Capítulo 2

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O despertador tocou exatamente seis e dez da manhã, mas o garoto resolveu levantar às seis e meia por falta de ânimo, e para ajudar, chovia. Ele sempre odiou dias chuvosos, eles geralmente são depressíveis. Ele se trocou e foi ao encontro de sua mãe para levá-lo de carro.

No caminho para a escola, encontrou novamente a garota preocupada de cabelos pretos, mas dessa vez molhada, e parecia não se importar com a chuva. Novamente não conseguiu ver seu rosto, mas reparou que era magérrima.

O tempo parecia não passar dentro do carro, mas depois do que pareciam horas, ele finalmente chegou à escola. Após vários conselhos da mãe e despedidas, o garoto finalmente desceu do carro e correu para dentro da escola para procurar sua sala.

Os adolescentes pareciam bem normais, havia burburinhos pelos corredores, grupos conversando, garotas o olhando e cochichando, bem, era como qualquer escola. Para sua sorte, as aulas começaram há apenas uma semana, e como a primeira semana é pura enrolação, ele não estaria atrasado em relação à turma. Segundo sua mãe, sua sala desse ano seria o 2 º A, então se dirigiu para lá rapidamente, sem tentar encarar as pessoas. Ele foi um dos primeiros à chegar na classe, então pôde escolher um lugar decente, mas acabou escolhendo o pior, a última carteira na fileira da janela. A mesa estava toda riscada com frases e desenhos, mas ele não se importou, na verdade, seria divertido ler tudo aquilo e imaginar quem escreveu, mas não foi. As frases eram depressíveis e a maioria ele mal conseguia entender.

“Quem escreveu isso deve ter problemas.” Pensou ele. E talvez, ele estivesse certo.

– Você está no meu lugar. – Uma voz fraca murmurou ao lado dele, o causando arrepios.

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