¹⁵ se aproximar

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Antes de entramos no quarto de Taehyung o encarei por alguns segundos.

Uma pergunta me surgiu e eu queria muito saber.

— Taehyung.— o chamei e ele me encarou.— Como você sabia que Dae-ho era meu pai?— perguntei franzindo o cenho.

— A-ah, eu vi na secretaria.— ele disse sem me olhar, só se focando em destrancar a porta do quarto com as chaves.— Pode entrar.

Entrei e dei uma olhada rápida no lugar, as paredes eram azul escuro, com móveis em preto e cinza além de uma cama gigante e cheia de almofadas.

— Como assim na secretaria?— Voltei ao assunto anterior, e fui puxado até a cama, aonde Taehyung se sentou e me incetivou a fazer o mesmo.

— Quando discuti no corredor com você, outras pessoas viram que eu queria te bater.— ele começou.— Então, depois de te levar até o hospital e ir para a escola no outro dia, me chamaram na secretaria.— ele tirou os sapatos e cruzou as pernas em cima da cama.— Como eu era o "agressor" queriam contatar seus pais e para isso eles precisariam ligar para seus responsáveis.— ele disse me encarando em seguida.— Foi aí, que vi o nome de Dae-ho e o sobrenome dele na sua ficha.

— Uau Taehyung!— quase gritei impressionado com o raciocínio.— Você é mesmo muito inteligente! Se fosse eu não saberia dissimular tudo.— dei um sorriso.— Obrigado, não sei o que faria sem você.

Foi real, eu senti o impacto das palavras e vi que dize-las me fez muito bem.

— Para.— ele disse jogando as mãos para frente.— Vou ficar envergonhado.

Comecei a rir pela cara que ele fez e ele acabou rindo de mim.

— Okay, chega.— Ele disse levantando e indo até minhas "malas".— Vamos arrumar suas coisas no guarda-roupa. Sorte a sua que eu tenho espaço aqui.

— Não precisa Taehyung.— Falei me levantando e pegando minhas coisas.— Eu posso arrumar.

— Nada disso mocinho.— ele bateu o polegar no meu nariz, me assustando um pouco.— Vamos arrumar juntos.— Ele disse indo até a porta a abrindo.— Mas antes eu preciso pegar o-

Quando ele abriu a porta por inteiro, vimos Sun-na e Lin-na nos encarando com cara de delinquentes. Elas estavam nos espionando por trás da porta.

A cara se espanto delas me fez gargalhar. Taehyung tentou manter a cara de sério, mas não conseguiu e riu também, fazendo elas rirem também.

— Desculpa.— Sun-na disse.— Estávamos curiosas.

— Não façam mais isso.— Taehyung fechou a cara, que se contorcia a segundos atrás.— Ou eu mato vocês.— ele disse passando por elas, indo até o corredor.

— Ele é um mala.— Sun-na disse sorrindo em seguida.

— Mas ele não é um mala com Jimin, não é mesmo?— Lin-na disse vindo em minha direção.— Então Jimin, fale mais sobre você.— Ela se sentou ao meu lado e a outra fez o mesmo.

— A-ah, meu nome é Park Jimin.— Falei dando um sorriso.— E tenho dezessete anos.— Elas me encararam mais.

— Fale mais...— Sun-na sorriu.

— Eu gosto de pintar também.— Balançei a cabeça positivamente.— E gosto de...de cores, muitas cores.

— Falando nisso, amei seu moletom amarelo.— Lin-na disse sorrindo.— A cor fica perfeita em você.

— Obrigado.— Dei um sorriso.— Amarelo é minha cor favorita.

— Então você disse que pinta?— Sun-na perguntou e afirmei.— Isso é ótimo!— ela deu um pulo da cama.— Eu quero fazer uma pintura que vi na internet, na parede do meu quarto. Mas eu não levo jeito :pra pintura.— Ela deu de ombros.— Você acha que consegue fazer?

— Bom, acho que consigo fazer, dependendo do desenho.— Respondi e ela abriu um sorriso.

— Ah, eu também quero que você faça uma pintura para mim Jimin!— Lin-na disse manhoso.

Elas pareciam ser muito legais e atenciosas, respeitam as pessoas e são bastante educadas no geral, além de que elas são nem engraçadas.

Tenho que ser próximos a elas, quem saber ter amigas me faria bem? Elas pareciam ser incríveis a final. Taehyung tinha irmãs incríveis.

— Eu faço 'pra você também!— Falei e ela sorriu.— Quantos anos vocês tem?

— Eu tenho dezesseis.— Lin-na levantou o dedo.— Sun-na tem dezessete e Taehyung tem dezoito, ele acabou repetindo um ano.

— Entendi...— Balancei a cabeça e depois dei um sorriso.— Vocês gostam de filmes?— perguntei as olhando.

— Eu gosto.— Sun-na disse.

— Eu também.— Lin-na sorriu concordando.

— Vamos assistir um filme depois então.— A voz de Taehyung, que estava na porta disse.

— Meu Deus.— coloquei a mão em meu peito.— Achei que você nem estava aqui!

— Credo Taehyung.— Sun-na gritou.— Quase matou nossa visita de susto, seu tonto.— ela deu um chute na canela de Taehyung que gritou de dor.

Vendo a expressão de Taehyung ela fugiu do quarto.

— Ah não vuja, sua encrenqueira!— Ele gritou correndo atrás dela.

Fazendo tanto Lin-na como eu, rimos da cena.

— Eles são sempre assim?— Perguntei a ela.

— Sim, nós somos sempre assim.— Ela respondeu sorrindo.— Quer ajuda com sua malas? Eu ouvi vocês falando sobre elas, quando estava atrás da porta.

— Por mim, tudo bem!— dei de ombros e ela sorriu.

Foi muito difícil arrumar aquilo e nem Taehyung nem Sun-na apareceram, depois do chute que Taehyung tomou na canela.

Lin-na e eu achávamos que Taehyung havia matado Sun-na e estava enterrando o corpo. Fizemos muitas piadas por causa disso.

Depois de tudo dado como arrumado, fomos até a sala e avistamos Taehyung e Sun-na sentandos no sofá brigando 'pra ver qual filme nós assistiriamos.

Além de comidas em cima da mesa que me deixaram um pouco desconfortável, eu não queria comer agora, mas eles insiram tanto que acabei cedendo.

Por fim, foi um final de tarde maravilhoso e Taehyung me deixou tomar um banho quente, para depois prepararmos o jantar e irmos dormir.

Aquilo estava se tornando um sonho.

Forever Alone | PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora