Mary está no seu 5ºano em Hogwarts, seus pais são comensais e ela quebra a longa linhagem de sonserinos quando vai para a lufa-lufa, se tornando a vergonha da família. Ela se apaixonou por Cedrico Diggory, seu melhor amigo, mas será que o que ela se...
Acordei antes de Cedrico. Olhei para o relógio com dificuldade, ainda estava escuro, quatro da manhã. Sabia que não conseguiria voltar a dormir, me levantei fazendo o menor barulho que consegui e fui até "meu" quarto. Entrei no banheiro e liguei a luz olhando meu reflexo no espelho. Os fios ruivos estavam embolados e bagunçados, olheiras se destacavam embaixo de meus olhos e a expressão de preocupação estava clara. Bom, não poderia estar de outra maneira sabendo que Cedrico iria conhecer meus pais. Lavei o rosto, sentindo a água gelada bater contra a minha pele quente causando de alguma maneira um alívio. Escovei meus dentes e arrumei meu cabelo, o prendi em um coque firme. Coloquei um vestido preto simples que batia em meus joelhos, passei uma camada de máscara de cílios incolor e um pouco de gloss labial. Estava pronta às cinco e meia. Decidi escrever uma carta para Blaise, por algum motivo ele apareceu em minha mente. ~Carta Oi Blaise, tudo bem? Estou com saudades, estou mandando essa carta para o seu endereço fixo, então talvez você só a receba quando voltar de viajem. Mas enfim, estou escrevendo para te perguntar como estão as coisas, na verdade não tem nenhum motivo muito específico, só pensei em você e decidi te escrever. -Mary
____Cedrico_____ 4:00 a.m Ouvi um barulho ao meu lado, Mary estava inquieta, se levantou e parecia incomodada, saiu do quarto. Eu poderia ter dito que estava acordado ou ido até ela, mas acho que nesse momento ela precisava esfriar a cabeça. Suas olheiras estavam visíveis mesmo no escuro, ela não parecia estar bem. Estava muito nervoso, hoje iria conhecer seus pais, mas estava tentando parecer calmo, sabia que se Mary percebe-se meu desespero só pioraria as coisas. Fui até o banheiro, tomei um banho longo, as gotas caiam em minhas costas pesadamente, afastando por um tempo os pensamentos.
_____Mary_____ Entreguei a carta para Bell, fiz um carinho em suas penas delicadamente, ela se esfregou em minha mão e depois partiu voando lentamente na direção ao Sol que ainda não havia aparecido completamente. Aproveitei para ver a vista. O céu estava laranja, com amarelo, vermelho e um pouco de azul, apenas algumas nuvens flutuavam graciosamente, mas nem observar o céu, coisa que normalmente me desligava do mundo conseguia afastar as preocupações. Ouvi o barulho de batidas na porta. Eu: pode entrar Cedrico entrou, e sem falar nada me abraçou por trás com seus braços me envolvendo de forma carinhosa. Seu corpo estava quente, tive a sensação de conforto. Os pensamentos se afastaram e era somente nós dois, no nosso silêncio observando o céu. Quando o nascer do Sol acabou e o céu já estava de uma única cor, descemos as escadas. A mesa do café da manhã estava pronta, vários waffles com mel e frutas vermelhas estavam servidos sob a toalha de mesa amarela, ao lado das típicas margaridas. Me sentei em frente a Cedrico, Amos estava ao lado do filho. Eu: bom dia Amos: bom dia Mary Começamos a conversar sobre coisas simples, mesmo sem fome cortei um pedaço do enorme waffle que estava em minha frente, estava delicioso. Depois peguei a pequena chaleira e servi minha xícara com café. Tomei um gole, estava forte, eu preferia assim. Cedrico me olhou assustado, apesar de tanto tempo juntos ele ainda se impressionava em como eu tomava o café forte e amargo sem adoçar. Eu dei uma risada e continuamos a conversar. Quando acabamos de comer já eram oito horas e meia. O trem sairia às nove, era hora de ir. Cedrico subiu e trouxe nossas malas, deu um abraço longo em Amos. Em seguida dei um abraço em Amos e após a despedida aparatamos para a estação King's Cross. Andamos até a plataforma 9 ¾, atravessei a parede e Cedrico fez o mesmo depois de mim. Eu: animado? Cedrico: bastante, e você? Eu: eu diria ansiosa Cedrico: vai ficar tudo bem Eu não tinha certeza disso. Devo ter demonstrado pela minha expressão pois Cedrico falou: - ei, vamos superar tudo juntos Era isso que eu precisava ouvir. Eu: é só que eu tenho medo dos meus pais se meterem entre nós Cedrico: eles não vão Eu: eles já estão fazendo isso, mesmo que não propositalmente. Eu só queria que eles não me colocassem em situações assim, que coisas pequenas não tivessem que sempre se transformar em grandes problemas Cedrico: eu sei que não é fácil, não imagino como é ter situações assim, mas quero que saiba que eu vou sempre estar aqui, e que se quiser falar comigo sobre isso, ou sobre qualquer outra coisa vou estar aqui, e se não quiser falar, vou estar aqui também, podemos superar tudo juntos. Eu: podemos. Eu sorri. Eu:Obrigada Cedrico: pelo que? Eu: por você Ele me abraçou e beijou minha testa Eu: isso significa muito para mim Ele me abraçou com mais força, mas ainda delicadamente, e o trem chegou. Escolhemos uma cabine na ponta, estava vazia, nos sentamos um ao lado do outro e começamos a conversar sobre coisas casuais. Essas conversas nem sempre tinham grande importância, mas definitivamente eram especiais, elas nos aproximavam. Encostei minha cabeça no ombro de Cedrico e adormeci. Acordei com o barulho de alguém tossindo, era uma senhora em uma cabine próxima. Cedrico: quer? Ele segurava feijõezinhos. Eu: quero Peguei um azul claro. Eu: obrigada Coloquei o feijão em minha boca receosa, imediatamente fiz uma careta. Eu: sabão Cedrico riu e colocou um rosa na boca. Cedrico: tuti-fruti Que sorte! Cedrico: tenta de novo. Peguei um feijãozinho branco e preto. Coloquei na boca e senti arder. Eu: pimenta Cedrico riu. Cedrico: deixa eu escolher pra você, talvez você tenha mais sorte assim Eu estava duvidando da minha sorte. Cedrico me deu um amarelo. Coloquei na boca e senti azedo, mas era um azedo bom. Cedrico: então? Eu: limão, você me deu sorte Cedrico sorriu feliz. Como ele já foi meu melhor amigo sabia muitas coisas sobre mim, como por exemplo que eu realmente gosto de limão. Apesar de não ser considerado um dos sabores bons eu adoro. O trem parou, chegamos. Saímos da estação e fomos para minha casa em silêncio. Poderíamos ter simplismente usado pó de flu, mas acho que precisava dessa viajem, e se Cedrico aceitou, ele precisava também. Além disso eu sempre amei viajar de trem, era algo tecnicamente simples e comum, fazia parte do dia a dia de muitas pessoas, que nem davam atenção a isso, mas para mim era algo incrível, como aquela enorme máquina funcionava, ver a paisagem passar pela janela e a fumaça sair enquanto ouço o apito. Acho que o segredo da vida está nos pequenos detalhes.
___oiee, gente eu tô com o maior bloqueio criativo que já tive, tem muita coisa acontecendo comigo ao mesmo tempo, mas prometo que vou fazer o meu melhor para voltar a escrever normalmente, obrigada pelo apoio🤍. E um desabafo: achei os feijõeszinhos originais pra comprar mas não comprei porque custavam 20 reais. Por que tão caro? Eu sou muito burra se gastar 20 reais em um micro pacote de doces?_____
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