E como a maioria dos sofrimentos esse começou com uma aparente felicidade.
- A menina que roubava livros.
Por Emma
Sabe aqueles dias que você acorda sentindo que não vai ser um bom dia? Minha noite foi horrível, acordei várias vezes e eu só queria ficar na cama mais um pouco, só que crescer, significa não poder dormir até tarde, porque você tem responsabilidades. Se eu soubesse que ser adulto era tão complicado nunca tinha reclamado quando era criança.
Levanto tomo banho e faço minhas higienes pessoais, visto uma calça jeans, uma camiseta preta de uma banda que não faço a menor ideia de qual seja, só achei bonita então comprei, coloco uma jaqueta de couro, não estou com clima para me arrumar hoje.
Vou pra cozinha e encontro a Bekah e a Sarah sentadas na mesa, sento ao lado delas sem falar nada, não estou a fim de ser educada hoje.
— Bom dia, mal-educada — Sarah diz.
— Não acabou o dia ainda, como vou saber se foi bom — digo e ela me olhar indignada.
— Grossa — diz e dou de ombros. Pego uma panqueca que tem no prato dela e ela reclama. — Isso é meu, devolve — sai correndo atrás de mim a fim de pegar de volta, mas sou mais rápida e me tranco no quarto.
Depois de comer a panqueca da Sarah, descemos para o estacionamento, vamos todas no carro da Bekah, eu e a Sarah somos duas folgadas que vive de carona dos amigos, mas eles servem pra isso, né! Pra a gente se aproveitar.
Eu odeio dirigir, eu sou uma pessoa que não tem muita paciência e a maioria das pessoas parece que comprou a licença, e eu me irrito logo, então é melhor eu nem chegar perto do volante.
Teve um dia que arrumei uma confusão com um cara que me trancou na rua e eu ia batendo nele, aí eu mandei ele aprender a dirigir e chamei ele de coisa feia, ele se irritou, e veio tirar satisfação e eu fui briga com ele, mas o Christian não deixou e me obrigou a entrar no carro e vim embora.
Colocamos a música "We Can't Stop" da Miley Cirus para tocar e vamos o caminho todo caladas, a Bekah não está muito bem, a Sarah está concentrada atualizando sua agenda, e ela também não está muito legal, as minhas melhores amigas estão com problemas com as mães, queria poder ajudar, mas não sei o que fazer. Eu tenho muita sorte de ter uma família perfeita e uma mãe que me entende completamente, apesar de ser louca.
— Estava pensando se você não quer ir à gravadora da mamãe comigo mais tarde, ela me chamou para testa uns equipamentos novos que chegaram e poderíamos grava uma demo sua, meu padrinho Dylan me ensinou a fazer uns remix, e posso tentar — pergunto para Bekah, tentando quebrar o clima chato.
— Pode ser — ela diz sem tirar os olhos da estrada.
Pois é, ela não está nada bem, a Bekah que eu conheço estaria gritando agora.
— Você quer conversa? — pergunto.
— Não, valeu.
Chegamos e vamos direto para nossa sala, acho estranho quando não vejo nem a Emily e nem a Lizzei, vou até à sala de edição procurar elas e encontro às duas desesperadas, a Emily está chorando muito, enquanto a Lizzie tenta acalma-lá.
Me aproximo, elas se assustam e ficam me encarando, não sei porque elas têm tanto medo de mim. A Bekah também é chefe delas e nem por isso elas ficam assim com ela.
— O que aconteceu? — pergunto preocupada, se alguém fez alguma coisa com elas eu juro que mato.
Elas ficam olhando para mim sem falar nada, porque elas me falariam, se nem minha própria irmã sabe que pode conta comigo.
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De volta para o amor
RomanceEmma Salvatore é acostumada a mudanças. A vida não é um tracejado linear, sem percalços, cuja felicidade é a meta ao fim do horizonte. Ela compreende que importa apenas adaptar-se e encontrar sua felicidade em cada novo movimento de sua vida. Aos q...