Angels Like You (Peaky Blinders)

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-Leitora X Thomas Shelby (Amizade...?/platônico...?)

|esse imagine foi um pedido da charmosa SrtaShelby7, espero que goste!!
💦 (little) cabaré warning: em si nem é um aviso oficial, porém existem referências à innocence kink e a dinâmica sub/dom. Há menções de age gap/diferença de idade entre a leitora e o Tommy (leitora 22+, ou seja, maior de idade e consensual). Talvez um leve corruption kink? Juro que não era pra ser um cabaré warning oficial.
Esse capítulo contém algumas referências/alusões religiosas, mais especificamente do catolicismo apresentado na série. Nenhuma referência é ofensiva à fé alheia, muito menos desrespeita ou zomba dos ensinamentos da crença. São apenas metáforas ou, como eu disse, alusões.|

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Thomas sabia que se Polly sequer desconfiasse de tal coisa, ele seria um homem morto.

O Peaky Blinder não era exatamente um homem religioso, muito menos alguém que poderia ser um santo, mas então por quê ele se sentia como um dos mais sujos pecadores pela primeira vez em tanto tempo?; não era o sangue em suas mãos que o incomodava, não eram as drogas e as vidas que ele arruinou sem perceber que pesavam em seus ombros e em sua consciência, mas sim uma coisa tão boba, tão fútil e que, ainda assim, parecia tão errada e tão certa ao mesmo tempo.

Você apareceu na vida dele de modo tão involuntário, tão ingênuo, sem ter nenhuma noção do efeito que você causava sobre o homem; talvez fosse esse pequeno detalhe, o crime que ele se declarava culpado sem nenhum resquício de vontade de defesa. Sua falta de noção para tais sensações, sua inocência, como todo o seu jeito parecia etéreo, livre de qualquer tipo de malícia ou impureza que poderia habitar pelas esquinas de Small Heath.

Tommy tentou ignorar o sentimento, é claro que ele tentou; existiam diversas prostitutas à sua disposição, mas era como se ele não conseguisse pensar em nada que não fosse sua figura, sua pele por entre os dedos firmes do mesmo. Sua aparência estava gravada na mente do homem como uma tatuagem, seu sorriso como uma lembrança preciosa e os pequenos suspiros que você soltava enquanto estava trabalhando no caderno de apostas como uma fantasia para noites solitárias.

Para Thomas, ele sequer era digno de imaginar tais cenários com sua pessoa; você tinha sua vida toda pela frente, oportunidades para agarrar e outros rapazes para conhecer. O quê você iria querer com um homem como ele, cuja as mãos viviam sujas de sangue, cuja a mente sempre parecia o trair nos momentos em que ele mais precisava dela? Por quê você gastaria seu tempo com um problema que nem ele? Gastaria sua inocência e sua doçura com alguém tão corrompido, condenado desde o nascimento ao inferno como o Shelby?

O homem nunca tinha resposta alguma para suas infinitas perguntas, assim como nunca parecia ter um alívio das palpitações que surgiam em seu coração toda vez que você sorria em direção do mesmo; era como se o Shelby tivesse sido condenado à passar os dias constantemente em um sofrimento, um martírio sem fim e pessoal.

Tanto sofrimento que, por algum motivo desconhecido, ele sequer pôde notar as diferenças, as pequenas e sútis mudanças que estavam acontecendo com o anjo que atormentava seus pensamentos mais sombrios, com a mulher que ele mais queria, mas não podia ter como qualquer outra. Enquanto Thomas se preocupava com seus próprios pensamentos indecentes, você se questionava o quê estava acontecendo com seu corpo, com sua cabeça e com o sentimento que parecia florescer no âmago de seu ser.

No início, o homem lhe parecia intimidador, nunca falhando em fazer um calafrio subir por sua espinha toda vez que este lhe encarava enquanto você ajudava Polly com algumas das apostas; contudo, era como se essa aura quase que misteriosa, um tanto quanto arisca, tivesse lhe atraído tão facilmente, como se o Peaky Blinder fosse algum tipo de imã para com sua pessoa, um ao qual você poderia tentar de tudo para afastar e ignorar, mas ainda assim ele se infiltraria em seus sonhos e em seus pequenos segredos.

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