God Rest Ye Merry Gentleman (The Alienist)

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-Leitora X Laszlo Kreizler
-Leitora X John Moore X Sara Howard (Amizade/platônico)

|alguém pediu por esse imagine? não. Eu tô me importando? Também não. Vou me arrepender da escolha? Vou descobrir até o fim do dia. Reclamações favor ligar 0800.
O único aviso é que o período de The Alienist se passa durante o século 19, beirando ali o início do século 20, então é possível que alguns comportamentos soem como os comportamentos típicos da época, no quesito relação de homem X mulher.|

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O clima dentro da pequena sala não se resumia em nada além de tensão; nenhuma palavra era trocada, nenhum olhar, muito menos parecia que alguém tinha vontade de respirar um pouco mais alto do que o usual. Tudo o quê se sabia eram que existiam, sim, duas pessoas naquele recinto apesar da falta de conversas, e que o único som que poderia ser identificado era o de folhas de um velho livro sendo passadas com um delicado gesto de um dedo.

Era claro como a luz do dia que havia algo de errado; se fosse apenas pelo comportamento de Kreizler, as pessoas talvez não estranhariam o súbito silêncio. Contudo, quando você fazia companhia para este em alguns aleatórios dias de seu trabalho, todos sabiam que você arrancaria qualquer tipo de conversa banal que pudesse existir no âmago do alienista.

Nenhum sinal de conversa se existia, mas por um bom motivo; você estava irritada, um bom eufemismo para não dizer que estava fula da vida com o homem à poucos passos de sua figura. Ser casada com Laszlo significava passar por muitos altos e baixos, você sempre teve noção desta condição, mas na noite passada? O quê o homem havia feito parecia, pelo menos por enquanto, imperdoável aos seus olhos, não importava quantas desculpas esfarrapadas pudessem cair dos lábios deste.

No início, Laszlo achou que você estava brincando com a cara dele. Tudo bem, ele não era exatamente a pessoa que mais estava acostumada com piadas e brincadeiras, mas ele sabia que era um mecanismo seu para demonstrar afeto por algumas vezes; não. Nenhum sinal de piada ou comédia se passava por seus traços faciais, tudo o quê existia era uma seriedade fora do comum, que se misturava com algumas leves lágrimas que haviam se acumulado no canto de seus olhos por pura frustração.

Agora? O alienista poderia conseguir entender, e até mesmo achar fascinante, as mentes de terceiros e o quê se passava por entre elas, mas a sua? Laszlo tinha um leve receio de descobrir o que se passava por sua mente irritada, da mesma maneira que tinha uma pontada de curiosidade, de fascínio para descobrir o que tais sensações afloravam em sua pele.

O azar do homem, no entanto, era que você não só era tudo, menos uma cobaia temporária para seus métodos, como também era uma esposa que estava irritada e completamente oposta a qualquer tentativa de reparos e afeto que pudessem ser feitas; Kreizler tinha de aprender que suas ações tinham consequências, que ele já era grandinho e inteligente demais para achar que você apenas abaixaria sua cabeça enquanto este não demonstrava nada além de certa frieza e distanciamento por conta do recente caso que este estava revisando com John:

-...você vai continuar neste silêncio todo?-O mesmo suspirou, lhe encarando do outro lado do cômodo, em sua mesa

Sua resposta foi virar mais uma página de seu livro, seus pés se ajeitando sobre a pequena mesa de centro que existia em sua frente; o velho e bom tratamento de silêncio, uma técnica tão inútil para lidar com qualquer situação que o homem tanto odiava, mas que sua pessoa parecia se adaptar para seus próprios interesses:

-(Y/N), somos dois adultos sensatos e bem-entendidos.-Laszlo resmungou-Um casamento não pode funcionar da melhor maneira se evitarmos os problemas...

-Então agora você se importa com a função ideal de um casamento, doutor Kreizler.

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