Let The Devil In (Venom)

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-Leitora X Eddie Brock (Amizade...?/platônico...?)

|esse capítulo é uma continuação do imagine "Take It Off", recomendo ler caso não tenha lido para entender o contexto apresentado neste imagine.|

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O barzinho não parecia exatamente um lugar aonde qualquer pessoa levaria uma conhecida para beber e se divertir num primeiro "encontro", mas aquela era a última coisa que se passava pela sua cabeça naquele momento; você estava mais focada em rir e se infiltrar nas histórias que saíam da boca de Eddie, em como ele parecia lhe observar em alguns específicos minutos como se você fosse a única pessoa naquele espaço todo além dele mesmo e em como, curiosamente, ele ainda não havia murmurado nada para alguém invisível durante todo o período em que vocês se encontraram bebendo e jogando conversa fora.

Haviam feito duas semanas desde o dia de sua mudança, que consequentemente também havia sido o dia em que você tinha conhecido Eddie, e aquela tensão ainda existia entre vocês, parecendo até mais forte do que antes; quando vocês se encontravam nos corredores do prédio, era como se ambos perdessem as noções de como agirem como adultos comuns e sensatos. Sempre existiam olhares que duravam mais do que o apropriado e sorrisos que, se um parasse para notar bem, veria que tinha uma conotação bem diferente, escondida por trás de um ato tão inocente.

Foram duas semanas em que sua mente sempre se encontrava perdida em alguma fantasia inapropriada envolvendo seu curioso, e ainda assim lindo, vizinho; e com Eddie, as coisas não haviam sido muito diferentes, se não fosse pela irritante voz em sua cabeça sempre dizendo para que ele resolvesse seus problemas "íntimos" batendo em sua porta ao invés de choramingar pelos cantos para si mesmo.

Naquela noite, você esperava que as coisas fossem mudar, mesmo que de maneira drástica; você tinha esperanças de que, até a volta para casa, você já teria beijado a boca de Eddie mais vezes do que sua mente seria capaz de marcar, mas você também tinha esperanças de que algumas velhas perguntas pudessem, finalmente, serem respondidas.

Você estava ali porque Eddie havia lhe convidado e havia prometido à você que contaria o quê se passava no interior do mesmo, estando perto de você ou não, e você não sabia se estava mais excitada para essa parte ou para qualquer outra que envolvesse o calor do corpo do mesmo contra o seu:

-Não!! Eu não acredito que você fez isso!!-Você riu, após tomar um rápido gole de sua cerveja-Eddie!!

-Sim, eu fiz.-Ele retribuiu sua risada, mesmo que parecendo sem-jeito-E sinceramente? Poderia ter dado bem mais errado do que você imagina.

-Ugh, é uma pena que eu me mudei pra São Francisco tão tarde...-Você murmurou-Eu adoraria ter assistido o seu programa.

-(Y/N)...

-É sério!! Parece que você era simplesmente...apaixonado pelo seu trabalho, pelo o quê você fazia, Eddie.

-Bem, eu ainda acho que você não ia gostar muito de ter visto, mas obrigado por tentar amaciar meu ego.

-Bem, de nada. Ainda assim, eu acho que eu teria gostado sim...afinal, tinha você. Isso já seria o suficiente.

Foi como se qualquer futura resposta tivesse morrido na garganta de Eddie, que apenas ficou lhe observando, sua expressão sendo uma linha tênue entre surpresa e a mais pura e genuína admiração. Se fosse possível, você já teria se derretido em uma poça com tanta timidez que fervia por sua pele, fazendo um fraco sorriso dançar em seus lábios e seus dedos ficarem ansiosos para apenas tocar no homem, em qualquer parte que lhe fosse permitida.

Vocês ficaram naquele silêncio por mais alguns segundos, antes que Eddie tomasse sua dose de coragem e lhe puxasse para um forte e intenso beijo; você ainda podia sentir o leve gosto da cerveja nos lábios do mesmo, mas não era como se você pudesse ligar para aquilo naquele momento. Você estava finalmente tão, tão próxima do homem que invadia seus sonhos quase todas as noites desde que você pisou naquele prédio e acabou, por um descuido, derrubando algumas caixas. A tensão, que antes existia de modo quase que literal entre vocês, agora era descontada em suas bocas, em como Eddie parecia ávido para explorar cada canto que lhe fosse dado a oportunidade, em marcar em sua mente como era o gosto do seu beijo caso aquilo fosse apenas um sonho lúcido do mesmo ou uma alucinação.

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