Fear Factor (Jonathan Crane)

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-Leitora X Jonathan Crane *Cillian Murphy* (Amizade...?/trabalho/platônico...?)

|esse imagine foi um pedido da princesa anoniminha07, me perdoa pela demora, mas espero que goste!! (eu assisti esse filme só por sua causa mulher, por favor me dá esse crédito.)
⚠️ Gostaria de deixar claro que, em nenhum momento, minha intenção é ROMANTIZAR qualquer ação problemática do personagem!! Tenham isso em mente. Alguns comportamentos apresentados talvez não sejam 100% canon.|

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Trabalho era trabalho. Era isso que você tentava enfiar e filtrar em sua mente toda vez que seus passos cruzavam os corredores de Arkham, sabendo muito bem quem seria o primeiro rosto que lhe veria pela manhã.

Você sabia que qualquer um reviraria os olhos com sua atitude; diversas pessoas tinham chefes duvidosos por Gotham, e o doutor Crane estava longe de ser um dos piores, não parecia existir razão para tanto receio e incômodo por sua parte. Contudo, existia sim uma razão, duas pra ser mais exata.

A primeira razão era a de que você tinha uma leve noção do que se passava por entre as quatro paredes dos "residentes" de Arkham; havia algo de errado, algo mais sombrio do que a sua mente poderia imaginar ou formular por si só. Jonathan poderia parecer como um doutor comum que qualquer pessoa veria em um hospício, mas um calafrio em sua espinha dizia que, talvez, ele era mais louco do que os próprios internados, por mais que qualquer um pudesse tentar negar para si.

A segunda razão, uma que você ignorava com todas as suas forças e fingia que não existia no âmago de seu ser, era que você sentia algo a mais, algo bem diferente em relação à Crane; era uma mistura de medo com atração, uma questão hipnotizante que parecia boiar no azul dos olhos do mesmo. Era errado, era inadequado, era tudo, menos o que você podia sentir e desejar naquele momento.

Para sua sorte, você não precisava brigar muito com seus sentimentos. Toda vez que Crane entrava em alguma sala e você estava presente, seu corpo colaborava para que a desconfiança corresse mais por suas veias do que qualquer outra sensação inadequada que poderia vir à tona pelo fato de que você era, simplesmente, humana.

Naquela noite, as coisas não haviam sido tão diferentes do previsto para uma noite normal de trabalho; você vigiava o comportamento de alguns dos internados, resolvia algumas papeladas que ficavam jogadas pelos cantos e torcia para que, em algum momento, seu chefe fosse bondoso o suficiente em aparecer para te liberar. Crane consequentemente apareceu, pouco após você torcer mentalmente para que ele cruzasse o caminho da porta, mas pelo brilho em seus olhos azulados, ele ainda tinha planos para aquela noite, planos que pareciam precisar de sua pessoa:

-O que foi, doutor Crane?-Você questionou, esperançosa para que ele não percebesse sua leve raiva quanto à postura do mesmo

-Algum problema, senhorita (Y/N)? Você não pareceu exatamente feliz com a minha presença.

-E quem deveria ficar...-Você murmurou, ajeitando alguns papéis em sua mesa

-Como disse?

-Do que você precisa de mim, doutor Crane?

Ele lhe respondeu com um curto período de silêncio, apenas para gesticular que você se levantasse de seu lugar e o acompanhasse; por alguns segundos, o calafrio que subiu por sua espinha com o medo do quê poderia estar por vir se misturou com um súbito calor em seu âmago. Era um conflito interessante, mas que você não deveria sentir ou passar por naquela hora.

Enquanto você seguia Crane, o silêncio apenas parecia prosperar mais e mais entre vocês; os corredores que já não pareciam sempre agradáveis durante o dia, agora pareciam piores. Os gritos dos pacientes eram mais assustadores do que já eram durante o período diurno, e a postura de Jonathan ainda ficava mais confusa do que já era:

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