𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 60 𝑃𝑎𝑟𝑡 𝐼𝐼

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NA VINGANÇA E NO AMOR A MULHER É MAIS BÁRBARA DO QUE O HOMEM.

Friedrich Nietzsche

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— Ciao tesoro. ( Olá querida ) — saudou Vincent sorrindo de modo prepotente. 

Millenna não o respondeu, Natasha ainda se manteve ao lado da morena, já Dante, quis se levantar de onde estava para ir até sua esposa, Pietro também, porém não podiam. 

— Não irá nos cumprimentar? — Anna questiona sorridente. 

— Você. — a voz de Millenna mal passou de sussurros. O impacto a fez quase desabar, se desestabilizar por completo, e se não fosse pela ruiva segurando-a, cairia em segundos. 

A boate fora fechada, ninguém entraria ou sairia dali sem a permissão de Grecco; a música ambiente era o único som diante ao restante se encarando. Devido ao plano, Dante e Pietro não fariam nada sem o consentimento de sua mulher; ainda que a contragosto acataram a ordem dada pela morena, pois era uma vingança que apenas ela tinha direito de reivindicar. Os quatro só iriam interferir se assim Millenna concordar.

— Está pálida. Quer beber algo? — Anna debochava, divertindo-se com a confusão da morena e também o susto que a paralisou. 

— Além dele havia você. — começou a dizer. — Anna. V-você, eu...eu te considerava minha melhor amiga. Minha irmã . — Grecco se levantou pronto para ir até Millenna, porém Pietro o impediu. 

— Não me culpe por ser burra Millenna. — crispou. — Estava farta de você a muito tempo. 

Vincent gargalhava intercalando os lumes entre uma e outra, Natasha olhou para Dylan que saiu de fininho pegando o celular. 

— Millenna, amore mio. Você sempre esteve diante meus olhos. — Vicent comenta. 

— Tudo de errado que me aconteceu eu culpava só ele, e agora descubro que você esteve envolvida esse tempo todo. — geunhiu tentando manter o controle. 

Para a surpresa de todos ali presentes, Millenna começou a gargalhar, as lágrimas eacorriam por seu rosto sem que notasse. O ódio fervilhava por suas veias, a vontade de queimar os dois era quase insuportável de se conter. — a mesma caminhou até seu marido e seu futuro marido, pegou o copo que ali havia e serviu-se de uma bebida. O líquido âmbar queimou sua garganta, como um maldito combustível sendo jogado numa mísera faísca. 

— Agora eu entendo. — começou a dizer. — Os empregos que não davam certo, as humilhações, as investidas alheias de homens que nunca vi na minha vida. Do dinheiro casto, dos traumas que carrego comigo. TUDO. — pausou, arremessando o copo que por pouco não acerta Anna. — TUDO É CULPA SUA. E DELE. — gritou em plenos pulmões. — VOCÊ FINGIU SER MINHA AMIGA, FINGIU ME AJUDAR. SIMPLESMENTE MENTIU E ME MANIPULOU, ME DESTRUIU DA MESMA MANEIRA QUE ESSE CRETINO. 

Anna arregalou os olhos, pois jamais havia visto Millenna daquela maneira, jamais a viu com ódio, confiante e tremendo de pura fúria; já Vincent observava como um sádico faminto, desejando o caos, alimentando o clima maldito que cobriu todo o recinto. 

— Se fosse esperta, teria notado. — Anna resmungou. 

Millenna parou de gargalhar, limpou as lágrimas, e num ato rápido, desferiu um soco que fez Anna cair no chão polido. O gemido de dor veio no mesmo segundo, olhando-a assustada, viu que ali, não era a mulher que coagiu por anos, que diminuiu, e sim alguém forte o suficiente para destruí-la sem remorso. — Natasha ficou ao lado de Dante e seu noivo, a preocupação era evidente, o medo de que algo aconteça e principalmente, a vontade desenfreada de fazer Vincent pagar.

AMOR ENTRE CORRENTES Onde histórias criam vida. Descubra agora