Dream Of Your Imagination (Newt Scamander)

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-Leitora X Newt Scamander

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Você acordou no meio da noite, se revirando em sua cama apenas para encontrar o outro lado de seus lençóis vazio e gelado; o lugar aonde deveria estar a figura dócil e quente de seu marido estava tendo o mesmo por faltando. De certo modo, não era nenhuma surpresa, já que Newt tinha seus dias particulares aonde o sono nunca caía sobre os olhos do mesmo, mas aquilo ainda não impedia seu coração de se contrair, sentindo a saudade do homem que possuía seu coração de maneira tão simples e doce.

Você se sentou, procurando algum sinal de seu marido pelo quarto, apenas para encontrar a mala deste entreaberta, com claros sinais de que o lufano havia feito alguma passagem por ali; quando não conseguia dormir, Newt sempre insistia em focar sua insônia com coisas produtivas, como cuidar de suas criaturas, ao invés de correr o risco de lhe incomodar ou atrapalhar seu sono, considerando todos os fatores que cercavam seu casamento. A imagem do Scamander mais novo cuidando de tronquilhos e bezerros apaixonados foi apenas o suficiente para fazer seu coração voltar se aquecer calmamente e um sorriso aliviado crescer em seu ser.

Pelo silêncio que ecoava pelos cômodos de sua casa, sua mente foi rápida em assumir que Newt não deveria estar sozinho, além da óbvia companhia de seus animais fantásticos.

Acendendo a luz do abajur ao seu lado da cama, você foi ágil em procurar um fino robe que estava jogado sobre uma poltrona para esconder seu corpo da brisa fria da madrugada e fazer seu caminho para perto da mala, tendo ainda uma leve consideração em dar três fracas batidas na mesma, esperando uma resposta apesar de já saber que não haveria alguma. Quando suas suspeitas se confirmaram, não tendo resposta alguma da parte de seu marido, você foi cuidadosa ao entrar na mala, tentando ter certeza de que não teria quebrado acidentalmente alguma coisa no caminho.

A pequena sala aonde Newt costumava preparar algumas das coisas para os animais estava vazia, mas a porta que dava para o "criadouro" destes estava entreaberta, indicando que o mesmo deveria ter passado por ali já fazia pouco tempo. Seus olhos tomaram nota de alguns pequenos detalhes antes que seu corpo resolvesse tomar coragem para arriscar a sorte e procurar seu doce lufano entre suas criaturas, sem ter a mínima ideia de onde ele poderia ter ido parar exatamente dentre tantos de seus protegidos animais.

Você passou pelos tronquilhos, pelos bezerros apaixonados, e até mesmo pelos agoureiros, mas não parecia haver sinal nenhum do Scamander por quaisquer que fossem os lugares que você tinha passado; era como se qualquer rastro do homem tivesse sido camuflado pelas patas ou asas dos pequenos e grandes seres ao seu redor. O sono estava voltando para seu corpo, seus olhos querendo pesar com tal sensação, e você torcia para que pudesse encontrar Newt logo e pudesse o convencer à voltar para cama com você, caso contrário, você passaria uma noite bem mais solitária do que você realmente gostaria.

Por alguns segundos, você pensou em desistir; Newt voltaria para cama eventualmente, e não era como se alguma coisa grave tivesse acontecido, ele provavelmente só havia se enfiado mais profundamente em lugares naquela mala aonde você nem poderia imaginar com sua criatividade. No entanto, quando você ouviu uma fraca e ingênua risada, seguida de alguém murmurando para que esta se "calasse", foi como se qualquer dúvida ou vontade maior causada por sua preguiça tivesse desaparecido.

Você seguiu o eco das risadas, tentando segurar as suas próprias assim que seus ouvidos conseguiram reconhecer a pessoa responsável por tais, e não demorou para que seu coração se aquecesse e palpitasse ainda mais quando sua visão alcançou aquelas duas figuras que você não só conhecia muito bem, mas como também amava mais do que qualquer tipo de magia que se pudesse existir no mundo.

Na sua crise de insônia, Newt não só tinha decidido ir tomar conta de seus animais até que seu sono voltasse, como também tinha decidido levar uma companhia que não era exatamente a sua, mas que continha uma pequena parcela de si em seu sangue; uma das mãos livres do lufano apontavam para o pelúcio, que brincava entre os galeões ao seu redor, enquanto uma outra mãozinha tentava gesticular da mesma maneira que seu pai.

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