Me desfaço

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    Contínuo dia este que flerta com o atemporal e que me sucumbe ao livre desejo mortal. O peito pesa e mal sei se é a taquicardia ou agonia pelas horas.

    As nuvens retrocedem e meu corpo se locomove por entre contrastes de luz e sombras. São tantas margaridas que me trespassam que meu teor cativa o tom fantasmagórico e sublima para que se condense em forma de garoa. Escorro.

    Me dizem soar calmaria, mas é apenas perda ao meio.

    Todos os dias escorro e parte de mim se desfaz em ausência de serotonina. Estou em calhas.

    E quando me disserem para que me transborde, responderei como em sussuro:

    "Estou afogada".

Com amor, todo alguémOnde histórias criam vida. Descubra agora