Música: Carla's Dreams - Frica
"Nada acontece por acaso"
⚜
George franziu o cenho e deu dois passos para trás, seu rosto estava tomado pela incredulidade. ── Jimin.
── Sim, em carne e osso. ── Jimin passou pelo pai fazendo questão de bater o ombro contra o de George e deixou as malas na entrada. ── Mãe! Helena! ── Gritou. Helena foi a primeira a aparecer. Correu até o irmão e se atirou nos braços dele. Jimin a segurou com força e a girou.
── Eu senti tanto a sua falta.
── Eu também, Lena. ── Colocou-a no chão e aninhou o rosto da irmã entre as mãos. Com cuidado deslizou os polegares pelas bochechas dela e sorriu. ── Você é ainda mais linda do que eu me lembrava. ── Helena sorriu e corou. Jimin olhou para trás e encontrou sua mãe. Sumin ainda era muito bela, havia perdido alguns quilos desde a época em que ele sofreu o acidente, mas a idade a fez muito bem. ── Mãe...── Se aproximou dela e parou a poucos centímetros. ── Eu posso ver, mãe.
── Sim, meu amor. ── Com seu português de sotaque forte, Sumin proferiu as palavras carregadas de emoção. Abriu os braços e aninhou Jimin junto ao seu corpo, de forma protetora. ── Eu sempre soube que um dia esta bênção chegaria. ── Jimin deixou as lágrimas escorrerem pelo seu rosto e apertou a mãe com ainda mais força.
── Odeio atrapalhar o momento família feliz, mas está na hora de dormir. O Jimin ainda é o mesmo patético de sempre, não há nenhuma novidade. Não é como se fosse o retorno de um monarca ao lar. ── As palavras cheias de maldade foram ditas por George e Jimin deixou os braços da mãe para encarar o pai de cabeça erguida.
── Patético é você, George, que precisa pisar nos outros para se sentir bem.
── Está colocando as garrinhas de fora? Eu vou te ensinar onde é o seu lugar. ── George marchou até o filho e Jimin sorriu. O mais velho ergueu a mão para acertar na face do filho e ficou em choque quando Jimin segurou seu pulso e com a outra mão o acertou um soco.
George cambaleou para trás e levou a mão ao lugar atingido. Os olhos cheios de ódio focaram a figura inabalável de Jimin, que se sentia capaz de enfrentar um exército. Ele não temeria mais, não abaixaria mais a cabeça, não era mais o menino cego que o pai tinha o prazer de pisar.
── Como você ousa!?
── O quê? Não gostou de provar do seu próprio veneno? Pois saiba que de onde saiu este têm muito mais. Nunca mais erga sua pata imunda para mim!
── Eu vou te matar!
── Isso se eu não te matar antes. ── George fulminou Jimin e saiu da sala batendo as botas no chão. Ficando apenas com a mãe e a irmã, que o olhavam cheias de orgulho, Jimin passou as próximas duas horas contando como havia sido os últimos meses.
Quando foi para o seu quarto, fechou a porta e observou com atenção cada detalhe do ambiente bem arrumado. Suspirou e caminhou até a cama, sentou e passou as mãos pelos cabelos.
Era bom estar perto da mãe e da irmã, mas ele sabia que não permaneceria por muito tempo. Ele precisava de Corinne.
(...)
Corinne corria pela avenida às margens do Rio Tâmisa, uma música pop tocava em seus fones e ela estava perdida em seus pensamentos enquanto dava o máximo de si no exercício. Seis meses se passaram desde que viu Jimin pela última vez, sentia seu coração carregado de saudade e os sonhos durante a noite eram como tortura que a machucava ainda mais.
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Calma e Ventania (Fanfic Version • PJM)
RomanceApós uma queda de cavalo, Jimin perdeu a visão e passou a ser odiado pelo pai. Cresceu sendo humilhado, menosprezado e oprimido. Solitário, mas dono de uma doçura encantadora, ele desperta o interesse de Corinne, herdeira do império Lafir. Ela é for...