Sleeping With a Ghost (Sherlock BBC)

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-Leitora X Sherlock (Amizade...?/platônico...?)

|este imagine é uma continuação do imagine"Ghosting", recomendo ler caso não tenha lido para entender o contexto apresentado neste capítulo.|

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A campainha sendo tocada diversas vezes, com certo tom de desespero, e batidas fortes contra a porta de seu apartamento indicavam que, seja lá quem fosse, era um assunto urgente; e para ser sincera, você já tinha uma leve noção de quem estaria batendo na sua porta daquele jeito, em plenas 3 da manhã, o que fez com que você até hesitasse em se levantar de sua cama e ir atender a porta.

Contudo, você ainda assim o fez, enrolando seu corpo em um roupão quente qualquer e indo em direção a porta da frente, sua exaustão bem clara em seu rosto quando você a abriu, apenas para encontrar o rosto que você já imaginava, o rosto que fez com que você chorasse após tantos anos, como nunca havia chorado, que fez com que seu coração começasse um processo longo e doloroso de se partir; seja o que fosse que Sherlock queria com você, sua ingenuidade fazia com que certa esperança surgisse em seu corpo, esperança de que ele houvesse entendido sua conversa e houvesse mudado de ideia:

-Sherlock?-Você murmurou, seu tom de voz mais baixo que o normal por conta do cansaço-O que...o que você está fazendo aqui?

-E-Eu...eu preciso conversar com você, (Y/N)!!

-E não podia esperar até o amanhecer?

-Não. É um assunto de extrema urgência. Relacionado ao seu caso.

-Eu achei que você tinha dito que não tinha como me ajudar com ele...-Você murmurou novamente, seus pensamentos todos focados em fechar a porta na cara de Sherlock, sem hesitar

-Eu mudei de ideia, está bem?-Ele colocou uma mão sobre sua porta, como se soubesse que você estava com vontade de a fechar-Eu mudei de ideia, e eu preciso falar com você.

-...não tinha mesmo como você esperar até o...

-Não. É importante. É urgente. Caso de vida ou morte.

Exagerado como sempre, foi tudo o que você conseguiu pensar quando concordou com a cabeça e se afastou um pouco da entrada, permitindo que Sherlock adentrasse seu apartamento, os olhos do detetive observando cada detalhe que lhe fosse visível (e até os que não eram) de sua mobília:

-É bem, bem tarde, Sherlock.-Você fechou a porta, ajeitando o roupão novamente em seu corpo, seguindo o homem por sua sala-É melhor que, realmente, seja um "caso de vida ou morte", como você diz.

Ele pareceu não te ouvir, focado apenas em como a sua casa realmente era, mesmo que não fosse a mesma de quando vocês eram mais jovens, antes que tudo acontecesse para que vocês afastassem seus caminhos e destinos um do outro:

-Sherlock? Você sequer me ouviu?

-Sim. Eu não sou surdo, é claro que eu te ouvi.-Ele murmurou, se virando para você; os olhos dele pareciam agora cansados, como se ele tivesse virado a noite para poder vir falar com você

-Então, já pode começar a falar.

-Falar sobre o quê, (Y/N)?

-...você acha que eu sou idiota, Sherlock?-Você revirou os olhos, se sentando em uma poltrona no meio de sua sala-Você bate na minha porta as 3 da manhã, diz que é um assunto urgente envolvendo o caso que, no início, você pouco se importou em se envolver, e agora me diz "falar sobre o quê"?! Eu sou uma brincadeira pra você?!

-Imaginei que você iria querer falar sobre outra coisa.

-Eu não quero falar sobre "outra coisa", Sherlock. Eu quero falar sobre o meu maldito caso, que você disse que tinha algo com urgência pra me dizer.

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