A solidão era meu ás de espadas. Precisava dela para engrandecer minha realidade. Eu valorizava de verdade o ócio, era viciante. Estar sozinho comigo era o santuário.
Charles Bukowski
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𝑀𝑖𝑙𝑙𝑒𝑛𝑛𝑎 𝐺𝑟𝑒𝑐𝑐𝑜
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Estava saindo do banho quando ouvi um barulho, apertei o roupão contra o corpo e fiquei parada, visto que estava segura, em uma mansão imensa, busquei respirar fundo e sair, Dante e Pietro me encaram como se eu estivesse possuída. Ou assim pensei.
—Quem morreu? —pergunto como quem não quer nada, afinal, os dois estavam ofegantes, como se tivessem corrido por toda a Itália.
—Ninguém. Ainda. —Dante resmunga, franzindo o cenho.
—Ah. Vieram correndo desse jeito porque? —sorri em ironia.
—Sabe bem o porquê. Sua sorte amore, que somos cavalheiros. —Pietro responde me lançando uma piscadela.
—Ah tá bom— Debochei por reflexo.
—Não acha que somos gentis?
—Não foi isso que eu quis dizer. —respondi rápido, senti o corpo tremer e queimar diante os lumes azuis que me fitavam com intensidade.
—Sei. Fanculo. ( Porra ) —Pietro exclama, frustrado.
Foi aí que notei o motivo do desespero. Interessante. Farei mais vezes.
—Conseguiram algo com o Lucca? —pergunto, a fim de mudar o foco principal da conversa.
—Aqui não é lugar para conversarmos sobre. Por favor baby. Se vista e volte, estaremos no escritório. —Dante impõe, rude e autoritário.
—Sim senhor. —digo, passando por ambos.
No quarto, que agora também é meu, visto um conjunto de calça e blusa de moletom no estilo cropped, o celular que uso estava sob a pequena cômoda ao lado da cama, havia deixado algumas mensagens para Anna, porém, nenhuma havia sido lida, tentei ligar também e nada, no começo caia na caixa postal, depois de mais tentativas, a voz computadorizada dizia que o número não existia. O que é estranho, porque a Anna não desgruda do celular nem por um segundo.
Procurei o escritório de Dante, abri várias portas até achar, dei leves batidas e após ouvir a voz grossa e um tanto abalada, entrei; Pietro estava acomodado no sofá de couro, o copo já em mãos e o cigarro queimava no cinzeiro, Dante não estava tão diferente, porém, estava acomodado na cadeira de couro alto, revestido de couro preto, realmente ele era um chefe. E que chefe. Misericórdia.
—Bom. Podem começar a falar. —peço, me sentando ao lado do antes loiro, um sorriso leve se formou em seu rosto lindo, as covinhas já visíveis, me sinto uma sortuda do caralho por tê-los. Ou é sorte. Ou é azar. Fico com a primeira opção e foda-se.
—Vincent é mesmo irmão de Lucca. O restante não é relevante.
—Como assim? Claro que é relevante. Por favor, não me mantenham no escuro com nada disso. —suplico.
—Só queremos protegê-la Millenna. Apenas isso. —o timbre de Dante suavizou, mas sem deixar de me fazer sentir leves arrepios.
—Não sou frágil. Eu aguento. Por favor, não precisa me poupar de nada. —visto por tanta dor que passei, saber do que fazem não é lá muito difícil de ouvir e compreender. Eu acho.
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AMOR ENTRE CORRENTES
Diversos[ CONCLUÍDO ] "Prefiro andar em vales sombrios junto aos lobos, do que em campos floridos cercado de falsos cordeiros ..." LGBTQIA+ | BISEXUAL ...🌈 SEXO EXPLÍCITO 🚨 Trisal /Poliamor / Dom/Sub/Brat ⚠️ ROMANCE DARK. ⚠️ Conteúdo Maduro. ⚠️ Não Rec...