Catra pov.
Aquele beijo... Meu deus, aquele beijo. Seus lábios eram tão macios, sua língua estava em sincronia com a minha e nossa respiração estava tão tranquila. Eu senti como se eu já a conhecesse, como se aquele beijo fosse tão familiar que fez com que eu me sentisse confortável em seus braços. O nervosismo, o frio na barriga e ansiedade não eram um problema, até que nossas bocas se distanciaram pela falta de ar.
- Adora... Eu..
"- Shii... Eu já sei o que você vai falar."
- Sabe...?
"- Vai dizer que eu sou maluca por ir todo ano naquele museu só para ter alguma chance de falar com você..."
- Eu ia dizer que você tá com bafinho de hambúrguer, mas isso também é um ponto interessante. - Eu sorri, me admirando com aquela risada envergonhada que expressou de maneira tão singela.
"- Eu não tô nada!"
- Relaxa, pelo menos você não comeu com nenhuma cebola. - (cala a boca Caterina, não é hora de usar humor para fugir do assunto.)
"- Pode me chamar de maluca, mas não ouve um único dia que eu não quisesse te chamar para sair."
- E porque não chamou? Eu te assustava?
"- Claro que não, eu nunca tive a oportunidade. Gosto de esperar o momento certo."
Seus olhos estavam tão fixos aos meus. Seus lábios formavam um bico dramático me atraído cada vez mais para beija-los. As velas aromáticas acesas, exalando aquele perfume de limão fresco iluminando a sala com dificuldade. Nós duas ficamos ali, abraçadas, nos olhando, mas não de modo constrangedor. Eu me sentia segura ali, completamente envolvida em seus braços, musculosos e rígidos, me faziam sentir abraçando um boneco de neve de tão frios.
- Tem certeza que não quer ficar perto do aquecedor? Você tá gelada.
"- Isso é ruim? Você está com frio?"
- Não, é só que eu não quero que você fique doente e coloque a culpa em mim.
Eu sorri, por algum motivo eu adorava aborrecer ela e provocar seu modo dramático. Ela era tão adorável se fingindo de brava.
"- Tenho certeza que você vai cuidar de mim se isso acontecer. Até lá, eu estou bem me esquentando em você."
Mais uma vez o silêncio. Eu estava adorando esses momentos, ficar ali admirando sua beleza era melhor que aquela sensação de olhar um desenho que você não encontra falhas ou olhar uma obra na qual você se identifica com cada traço e significado.
"- Catra..."
- Sim, Adora...?
"- Vamos dormir em pé?"
- A-ah, claro. Vamos descer, você pode dormir na minha cama.
"- E onde você vai dormir?"
- Eu sempre durmo na sala com o Melog, isso não é um problema.
"-Olha, eu não me importo de dividir a cama com dois gatinhos. A não ser que você se sinta desconfortável... Eu posso dormir na sala."
- Tá bom, nós podemos dividir a cama - Plane a plena Caterina. Não surta.
"- Tem mais alguma janela incrível em um quarto a prova de som para me mostrar ou você pretende me matar aqui mesmo para que ninguém escute meus gritos? "
- Ainda do pensando no seu caso. Talvez eu te deixe...
Minhas palavras foram interrompidas por ela, com mais um beijo. Aquele era diferente, imprevisível, mas ainda calmo. Ela parecia mais dominante, pedindo passagem com sua língua, macia. Logo que eu cedi sua passagem, ela explorou todos os cantos que podia, finalizando aquele beijo com uma mordida em meu lábio inferior que latejou de uma maneira gostosa.
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Until you rescue me - Catradora (reescrevendo)
FanficCat trabalha em um dos grandes museus de Londres. Após perder sua mãe, ela vive sozinha sobre a companhia de Melog, seu gato de estimação. Em um belo dia, seus vizinhos a convidam para passar um feriado em sua casa e isso acaba lhe trazendo a tona s...