto, mas jurei não prestar mais atenção em suas palavras e agressões..

Foi como um filme se passando por minha mente.

— Eu odeio a razão da sua existência Kim Park Jimin!

Meus dias ruins na escola, com pessoas que me esqueceram e me ignoravam. Os dias em que eu servia de empregado particular da minha mãe. As surras de Dae-ho e seus xingamentos. Mas entre esses dias da minha rotina, eu acabei conhecendo alguém muito especial se chamando, Min Yoongi. Eu sabia que ele tinha algo diferente dos outros, algo em que eu podia confiar minha dores.

— Você merece muito mais que apenas socos!

Min Yoongi foi como a luz da minha vida, mas não foi somente ele.

— Eu te odeio, nem ao menos é meu filho!

No filme que se passou por minha cabeça, Taehyung apareceu me prensando contra os armários com os olhos furiosos, aqueles olhos furiosos... Ninguém poderia desconfiar que aqueles mesmo olhos, cheios de ódio, poderiam também transmitir dor e tristeza por coisas do passado. Taehyung se mostrava um machão, mas era só mais um coração quebrado que buscava proteger pessoas ao redor.

— Não é nem filho de Hei-na! Por que você existe?

Como no dia de minha briga com Taehyung, Jungkook também apareceu me defendendo de uma briga maior e me ajudando quando desmaiei. Desde então, aquele menino mais novo que eu, resolveu que sempre me defenderia e "bancou" ser meu herói. Não podemos desmerecer sua mãe e suas comidas maravilhosas, que me faziam querer comer mesmo com os problemas. Mas assim como todas as pessoas, Jungkook cometeu erros. Eu sei que ele está arrependido.

— Eu não suporto você!

Sun-na e Lin-na, as duas únicas dão um mix perfeito de felicidade, loucura, tretas, loucura por Oppas e outras mil coisas boas. Elas me acolheram tão bem, mesmo nem me conhecendo, elas sempre me elogiavam e me davam um carinho e apoio que eu nunca recebi nem mesmo da minha mãe. Sun-na se mostra um pouco seria, mas basta um sorriso ou piada de sua irmã para ela cair na gargalhada. Não podemos esquecer das tretas. Lin-na fofa como sempre, nunca esquece de apertar minhas bochechas e estar sempre animada com as coisas. É melhor destacar que ela amar comer.

— Não tem nem amigos!

Mas o mais louco de tudo isso é que eu os conheço a pouco em questão de data, mas na verdade é como se os conhecesse desde de sempre.

— Eu vou matar você!— ele disse não aguentando mais meu silêncio, parindo pra cima de mim. Primeiro ele me sufocou e depois usou um objeto para bater em minha cabeça. O que foi fatal.

E seria assim que eu partiria...
Com lembranças dos meus últimos dias de vida, os melhores dias da minha vida.

Eu queria poder deixar isso bem claro e dizer que eles não precisariam ficar tristes, não queria pessoas que me fizeram tão bem se sentindo mal.

Eu queria abraçar cada um deles e dizer o quanto sou grato por tudo que eles fizeram nos meus dias ruins. Os dias em que nada tinha cor, mas quando eles apareceram tudo tinha cor. E o amarelo, minha cor favorita, ganhou mais vintage depois que os conheci.

Eu tinha vários desejos.

Eu desejava de todo meu coração, que Yoongi continuasse com suas palavras bonitas e fosse muito feliz. Que ele conhecesse alguem que saiba usar palavras tanto para o bem quanto para o mal e eu não consigo enxergar outra pessoa, há não ser Sun-na.

Que Jungkook e Lin-na esquecessem o passado e se unissem novamente, os dois tem tudo haver um com o outro. Tenho certeza que foi tudo um mal entendido. Bastava só um pedido de desculpas e tudo estaria bem.

Desejo com todo meu coração que Taehyung seja feliz e encontre alguém que o ame e mude suas inseguranças. Que ele seja muito feliz e sorria mais com aquele lindo sorriso quadrado.

Em nenhum dos meus desejos, eu quis viver. Eu queria morrer, não causar mais problemas a ninguém. Afinal, morrer não é o fim.

Enquanto sentia o sangue escorrer por minha cabeça e uma dor enorme por várias partes do corpo, senti a vontade de que aquilo tudo fosse apenas um sonho. Queria sair dali e queria fazer coisas pequenas, porém muito importantes para mim.

Queria poder ouvir as palavras bonitas e os concelhos bons de Yoongi, o ouvir dizer que tudo ficaria bem.

Queria poder ouvir Jungkook dizer que me defenderia para sempre.

Queria poder sentir novamente, a mania de Taehyung de bagunçar os fios dos meus cabelos.

Queria poder causar mais uma treta com Sun-na e rir dos xingamentos bobos.

Queria poder ter as bochechas esmagadas pelas mãos fofas de Lin-na e ouvir ela dizer o quanto sou lindo.

Queria poder desfrutar disso tudo uma última vez,

—  Morra Park Jimin!

mas já era tarde demais...

Forever Alone | PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora