𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 31

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Sua posição, está abandonada
Eu te enganei porque eu sei o que você fez
Sensação, depravação
Você deveria ter queimado quando se virou contra todos nós

Slipknot - The Devil In I

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[ LEIAM AS NOTAS FINAIS. OBRIGADA]

O veículo luxuoso adentrou os portões da mansão de Lucca; Dante sentia-se nervoso, a medida que o carro avançava, seu ódio fazia-o tremer e queimar de dentro para fora, pois imaginar Millenna nas garras do maldito Vincent, que a cujar pelas informações, jamais o vira, o ódio não tinha profundidade, era nada além de um buraco negro, não havia começo, meio e fim . Pietro ao seu lado não estava diferente, as informações que obtivera poderia ser falsa, independente disso, ambos tirariam a prova hoje. 

—Se acalme Dan. —o moreno pediu, queria tocá-lo, beijá-lo, mas não podia. 

—Vamos. —diz rude, ignorando o pedido do companheiro. 

Dante sem fitar seu consigliere, saiu do veículo, batendo a porta com certa força, sua ordem era acatada não importando onde, portanto, adentrou a mansão sem ao menos ser anunciado; pelo horário, chegaram no momento exato da refeição, a decoração era fria, sem vida, o luxo era doloroso, o tatuado podia sentir a energia podre que parada pelas imensas paredes, e móveis que ali há. Lucca estava prestes a se servir quando notou duas silhuetas a uma certa distância, a mesa estava farta, o cheiro de massa e molho pairava pela sala de jantar, sua esposa baixou o rosto e não ousou se servir, tal ação não passou despercebido por Dante e Pietro.

—Mi rendo conto che siamo arrivati in un momento piuttosto favorevole. ( Percebo que chegamos em uma hora um tanto propícia ) —Grecco diz com um leve sorriso debochado em sua feição. 

—Che cazzo stai facendo?  Come osi entrare in casa mia come se la possedessi? ( Que porra estão fazendo? Como ousa entrar em minha casa como se fosse dono dela? ) —Lucca esbraveja sem pudor, o rosto antes pálido, tornou-se vermelho, denunciando sua raiva, mas também seu medo, pois lembrou perfeitamente de seu último encontro com Dante. 

—E come si ricevono le visite? ( É assim que recebe as visitas? ) —o tatuado ironiza.

Grecco se aproxima, acomodando-se em uma das cadeiras vagas, Pietro fizera o mesmo; os lumes azuis do chefe fitou a mulher que permanecia do mesmo jeito . 

— Mi perdoni signora Andrea... spero di non disturbarla.  Sentirsi bene? ( Perdoe-me senhora Andrea...Espero não estar incomodando-a . Se sente bem? ) —Dante se desculpa e questiona, era fácil perceber os ferimentos que a mulher buscava esconder. E diante a visita inesperada, os hematomas eram muito evidentes, em seu rosto as manchas arroxeadas em torno do olho esquerdo e o corte no lábio inferior.

—Non parlare con mia moglie, merda. ( Não fale com minha mulher, seu merda. ) —de novo Lucca esbraveja. E de novo é ignorado. 

Andrea se encolheu diante os protestos ameaçadores de seu marido; Pietro sentia as mãos formigarem, desejava o sangue de Lucca, desejava fazê-lo implorar pela vida. Dante não se abalou, os gritos do ruivo o deixava ainda mais calmo, com um levantar de dedo, Lucca se calou . 

—Si sente bene signora?  Non aver paura... guardami. ( Se sente bem senhora? Não tenha medo...Olhe para mim. ) —o timbre rouco fora suave. 

A mulher fez conforme o pedido do tatuado, levantou o rosto e o fitou, a prova da violência a cobria como uma manta fina e invisível, os olhos verdes eram sem brilho, carregados de medo e pavor antigo. —Dante desviou os olhos da mulher e encarou Lucca, que arregalou os olhos de imediato. 

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