Aviso: O capítulo a seguir pode conter gatilhos referentes à abuso sexual.
19.
O sol nem havia nascido direito e Corinne estava cavalgando nos campos da propriedade de sua família. Uma semana se passou desde o seu encontro com George.
Tentou ao máximo esquecer tudo, também evitou conversar sobre o ocorrido; até com Jimin, que respeitou a escolha dela. Nos dias posteriores, focou sua atenção no trabalho na fazenda e fez amor com Jimin em todas as oportunidades que teve.
── Cori! ── Ouviu seu nome ser chamado ao longe e segurou firme as rédeas do cavalo para fazê-lo diminuir a velocidade. Deu a volta na direção que julgou vir o som e encontrou Mateo.
Franziu o cenho e esperou o irmão se aproximar, também em um cavalo. ── Aconteceu alguma coisa? ── A pergunta escapou entre seus lábios assim que Mateo chegou perto o suficiente.
── Não. Eu apenas vim me juntar à você nesse passeio matinal.
── Eu não quero companhia.
── Eu percebi. Na verdade, tenho percebido muitas coisas nos últimos dias.
── Não me interessa saber o que você percebeu, Mateo. Agora volte para casa e pare de me azucrinar.
── Eu não vou a lugar algum. Você está na defensiva e eu quero saber o que está acontecendo.
── Sou apenas eu, Mateo. Não há nada de diferente.
── Claro que há! Seu gênio está pior que o habitual. Vamos, me diga o que está te incomodado. ── Corinne balançou a cabeça e bateu com as rédeas contra o lombo do cavalo, que começou a trotar rapidamente. ── Você não vai escapar de mim, Corinne Lafir!
── Se você me vencer em uma corrida, talvez eu pense em falar alguma coisa.
── Então realmente tem algo.
── Tente descobrir. ── Corinne passou a correr para longe do irmão, que não ficou para trás por muito tempo. Com a mesma habilidade da irmã, Mateo cavalgou pelas terras. Ao chegar em uma área mais íngreme, conseguiu passar na frente da Lafir e travou o seu caminho usando o belo cavalo onde estava montado.
── Fim da linha para você, querida irmã.
── É, tenho que assumir, você me superou hoje. Meus parabéns!
── Obrigado. Algo assim vindo de você, me faz sentir honrado. ── Ele gracejou. Corinne saltou do cavalo e puxou o animal consigo, segurando firme nas rédeas, rumo a sombra de uma frondosa árvore. Amarrou o animal no tronco e sentou-se.
Mateo juntou-se à ela um momento depois. ── O George é um verme.
── Disso eu sei. O que ele tem a ver com o seu comportamento estranho?
── Ele me encurralou na cidade e me ameaçou.
── Ele fez o que!? ── Mateo gritou. Corinne levou as mãos à cabeça e fechou os olhos. ── Por que você não falou antes?
── Não quero que ninguém lute as minhas batalhas! O problema dele é comigo.
── Para de ser louca! ── Mateo abaixou-se perante a irmã e segurou-a pelas mãos. Os olhos bonitos de Cori encontraram os dele e havia uma tempestade nas írises da mulher que ele tanto admirava. ── Somos sua família, Cori. Isso ninguém vai mudar. Você é nosso sangue, nossa carne, nossa alma. Qualquer um que ousar te machucar, machucará todos os Lafir. E é um pecado sem perdão. George não sabe onde está mexendo.
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Calma e Ventania (Fanfic Version • PJM)
RomanceApós uma queda de cavalo, Jimin perdeu a visão e passou a ser odiado pelo pai. Cresceu sendo humilhado, menosprezado e oprimido. Solitário, mas dono de uma doçura encantadora, ele desperta o interesse de Corinne, herdeira do império Lafir. Ela é for...