Lembranças e Lágrimas - 9.

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Música: SHY Martin - Can i call you back?

"Vai doer no início, mas cada vez que a dor quiser me matar, lembrarei que tudo que fiz foi por te amar, e isso me dará forças." Sue.

*
*

           O carro levantou poeira quando Corinne estacionou diante da casa da sua família. Saltou, bateu a porta, e subiu correndo as escadas. Quando cruzou a porta encontrou Lucca, que lia sentado ao sofá.

── Lucca! ── Correu até ele, que largou o livro e ficou prontamente de pé, assustado. Corinne se lançou contra seu corpo e o abraçou com força. ── Eu o deixei, irmão. E...

── E?

── E dói tanto. Parece que meu coração foi arrancado do peito.

── Cori, se acalma. Você precisa seguir em frente.

── Agora não, Lucca. Tudo que eu preciso agora é chorar até que os meus olhos assem.

── Ei... ── Lucca a afastou e aninhou o rosto úmido em suas mãos. Era estranho ver Corinne chorar, ela não tinha esse costume, só derramava lágrimas quando algo a abalava muito, e vê-las agora era um péssimo sinal. ── Você acabou de conhecê-lo, Cori. Por quê está tão arrasada?

── Porque eu sinto ele sob a minha pele desde o momento que o vimos naquela estrada. O Jimin é diferente, Lucca. E eu o quero, Deus, como eu o quero.

── Eu sei, irmã, mas é impossível, você sabe. ── Corinne se agarrou ao irmão e com o rosto contra o peito dele, chorou tudo que manteve guardado para si nos últimos dias.

── Eu o deixei lá, mas fiz um acordo com o pai dele.

── Que acordo, Cori? ── Lucca a afastou para olhar em seus olhos, que estavam vermelhos.

── Eu irei embora, George conseguirá me afastar do Jimin, mas em troca deixará o papai ir atrás de qualquer recurso que haja para que o Jimin volte a enxergar.

── O quê? Cori, isso é loucura! Está mesmo disposta a fazer isso por causa daquele rapaz? ── Corinne se afastou completamente do irmão e começou a caminhar pela sala. Parou de repente e olhando firme para Lucca, disse:

── Sim. Eu sou capaz de fazer qualquer coisa por causa dele. Eu sei que o Jimin não vai me perdoar quando souber que eu me fui, mas eu preciso fazer isso, eu quero muito que ele volte a viver normalmente, e se eu sou um empecilho, me retiro.

── Irmã...

── Deixe-a, Lucca. ── Corinne e Lucca se viraram para a direção de onde veio a voz e encontraram Alberto de braços cruzados, olhando sério para a filha.── Vá, fique longe desse rapaz, dos problemas que esse vínculo causa, e eu prometo cuidar dele.

── Pai!

── Cale-se, Lucca! ── Alberto ordenou ao filho, que se calou. ── Vá arrumar as suas coisas, amanhã você parte para Londres.

── Está bem, papai. ── Sem contestar, Corinne caminhou para sair da sala, mas antes de deixar o ambiente, olhou uma última vez para ele. ── Dê o máximo de si para curá-lo, pai, por favor.

── Eu darei.

Ela seguiu até o seu quarto e ao entrar, retirou uma mala grande do closet. Começou a arrumar suas coisas. Na manhã seguinte ela estaria longe.

E por mais que doesse, se ir embora fosse o melhor para o seu amado, ela iria.

Helena olhava para o irmão, que estava aninhado aos travesseiros. A luz do abajur fazia os olhos claros de Jimin brilharem lindamente, e embora ela amasse admirar a beleza do irmão, estava inquieta por causa do silêncio dele.

Calma e Ventania (Fanfic Version • PJM)Onde histórias criam vida. Descubra agora