Hound Dog (Young! Sirius Black)

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-Leitora X Young! Sirius Black

|esse imagine se passa durante a era Marauders (Marotos), ou seja, antes dos acontecimentos dos filmes de HP. A imagem do capítulo é apenas um mero headcanon da aparência de um Sirius Black mais novo.
Este imagine em específico é um repost.|

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O silêncio no quarto se dava por dois simples motivos: um deles era o fato de que Sirius estava no chuveiro, ocupado demais para causar qualquer caos dentro do cômodo, enquanto o segundo era de que não havia razão nenhuma para algum som ecoar ali dentro.

Qualquer um que visse Sirius de relance, e mesmo que de longe, incluindo até mesmo seus próprios amigos, poderiam dizer que algo estava errado; o maroto estava sério, sem expressar nada que não fosse uma clara angústia em seu ser, e com certa razão.

Tudo estava indo completamente bem, ele estava passando algumas semanas das férias de verão na sua casa, longe dos problemas que habitavam na residência dos Black, e ele também sabia que, no momento que quisesse, ele também teria a casa dos Potter para se distrair de seus problemas familiares, mas bastou aquela coruja deixar aquela maldita carta em cima da escrivaninha de seu quarto, que tudo virou praticamente de cabeça para baixo.

Você nunca havia conhecido Walburga, mas pelo o quê Sirius lhe falava e o quê as cartas sempre acabavam lhe mostrando, ela realmente era tudo o que o grinifório dizia, e talvez um pouco pior; todas as palavras duras e rudes que alguém possa ter imaginado, palavras até mesmo desconhecidas ao ser humano comum, foram atribuídas a Black naquela carta por sua própria mãe, por sua própria família. Merlin sabia apenas quantas vezes sua "querida" sogra havia chamado seu namorado de "desgraça da família", James entraria em um coma alcóolico se fosse apostado tomar um shot cada vez que ela dissesse estas mesmas palavras.

Agora, após o estrago, você tinha apenas um grinifório que isolou todos os sentimentos que haviam em sua mente para si mesmo, na intenção de não tentar te preocupar ou coisa do tipo; o problema, no entanto, é que você sempre estaria preocupada com Sirius, não importasse o que acontecesse. Você havia tentado de tudo, carinhos, beijos, havia até se oferecido para entrar no chuveiro com ele e fazer ele esquecer dos problemas que haviam surgido, mas nada havia adiantado, Sirius apenas lhe dizia "uma outra hora, talvez, querida." e voltava a ficar no seu estado posterior de melancolia.

Você tentou, também, deixar as coisas se resolverem por si mesmas, deixar Sirius se entender com sua própria mente, mas você também logo notou que foi uma escolha falha quando, de modo sútil, você pode ouvir alguns soluços do maroto sendo fracamente ocultados pelo som da água corrente do chuveiro.

A carta ainda permanecia em cima de sua escrivaninha, aonde Sirius havia a deixado após a ler e reler diversas vezes, como se sempre tivesse de processar as mesmas cruéis informações, informações sobre sua pessoa que não chegavam, nem perto, da verdade, e você a encarava de longe, sem sequer se lembrar mais do livro que, antes, você estava tão focada em ler. Sua única vontade era fazer com que aquelas palavras não existissem mais, com que elas não pudessem atormentar mais a cabeça de seu grifinório.

Enquanto você ainda encarava o pedaço de papel envelopado, como se fosse uma ameaça a sua pessoa, Sirius saiu do banheiro, uma toalha enrolada em seu quadril enquanto uma outra tomava o trabalho de secar seus cabelos, ainda em completo silêncio, uma expressão de nada além de dor e sofrimento interiores:

-Sirius? Está tudo bem?-Você tirou sua atenção do papel sobre a escrivaninha, levando ela agora até a figura de seu namorado

Nenhuma resposta, era como se Black não tivesse lhe ouvido, ou ouvido sequer qualquer coisa ao redor do quarto; não demorou muito para que você percebesse o motivo da falta de respostas, já que este era o mesmo que você estava quase lançando "incendio" sobre:

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