Gangsta (Peaky Blinders)

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-Leitora X Thomas Shelby

|esse imagine foi um pedido do morango do nordeste queroumbundex, me perdoa pela demora, mas espero que goste!!
Se quiserem uma trilha sonora, recomendo ouvirem "Gangsta" da Kehlani enquanto lêem esse capítulo.
💦 (little) cabaré warning: referências à dinâmica sub/dom, talvez forte degradação? Bimbofication? Vocês entenderam. Um tapinha não dói, SÓ UM TAPINHA! 👋, possessividade (isso conta como aviso?)|

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As ruas de Small Heath sempre pareciam frias e soturnas com seu eterno nevoeiro, que sempre parecia esconder de tudo e todos a sujeira que corria por suas sarjetas; naquela noite, no entanto, Thomas jurou que o ar parecia mais abafado do quê ele sequer já havia sentido em toda a sua vida, e qualquer imagem em sua frente parecia turva demais para se compreender racionalmente.

As veias do Peaky Blinder ferviam com uma raiva cega, uma sensação de possessividade e súbita proteção que ele não fazia ideia de onde havia surgido, mas sabia que era algo quase que primitivo no âmago de seu ser; ele se xingava, xingava os céus e xingava seus instintos mais estúpidos. Tudo parecia maldito e inoportuno aos olhos do Shelby por sua própria culpa.

Você não estaria correndo riscos se o homem fosse mais sensato, se ele soubesse se comportar como o homem casado que ele era; contudo, ali estava ele, correndo em direção à sua casa esperando que o pior não pudesse estar ocorrendo, ou que já não fosse tarde demais para fazer qualquer coisa.

Era um costume entre vocês de passar algumas horas da noite no Garrison; vocês faziam isso desde antes de se casarem, por quê tal tradição morreria justamente no momento em que seus corpos e mentes mais precisavam um do outro? Era uma maneira de relaxar, de deixar os problemas cotidianos para lá, de esquecer das apostas e das outras gangues rivais. Era um modo que você havia arranjado para passar mais tempo com seu marido, e Thomas tinha conseguido estragar isso sem sequer notar.

Na cabeça do Shelby, era apenas um flerte brincalhão; ele já havia feito isto diversas vezes com outras garçonetes, nunca havia passado de uma simples provocação aqui e ali, mas ele pareceu se esquecer de um sútil detalhe. Ele costuma "flertar" quando estava completamente largado e sozinho no pub, sem sua presença por motivos óbvios de ciúmes.

Ele não queria outra mulher, nunca tinha tido a intenção de passar tal mensagem para você, mas de nada adiantou; no momento que você flagrou seu marido flertando com a mais nova garçonete da pub, que apenas ria e se gracejava com o sorriso do Shelby, você apenas deu meia-volta e fez seu caminho de volta para sua casa, da onde você pensou que não deveria ter saído desde o início de toda aquela merda de noite.

Thomas gritou, lhe chamou de volta para uma explicação sensata, mas o que estava feito, estava feito. Bastava ao Shelby aceitar as consequências de suas burradas sem nenhum tipo de reclamação adicional.

Óbvio, o homem pensou que as consequências de suas burradas seriam alguns dias sob o "tratamento de silêncio", talvez algumas noites mal-dormidas no sofá da sala de estar; em nenhum minuto ele imaginou que teria que lhe resgatar de um "cárcere" em sua própria residência.

No momento em que Finn entrou correndo no Garrison, sua respiração arfada e olhos marejados, o Peaky Blinder sabia que algo de errado tinha acontecido; algo de muito, muito errado, e que envolvia sua segurança, a sua vida. Pela breve e confusa explicação do Shelby mais novo, você não notou que algum babaca na rua havia lhe seguido desde o momento em que seus pés pisaram do lado de fora do pub, assim como não notou o momento que este entrou na casa praticamente junto de sua pessoa, lhe ameaçando com uma faca contra o seu pescoço e murmúrios incompreensíveis contra seu ouvido.

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