𝐸𝑝𝑖𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐼𝐼

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Não há luz do Sol, nenhuma luz do Sol
Onde eu estava antes
Mas eu encontrei o amor e o calor em seus braços

RINI 

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Há no mínimo duas celas, na qual uma possuía dois hóspedes em cada. Dante adentrou o corredor e sorriu amargamente ao ver seus queridos bichinhos. Joseph estava encolhido no canto mais escuro da cela, próximo estava Enzo que parecia alheio a tudo ao redor e não se importava com nada que seria feito consigo; apesar de Pietro ter quase o quebrado, o ex torturador se mantinha quieto, com as obes desfocadas e o rosto coberto de sujeita, junto as roupas em frangalhos. — já na segunda cela, Vincent estava deplorável, sangue seco lhe cobria grande parte do rosto e pescoço, onde são as áreas mais visíveis, as vestes rasgadas e sujas de sangue e sujeira denunciava o estrago feito por debaixo. Agora. Anna, bom, por uma graça do destino ou a falta dela, a mulher se encontrava apenas com resquícios do que lhe fora feita na boate e fora dela. 

— Buongiorno. — saudou debochado. 

Ao assimilar de quem a voz pertence, Joseph deu um pulo, ficando de pé rápido e correndo descompensado pela ferida um pouco infeccionada na perna , agarrando as barras de ferro enferrujadas e encarando o filho com pavor.

—Per favore Dante. Me liberte, prometo a ti que desapareço de sua vida. — implorou arregalando os olhos. 

Grecco o analisada minuciosamente, a barba já a mostra, cobrindo um pouco da carne enrugada e pálida, a situação deplorável parecia ser a única coisa que fazia o velho perder totalmente a sanidade; até porque, a hipótese de ser redigido a nada, lhe comia o juízo, ou ao menos o que restou dele. 

O moreno cruzou os braços, recordando-se do dia de seu casamento, onde fez questão de que filmassem cada detalhe, justamente para que Joseph presenciasse. — sua cara de nojo era impagável, mas a de tortura era muito bem vinda. Ainda sem ditar uma só palavra, retirou a arma do cós do jeans preto, destravando-a e apontando para cabeça do pai adotivo, o mais velho tremeu recuando assustado, erguendo as mãos em rendição e balbuciando palavras um tanto desconexas. 

— Filho. Não faça isso. Podemos conversar e chegar num acordo. — falava rápido, quase tropeçando em suas próprias palavras. — Tudo o que és meu, fique. Não faço questão de muito, apenas me deixe viver o resto de minha vida em paz. — na última frase, a voz vacilou, junto as lágrimas que eacorriam por seu rosto marcado pelo tempo. 

— Se fosse em outras questões, poderia sim deixá-lo ir. — falou com um leve dar de ombros. — Porém, o senhor não merece ser livre, não merece nada além dessa situação medíocre na qual está. 

Joseph caiu de joelhos no chão empoeirado e frigido, clamava por Dante, clamava por Deus, implorava pela vida com tanto pesar que se fosse outra pessoa, que não o conhecesse, se compadeceria com a situação. 

— Deus não ajuda pessoas como você Joseph. — o timbre rouco e arrastado quase fez eco pelo espaço recoberto por pedras e goteiras.

A arma foi direcionada a Enzo, ao puxar o gatilho, a bala acertou a testa, o corpo caiu com um baque levantando poeira, Joseph tremeu, encarando a cena em pânico. 

— Dante! — exbravejou atordoado. 

— Leve isso como um lembrete, de que o próximo será você. — prometeu. — Aproveite a companhia do cadáver, pois é o único que terá até seu último suspiro. 

Ignorando a histeria do velho, Grecco caminhou até a segunda cela, Vincent sorriu como um demônio ao vê-lo, já Anna, preferia olhar para qualquer lugar, menos para ele. 

AMOR ENTRE CORRENTES Onde histórias criam vida. Descubra agora