Um Novo Homem - 12.

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Música: Carla's Dreams - Pana la Sange

"Eu quero ser melhor, quero me olhar no espelho e sentir meu peito se encher de orgulho, orgulho da pessoa que eu sou."

🥀

       ── Cori...── Corinne não se deu conta de quanto tempo passou e nem se importava. Ela ainda chorava naquele corredor frio do hospital e agora o seu pai estava ao seu lado, abaixado. ── Meu bebê, fale comigo.

── Lembra de quando eu pedi aqueles dias com o Jimin?

── Sim. O que tem?

── Foram os momentos mais simples e felizes da minha vida. Estar com ele é calmaria para toda a minha agitação, e eu aproveitei cada segundo, pai. Me carreguei de uma beleza sublime, pois é isto que emana de Jimin.

── Você o ama, não é? ── Corinne fungou e passou as mãos no rosto.

── Amor... É uma palavra tão pequena. Será que é suficiente para descrever o que estou sentindo? Pai, estar longe do Jimin agora, após passar dias ao lado dele, é como estar com o peito aberto e não ter mais um coração. Entende isso? Eu me sinto vazia. Isso me assusta tanto.

── Eu pensei que nunca te veria desse jeito. ── Alberto colocou a mão sobre o ombro dela e fez carinho. Corinne queria se levantar, parar de chorar, mas sentia-se tão fraca.

── Miseravelmente apaixonada?

── Não, lindamente amando. Você sacrificou o seu amor para que o Jimin voltasse a enxergar e o seu sacrifício mostra o quão puro e verdadeiro é este sentimento. Algo tão lindo assim não pode terminar do jeito que está.

── Não tem jeito, pai.

── Cori, não perca a fé ainda.

── Eu fiz uma escolha e o Jimin não vai me perdoar.

── Se ele te ama, ele vai entender. ── Corinne balançou a cabeça e se colocou de pé subitamente. Alberto a olhou assustado.

── Não. Por mais que doa, pai, é melhor deixar tudo como está. Eu não quero machucar mais o Jimin.

── Mas e você? Quem vai se preocupar em não machucar mais você? ── Alberto se colocou de pé e a trouxe para perto, segurando-a pela mão. ── Quem vai, minha menina?

── Pai... ── Mais lágrimas escorreram pelo rosto de Corinne e Alberto a puxou para si, abraçou-a com força.

── Eu queria poder fazer alguma coisa.

── Estou atrapalhando? ── A voz do médico os assustou e os fez se separar. Corinne e Alberto olharam na direção de Alexander, que observava curioso a cena diante dele. ── Vocês são pai e filha?

── Sim.

── E você não trabalha aqui, certo?

── Certo. ── Corinne confessou.

── Doutor, eu posso explicar. ── Alberto quis intervir, mas Corinne colocou a mão em seu braço e o fez se calar.

── Eu me disfarcei para vim ver o seu paciente.

── Por que? Por que não pôde vir como uma pessoa normal? ── Ela riu.

── Porque eu não sou normal. E não quero que ele saiba que eu estive aqui.

── Posso saber o porquê?

── É complicado, doutor.

── Entendi. Senhorita, vou pedir que você se retire ou serei obrigado a chamar a segurança. Não é certo você ficar se passando por uma funcionária. ── Corinne assentiu e acenou em despedida para o pai, que olhou chateado para o médico, mas não disse nada, sabendo que o doutor estava em sua razão.

Calma e Ventania (Fanfic Version • PJM)Onde histórias criam vida. Descubra agora