Recomeços

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Pov. Alemanha

Cheguei no trabalho no mesmo horário de sempre. Fui pra minha sala e lá eu deixei minhas coisas. Inglaterra ainda não chegou, o que é de certa forma bom, pois eu preciso ir atrás de uma certa pessoa.

Deixei minha sala e segui reto no corredor por mais alguns metros. Parei em frente a uma porta. Eu bati e então logo ouvi um entre meio abafado. Abri a porta e entrei, ganhando uma recepção bem animada.

Ita: bom dia, Germânia! - o italiano exclamou alegremente. Por incrível que pareça ele chega bem cedo ao trabalho assim como eu. Porém seus motivos são outros. Ele sempre traz algum doce pra comer de tarde. Então chega mais cedo para poder esconder sua comida no frigobar que colocou na sala. Justamente para que seu colega, Eslováquia, não encontre.

Ale: Bom dia, Italien! - eu o respondi sorrindo e ele fez um som de surpresa. - o que foi? - eu perguntei confuso com sua reação.

Ita: você me deu bom dia sem estar com cara de tacho! - ele me respondeu feliz da vida e eu dei uma leve risada. - olha! Está até rindo! - ele chegou mais perto e agarrou meus ombros. A diferença de altura era notável. - quem é você e o que fez com o Alemanha?!

Ale: ah, para com isso, Italien. Eu estou normal! - eu falei risonho.

Ita: normal?! Não! Isso não é normal! Está doente? - ele falou a última parte ficando na ponta dos pés e colocando a mão na minha testa.

Ale: não, eu não estou doente. - o respondi bem humorado.

Ita: hummm... - ele parecia desconfiado. - então o que é? - ele ficou pensativo e eu calado e sorridente. De repente ele fez o mesmo som de surpresa de antes. - Germânia! Você está apaixonado?!

Ale: o-oque? - eu senti que começava a corar e ele sorriu me provocando.

Ita: Germânia está apaixonado! Germânia está apaixonado! - ele começou a cantarolar feito uma criança de cinco anos e eu fiquei envergonhado. Rezando para que ninguém passasse pelo corredor e ouvisse.

Ale: ei! Fala mais baixo! - eu o repreendi falando baixo.

Ita: foi mal! Mas então, quem é a bela dama? - ele perguntou enquanto mexia as sobrancelhas pra cima e para baixo. Eu suspirei.

Ale: Brasilien... - eu falei baixinho  novamente e então ele fez um som que me lembrava de um esquilo.

Ita: então quer minha ajuda para conquistar ela é? - ele me perguntou esperançoso e animado.

Ale: quero. Bom... não é exatamente para conquistá-la. Na verdade é pra me redimir! - eu o expliquei e ele balançava a cabeça em sinal de entendimento. - eu queria que você me ajudasse a fazer algo. Marquei de sair com ela hoje depois do trabalho, mas não sei pra onde levá-la! - terminei de falar e vi um sorrisinho se formar no rosto do italiano.

Ita: eu tenho uma ideia! - ele exclamou feliz da vida.

》》》Quebra de tempo《《《

Pov. Brasil

Estacionei o jeep em frente a pizzaria do italiano. Adoro esse lugar. Não só pela comida do meu amigo, mas também pela bela aparência que ele deu a este lugar. Quando estava saindo do trabalho fui procurar o europeu de olhos azuis, mas não o encontrei. Porém recebi uma mensagem sua para nos encontrarmos aqui.

Tirei o cinto de segurança e saí do carro. Entrei no restaurante e ele estava vazio. O que eu estranhei, pois a esse horário deveria estar tão cheio quanto o restaurante da França. De repente uma voz familiar chamou meu nome.

Ita: Brasile! - ele exclamou saindo de dentro da cozinha, passando pelo balcão do bar e vindo me abraçar.

Bra: oi Itália! - eu o abracei de volta e logo mais nos separamos. - você viu o Alemanha? Ele pediu pra me encontrar aqui!

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