A Gente

577 45 79
                                    

Oi pessoal! Tudo bem? Espero que todos estejam bem!Muito obrigada a todos que comentaram, que estão acompanhando e que favoritaram essa fic! Muito obrigada de coração a todos!Desculpem a demora. E agora mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!Bjus e até o próximo.

*****************************************************************************************

A noite já cobria com seu manto negro, toda Konoha, o vento fresco de primavera varria as folhas e flores pelo chão, e trazia a todas as residências, o aroma adocicado e suave das primeiras flores da estação; a Vila toda estava em festa, até mesmo os turistas estavam alvoroçados juntamente com os habitantes, crianças corriam pelas ruas, com lanternas flutuantes nas mãos e máscaras de gatos e raposas nos rostos. As notícias haviam chegado antes deles, antes que pudessem entregar seus relatórios sobre a sua expedição até a fronteira do País do Fogo, e sua intervenção na missão do Time Sete; toda Konohagakure já sabia que Neko e Kitsune haviam salvado o time de Kakashi e que eliminaram um dos Nukenins mais temido de todos os tempos, Momochi Zabuza, o demônio da névoa oculta, e que haviam trazido glória mais uma vez à Konoha. Ao chegarem aos portões da Vila, a gritaria e algazarra era tanta, que os quatro ANBUS pensaram que se tratava de um ataque ou revolta interna, e imediatamente seus pensamentos se voltaram preocupados para o clã Uchiha; por isso eles se colocaram a correr pelas ruas vazias e apagadas do portão sul, indo em direção ao centro de Konoha, onde todo barulho se concentrava, e ao chegarem lá, espantaram a multidão. Quando os habitantes avistaram os quatro, e reconheceram as máscaras laranja e azul, o choque foi o primeiro que sentiram foi o choque, logo a incredulidade e por fim a euforia; não havia dúvidas, aqueles dois adolescentes eram seus misteriosos heróis, tinham retornado a Vila e estavam bem diante de seus olhos.

— Eles estão aqui, eles chegaram! — uma senhora grita eufórica.

Ninguém sabia o que fazer, foi algo totalmente fora do previsto, jamais pensaram que Konoha organizaria um festival por seus feitos, ou que acabariam no meio dele assim; para os habitantes também não era diferente, estavam surpresos por descobrir que os Shinobis temidos de Konoha, eram na verdade dois jovens que mal deixaram a infância, e ao constatar isso, sentiram um arrepio por seus corpos, ao imaginar a idade que a dupla tinha quando ingressara na ANBU. Era assustador imaginar, aterrador pensar o que fizeram em tão pouca idade, algumas mulheres sentiram ânsias quando ouviram os sussurros dos mais próximos, todos sentiram medo; a situação era tensa e podia virar uma catástrofe ao menor passo em falso, e só piorou quando uma garotinha com menos de cinco anos, correu do meio da multidão e abraçou as pernas de Kitsune.

— Onii-chan! — ela grita alegríssima erguendo os braços — Onii-chan salvou Nene! Salvou Otousan e Okaasan!

Naruto reconheceu aquela pequena, ele e Hinata haviam retirado ela e sua família de um pequeno vilarejo que fora incendiado por bandidos, vendo o sorriso genuíno da menina, ele agiu naturalmente e a pegou nos braços como ela queria; todos na multidão prenderam a respiração, com medo do que aconteceria.

— Você está bem agora, pequenina? — a voz rouca de Kitsune é ouvida perfeitamente no silêncio sepulcral que se instaurou.

— Sim, Nene está feliz! — a garotinha fala alto e abraça Naruto, para espanto geral — Nene queria ver onii-chan!

— Nene, cadê seu Otousan e seu Okaasan? — a voz melodiosa de Neko se faz presente, chamando a atenção da pequena.

— Ali, comprando doce pra Nene. — A pequena aponta a barraca de dangos felizmente — Nene quer onee-chan também.

Gargalhando um pouco pelo jeito desinibido da menina, Hinata a pega atendendo seus desejos, e como Naruto recebe um abraço apertado, seguido de um beijo em sua máscara, causando uma gostosa gargalhada em Naruto; ao escutarem os dois rindo e se divertindo com a pequena menina, os demais aldeões relaxam e se emocionam também, eles eram os assassinos especiais de Konoha, mas eram também apenas jovens com sentimentos igual a todo mundo, e muitas vezes tiveram que renunciar sua juventude pelo bem de todos eles. Logo os pais da menina apareceram, ela havia escapado deles enquanto compravam os doces, assim que ouvira a senhora gritando que Neko e Kitsune estavam ali; os dois adultos também se emocionam ao vê-los ali, lembrando daquela hora de desespero que viveram. Naquele dia, quando os bandidos chegaram ao vilarejo, roubaram tudo que tinham e logo atearam fogo, os outros habitantes fugiram em pânico, e não ouviram os gritos daquele pai que ficara preso com a mulher e a filha, no deposito que desmoronava; quando percebeu que ninguém podia ouvi-los, o homem abraçou as duas e se encolheu em um canto ainda intacto, sussurrando entre o choro que tudo ficaria bem, para que sua amada e sua bebê não sentissem o desespero da morte. Foi quando uma rajada de vento poderosa, quebrou a janela superior do armazém, então ele os viu, o primeiro a entrar foi o garoto e depois a garota, ela pegou Nene firmemente em seus braços e a envolveu com uma manta molhada e correu por entre as chamas que já os alcançava, quando o garoto gritou para que tapassem os narizes e se segurassem nele, eles atravessaram a parede de fogo em segurança, envoltos por um manto vermelho; a porta bloqueada do armazém fora feita em pedaços por uma foice de vento tão forte, que estilhaços de madeira foram jogados a cinquenta metros de distância. O homem se lembrava perfeitamente do momento em que estavam do lado de fora, do cuidado que os dois tiveram com sua família, tratando suas feridas os instruindo a ir para Konoha, onde seriam acolhidos pelo Hokage em nome deles; e lembrava principalmente de Neko cantando calmamente uma canção de ninar, para acalmar sua filha que chorava a plenos pulmões, e a embalara em seus braços até que a bebê dormira. Em nenhum momento os dois foram bruscos com eles, ou se irritaram pelo choro de sua filha, ou pela tremedeira de sua esposa, aqueles dois desconhecidos estavam genuinamente preocupados com eles, e lhes mostraram mais gentileza do que qualquer outro; por isso agora, aquele homem abraçava os dois sem medo algum, enquanto chorava de alegria por revê-los.

O Sol e A LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora