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Cidade do Silêncio, Cape May, Nova Jersey - Estados Unidos.

22 de Setembro de 2020 - 22:29 P.M


A escuridão das prisões da Cidade do Silêncio era mais profunda do que qualquer escuridão que Jimin e Rosé já tinham conhecido. Eles não conseguiam enxergar a forma da própria mão diante dos olhos, não conseguiam enxergar o chão nem o teto da cela. O que sabia sobre ela era o que tinham visto sob o brilho de uma tocha ao chegar, guiados por um contingente de Irmãos do Silêncio, que tinham aberto o portão de grade da cela para eles, conduzindo-os para dentro como se fosse criminosos comuns.

Provavelmente era exatamente isso que pensavam que eles fossem.

Eles sabiam que a cela tinha o chão de pedra, que três das paredes eram de rocha, e que a quarta era feita de barras electrum com espaços estreitos entre si, as extremidades afundadas na pedra. Sabia que havia uma porta naquelas barras. Também sabia que havia uma longa barra de metal que passava pela parede leste, pois os Irmãos do Silêncio tinham anexado um dos anéis de um par de algemas prateadas nessa barra e o outro ao pulso deles. Eles podiam caminhar alguns passos pela cela, mas era o máximo que conseguiam fazer.

Rosé se esforçava para conter as lágrimas, tentando ser forte e aguentar aquilo. Enquanto Jimin estava agitado, tentando se soltar das correntes, ele já tinha deixado o pulso em carne viva puxando a algema sem pensar. Pelo menos era canhoto, uma pequena luz naquela escuridão impenetrável. Não que fizesse muita diferença, mas era um consolo saber que tinha a mão boa livre.

Jimin iniciou um passeio lento pela cela, passando os dedos na parede enquanto andava. Era angustiante não saber as horas.

Rosé, encolhida no canto, imersa naquela escuridão se perguntava se voltaria a ver o céu. Rosé fez uma pausa. Por que tinha pensado nisso? Era claro que voltaria a ver o céu. A Clave não iria matá-los. A pena de morte era reservada a assassinos, certo? Porém o nervosismo do medo continuou nela, sob a pele, estranho como uma pontada de dor inesperada. Rosé não era inclinada a ataques de pânico aleatórios, mas ali estava ela, a beira de um.

— Jimin

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— Jimin.. — Rosé chamou o irmão, a voz chorosa espantou Jimin, fazendo o tropeçar até chegar onde ela estava. — Estou com medo.

— Não tenha medo. Estamos juntos nisso, vamos sair logo daqui. Respire comigo. — Jimin ajudou Rosé a iniciar um exercício de respiração. — Só precisamos aguentar uma noite. Uma noite. Só isso. — Jimin disse, tentando soar o mais convincente possível. Mas ele mesmo estava com medo, morrendo de medo. Rosé continuou o exercício de respiração, a cabeça apoiada ao peito de Jimin.

 Rosé continuou o exercício de respiração, a cabeça apoiada ao peito de Jimin

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𝑻𝑹𝑼𝑬 𝑩𝑳𝑶𝑶𝑫: 𝟐 • Jikook/Chaelisa [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora