Capítulo 31

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             Acordei mais ou menos ao mesmo tempo que Cedrico, a luz que entrou pela janela esquecida aberta nos despertou.
Cedrico: bom dia
Eu: bom dia Ced
Sorrimos e demos um selinho. Tomei um banho rápido e depois Cedrico fez o mesmo. Coloquei um vestido preto justo, um colar de prata com um pingente de esmeralda, brincos de esmeralda e alguns anéis. Prendi meu cabelo em um coque e passei algumas camadas de rímel. Iria conhecer o Lorde hoje, e em cerca de dez minutos Cedrico iria embora. Ele apareceu me abraçando por trás, virei e lhe dei um beijo.
Cedrico: você está linda Mary
Eu: obrigada, você também
Sorri. Era hora de descer, peguei o pó de flu e fomos até a sala principal que estava vazia. Primeiro Cedrico entrou, lhe dei um beijo demorado. Estava com medo.
Cedrico: vai dar tudo certo, me escreva por favor. Amanhã você volta para casa, e isso vai acabar por um tempo.
Por um tempo.
Eu: estou com medo
Cedrico: Mary, não posso te prometer que vai ser fácil, mas posso te prometer que mesmo sendo difícil vou estar aqui para te dar apoio, e que aconteça o que acontecer, vamos lidar com isso juntos ok?
Eu: ok, obrigada por estar aqui
Eu o abracei, foi reconfortante, não queria que ele fosse, não queria sair se seus braços, mas em segundos ele desapareceu entre as chamas me deixando sozinha com meus pensamentos.
Quando as antigas chamas cessaram eu entrei na lareira e joguei o pó de flu, em pouco tempo estava na conhecida mansão Malfoy. O loiro me esperava sorrindo de canto em frente as escadas. Fui até ele, ao vê-lo me senti melhor, lhe dei um abraço demorado e ele sussurrou em meu ouvido "vou estar aqui com você, estamos nessa juntos". Realmente estávamos, ele também veria o Lorde hoje e nossos futuros inteiros seriam decididos dentro de poucos minutos.
Lucio veio até mim e me cumprimentou, ele não gostava de mim, pensava que eu era um desperdício, afinal onde já se viu uma sangue puro filha de comensais ir para a lufa-lufa? Depois Narcisa me cumprimentou de forma amigável, em seguida os dois nos guiaram para uma sala de reuniões, onde estavam meus pais, Bellatrix, Regúlo Black e o próprio Voldemort. Ao vê-lo senti a raiva crescer dentro de mim, isso nunca dava em boa coisa, tinha que me acalmar, mas como? Esse homem em minha frente tentou matar Cedrico, estava quase cedendo a raiva quando Draco segurou minha mão como se falasse as mesmas palavras de antes, "estamos nessa juntos". Seu toque me reconfortou, nos sentamos um ao lado do outro, o mais longe de Voldemort que conseguimos. Ele pareceu nos analisar.
Voldemort: Mary Brown
Fez uma pausa e eu parei de respirar.
Voldemort: aluna de Hogwarts, designada para lufa-lufa, notas boas e jogadora de quadribol, perdeu para Potter. Nada de mais
Eu o interrompi: está errado, eu ganhei de Potter
Eu também tinha perdido, mas não iria deixá-lo me insultar. Vi o olhar de repreensão de meus pais e o de reprovação dos demais.
Voldemort: não seria nada de mais, se não se metesse em tantas brigas, se não tivesse o genio da Sonserina, e principalmente, se não tivesse usado magia negra
As palavras bateram em seus dentes e pareceram ecoar pela sala, da qual o silêncio tomava conta.
Voldemort: quero ver a garota que implorou para o chapéu não te colocar na Sonserina implorar para virar comensal
Voldemort: implore!
Eu fiquei quieta, não iria emplorar, mas quando percebi já estava de joelhos, meu pai me empurrou.
Voldemort: quer realmente ser comensal?
Eu assenti,não conseguiria mentir as palavras sim.
Voldemort: então prove. Aceite a marca
Eu: vou fazer o que for preciso
Minha resposta pareceu a certa pois todos deram um sorriso estranho. Ele veio e me marcou, vi a caveira e a cobra se formarem em meu braço enquanto sentia minha pele queimar. Não deixei cair uma lágrima e não me permiti dar um urro de dor. Quando ele acabou não quis ver a marca, não estava pronta para isso naquele momento.
Em seguida ele analisou Draco e fez sua marca, vi a expressão de dor no rosto do loiro e tive que me segurar para não ir até ele. Quando Voldemort acabou nossos pais sorriram orgulhosos. Saímos da sala, eu e Draco fomos juntos até o andar de cima da casa. Ele não precisou me mostrar quarto de hóspedes, já estive muito naquela casa. Fui com ele até o seu quarto e nos deitamos na cama um ao lado do outro.
Eu: você já viu a marca?
Draco: ainda não, e você?
Eu:  não
Draco: podemos fazer isso juntos
Eu: talvez seja mais fácil assim
Nos sentamos um de frente para o outro.
Eu: um
Draco: dois
Dei um suspiro.
Eu: três
Olhamos nossos braços, ao ver a marca senti as lágrimas salgadas escorrerem por meu rosto. Era horrível, estava marcada pelo homem que tentou marcar Cedrico. Eu era uma comensal, eu era um peão de Voldemort, a ficha caiu naquela hora. Olhei para Draco, ele estava perplexo, parecia tentar não chorar. Eu o abracei e sussurrei:
-estamos nessa juntos. Não precisa esconder o que está sentindo de mim.
Me afastei.
Eu: eu vou indo, você parece precisar de um tempo sozinho
Draco: não, fica
Olhei para ele tentando decifrar se ele queria realmente que eu ficasse.
Draco: por favor
Voltei a me deitar olhando a marca.
Draco: somos realmente comensais
Eu: somos peões de Voldemort
Parei.
Eu: desculpa, acho que estou piorando as coisas
Draco: não está. Está falando a verdade, isso não piora as coisas, só as torna reais
              Tentei me lembrar que apesar de ser comensal eu estava na ordem, tinha que aguentar firme, por mim, por Cedrico. Era quase hora do almoço, tive que me recompor, sequei as lágrimas com as costas das mãos e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e ao mesmo tempo que a água gelada tirava as marcas de rímel borrado ela também me dava uma sensação de alívio. Andei até Draco e sequei a única lágrima de sua bochecha, dei um pequeno sorriso para tentar reconfortá-lo. Descemos as escadas em direção a um almoço constrangedor.
             Nos sentamos a  mesa que estava servida. Comemos em silêncio até que Narcisa o quebrou:
- gostaria de propor um brinde, um brinde a nossos filhos serem comensais
Ela sorriu gloriosa. Como ela poderia comemorar algo assim? Ela realmente estava cega por ele, e infelizmente não poderia ser salva.
Todos ergueram as taças de prata e as tocamos fazendo um som agonizante. Tomei um gole do vinho sentindo no gosto amargo em minha boca.
Cyntia: agora vamos brindar a bondade do Lorde, por ele ter perdoado a Mary, e todas as decepções que ela causou
Senti minhas bochechas queimarem, todos ergueram as taças receosos meio sem saber o que fazer, todos menos eu e Draco que saímos para o quarto. Ouvi os gritos de meus pais mas não olhei para trás, só respirei quando cheguei no quarto.
Eu: por que minha mãe tem que ser assim?
Draco: não sei, eles são do jeito que são e não podemos mudá-los
Eu: eu já estou acostumada, mas dessa vez ela foi longe demais! Enfiou o lorde nisso, fez isso na frente da sua família!
Draco: ela ter colocado o lorde nisso pode nos arranjar problemas
Percebi que deixei ele desconfortável, ele parecia não saber muito bem o que falar ou o que fazer, então abracei ele. Depois fui para o quarto de hóspedes e não sai de lá.

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