Apenas uma semana - 7.

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Música: BTS - Your Eyes Tell

"Se eu pudesse parar o tempo, eu juro que faria."

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        A manhã chegou e logo cedo Corinne se colocou de pé. Jimin continuava dormindo e após lavar o rosto, ela saiu do quarto e foi providenciar comida. Quando voltou, se deparou com a porta entreaberta e o sangue gelou.

Ela havia deixado a arma sobre o móvel, não imaginou que podia precisar dela. Então, com toda sua coragem, empurrou a porta e se deparou com Jimin sentado na cama acompanhado por Lucca. Matteo e Alberto estavam de pé, com os braços cruzados, e olharam para ela assim que sua presença ali se tornou óbvia.

── C...Como vocês me acharam?

── Por minha causa. Lembrei que no Jeep que você pegou têm um rastreador. ── Matteo confessou.

── Viram que estou bem, já podem ir embora.

── Corinne, você têm noção do que fez? ── Alberto questionou.

── Eu não fiz nada de errado. O Jimin é um adulto, não uma criança que foi tirada do seio familiar. Por quê veio, papai?

── Porque você é minha filha e há um sádico lá fora querendo colocar uma bala em você.

── Deixe que ele venha, eu sei usar uma arma também. ── Alberto soltou o ar com força e deixou os braços caírem ao lado do corpo em sinal de derrota.

── Filha, o Jimin precisa voltar. Eu sei que as suas intenções são boas, mas mantê-lo longe só vai piorar tudo. George não vai parar de caça-lo, você sabe disso. Por favor, vamos levar o rapaz de volta. ── Corinne negou, os olhos pinicando com as lágrimas que já começavam a se formar. Ela estava prestes a quebrar. Um nó se formou em sua garganta e mesmo sabendo que sua voz sairia embargada, ela falou.

── Eu não posso levá-lo. Eu não posso deixar que ele seja machucado. O Jimin é alguém bom, um inocente que está sendo torturado. Pai, nem um animal merece algo assim, como eu posso estar diante de tamanha atrocidade e fechar os meus olhos? Eu o coloquei em uma situação ainda mais complicada e não há a menor chance de voltarmos.

── Cori...── A voz calma de Jimin soou pelo quarto e os membros da família Lafir se viraram para olhá-lo.── Podemos conversar?

── Sim.

── Vamos esperar você lá fora, Corinne. ── Alberto avisou e acenou para que os filhos o seguissem.

Quando a porta foi fechada e Corinne caminhou até Jimin, ajoelhando-se diante dele, com as mãos apoiadas sobre suas pernas, ele manteve os olhos na direção dela como se pudesse enxergá-la. Os olhos azuis brilhavam cheios de doçura, mas havia medo também.

── Eu sei o que vai acontecer comigo quando eu voltar, mas acho que não há como fugir disso. Não quero trazer uma ventania para sua vida, Cori.

── Você só me traz calma, Jimin. A ventania sou eu. Eu arrasei tudo até aqui e não me arrependo.── Ele ergueu as mãos e dedilhou até segurar o rosto dela, onde acariciou cada pedaço, como se estivesse marcando-a em suas memórias.

── Devemos nos afastar. Não vou suportar se meu pai te machucar, Cori. Eu quis ser corajoso, quis que as coisas fossem diferentes dessa vez, mas não dá. Eu não vou conseguir ser feliz. Tudo que eu desejo é que você fique segura, não me inporto com o resto. Meu pai pode me rasgar ao meio, eu morrerei sorrindo, só quero que você esteja bem. ── Corinne ouviu cada palavra e um soluço irrompeu da sua garganta, seguido das lágrimas carregadas de dor que começaram a molhar o rosto dela.

Calma e Ventania (Fanfic Version • PJM)Onde histórias criam vida. Descubra agora