𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 4

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Não é que sou solitário. Conheço a estupidez humana e não quero me contagiar.

Death Note

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NYC

Estados Unidos

O sedã preto e luxuoso parou no acostamento da boate no qual Dante tinha negócios para resolver. Estar fora da Itália, longe de seu pai e de todos que os cercam, era um alívio, ter tanta atenção sobre si, tantas pessoas observando cada passo, era extremamente sufocante e irritante. Dante odiava tudo isso e ainda mais, é questão de tempo para tudo mudar, o moreno quer tudo do jeito jeito. Para isso acontecer, terá que se livrar de seu pai.

Pietro permaneceu em silêncio, o olhar fixo na rua onde várias pessoas estavam em uma fila para adentrar o local, o letreiro Néon chamava atenção de todos que passavam por ali, o loiro se sentia deslocado, até porque, jamais saira da Itália, sempre foi o condutor, instrutor de muitos que entraram na organização com um suposto propósito; conhecer Dante foi o momento em que ele viu que tudo mudaria para si, mesmo tendo uma relação carnal com o novo chefe, Pietro sabe muito bem que não se deve confiar cegamente em absolutamente ninguém.

—Sig. È tutto pronto. ( Senhor. Está tudo pronto. ) —avisou o motorista olhando brevemente para seu chefe.

Dante assentiu em concordância e abriu a porta do carro, seu porte alto e musculoso intimida qualquer um que estiver em seu campo de visão, porém, o que chama mais a atenção, são as inúmeras tatuagens espalhadas por todo seu corpo, os olhos azuis penetrantes e intensos, a feição dura e séria deixava explícito a qualquer um, o quanto seria suicida estar respirando o mesmo ar que Dante.

O moreno adentrou o local onde marcara o encontro, precisava de certas respostas que seu pai jamais quis lhe dar, fora outras questões que de qualquer forma o trariam para NYC. A música extremamente alta, a boate era iluminada por luzes de led, mesas com cadeiras estofadas e um palco bem no centro, não demorou para que o tatuado visse os homens lhe esperando em uma das mesas, Dante caminhou com seu ar de superioridade e prepotência, terno que custa mais do que qualquer um ali poderia pagar, o mesmo não media esforços para mostrar o quão poderoso era.

—Sejam bem vindos. —saudou um dos homens que se levantou para cumprimentar o moreno, obviamente o contato físico foi totalmente ignorado.

—Seja breve. —ordenou Dante, se sentando na cadeira acolchoada.

Pietro permaneceu em pé, olhando tudo com extrema atenção, tomou a liberdade de pedir bebida, pois sabia que Dante não aceita bebida de ninguém.

A bebida foi entregue a Dante, o mesmo não olhou pois sabia que seu subordinado e parceiro havia trago para si. O homem que parecia ser o líder dos outros três, estendeu um envelope pardo em direção ao tatuado que pegou entregando-o a Pietro, a bebida amarga com gelo estava do agrado do chefe, os dedos repletos de tatuagens e anéis seguravam o copo com força um tanto moderada.

—Desculpe a pergunta. Não irá abrir? —perguntou o homem sentindo um medo desenfreado dos olhares que Dante lançava, um olhar cheio de ameaças totalmente explícitas.

—Sim. Mas não agora. Espero que tenha tudo o que prometeu. Caso não tenha, arrancarei sua pele. —respondeu friamente.

Os outros se encolheram diante a ameaça, não era para menos, a fama de Dante o precede e muito. Desde que assuma a posição de chefe, se tornou ainda mais impiedoso, frio, sanguinário, seu pai sentia orgulho, o que não era o mesmo que Dante sentia.

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