Drive-in

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Pov. Brasil

O alemão havia me mandado mensagem bem cedo dizendo que iria vir me buscar às 19 horas. Olhei no celular e ainda eram às cinco da tarde.
Suspirei e me joguei na cama ao lado da mexicana que estava sentada.

Mex: ansiosa? - ela perguntou com um sorriso sugestivo e eu ri soprado.

Bra: muito, pra falar a verdade! - eu a respondi enquanto continuava deitada.

Mex: olha, você mudou de opinião bem rápido, né? Uns dias atrás você voltou a declarar morte ao Alemanha e agora está aí, morrendo de amores por ele!
- ela falou risonha e bem humorada.

Bra: aquilo foi só um mal entendido! Ele já esclareceu tudo! - eu falei me sentando. - Além do mais, ele foi um fofo ontem!

Mex: bom, eu também não recusaria um presente desses! - ela falou levantando a pequena cadelinha alaranjada e esfregando seu focinho em seu nariz. - não é coisinha fofa?
- ela falou com uma voz diferente e eu abafei o riso para que não escutasse ele. - qual é o nome dela mesmo?

Bra: Pomerode! - eu respondi simplista e risonha. - acho que a Tulum ganhou uma nova amiguinha pra brincar!

Mex: e o Frankfurt uma mãe e uma irmã! - ela falou brincalhona e eu dei um leve tapinha em seu braço enquanto dávamos risada. - bom, acho melhor começarmos a decidir sua roupa! - eu concordei com a cabeça e fomos para o armário.

》》》Quebra de tempo 《《《

Finalmente estava pronta. Não coloquei nada extravagante. Minha roupa era bonita, mas ainda sim confortável e fresca. Era uma bermudinha preta e uma blusa branca ombro a ombro e com alguns detalhes em renda. Nada de mais.

Descemos as escadas e México soltou Pomerode. Olhei as horas no celular e vi que faltava pouco para que o alemão chegasse. Conversamos por mais alguns minutinhos e então ouvi o barulho de uma buzina vindo lá de fora. Me despedi de Mex, saí de casa e vi o Audi preto estacionado bem em frente. Com um sorriso no rosto eu andei até o veículo e depois entrei.

Bra: oi, Ale! - eu o cumprimentei animada. Ele estava bem vestido, não de um modo exagerado, mas sim de forma apropriada para um passeio noturno. Diria que até está parecendo um playboy, mas só um pouquinho.

Ale: boa noite, Brasilien! - ele pegou minha mão e então lhe depositou um beijinho rápido. Eu ri de leve com isso pelo constrangimento.

Bra: então, onde vamos ir? - eu perguntei curiosa enquanto colocava o cinto.

Ale: é surpresa! - ele me respondeu sorrindo sapeca. Então ele deu partida e fomos embora. Conversamos bastante no caminho, que por sinal é um pouco longo.

Bra: você não está me levando para a floresta pra me matar, não é? - eu brinquei me referindo ao quão distante nosso destino parece ser. O europeu deu uma risada alta e espontânea. Admito que sua risada é muito gostosa de ouvir.

Ale: não, pode ficar tranquila! Aliás, a gente já está chegando! - ele respondeu risonho e sorridente.

Depois de talvez uns dois minutos eu vi a entrada de um parque. Já conheço esse lugar, mas só vim aqui uma única vez. Afinal, por que eu iria fazer todo esse trajeto pra vir a um parque sendo que tem outro perto da minha casa? Se bem que este lugar é muito bonito! Não é um parque do tipo em que as pessoas vem correr ou se exercitar, está mais para um lugar onde famílias e namorados vem passar o dia perto da natureza. O alemão entrou no lugar e seguimos reto pela área de estacionamento, eu estranhei sua ação. Mas então vi uma fila de carros, uma bilheteria e mais ao fundo no gramado um gigante telão de cinema.

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