n/a: Não se esqueçam de votar e comentar, isso me motiva muito pra continuar a fic. 👉👈😔
Adora e seus pais arrumavam às minhas malas para que eu finalmente pudesse voltar para casa. Eu estava sentada sobre aquela cama de hospital, agora aquele lugar parecia ser a minha segunda casa. Scorpia ainda ficaria mais um pouco até terem certeza que ela estaria se adaptando bem as novas próteses, que eu carinhosamente apelidei de garras de escorpião, já que o modelo que ela escolheu realmente pareciam as garras do animal. Adora parecia feliz, seus olhos brilhavam enquanto ela ria das piadas de seus pais, aquilo me fez sorrir pela primeira vez naquela manhã. Eu não sabia ao certo se ficava feliz ou triste por estar saindo do hospital, eu via a minha mãe andando pelos corredores, deitada na cama ao lado e sentada na poltrona, que normalmente, adora se sentava para ler os livros que eu havia indicado a ela. Eu sabia que ela não estava realmente ali, mas eu desejava que sim, eu acreditava que sim e isso me trazia um conforto naquele lugar, eu me sentia segura.
" - Amor?" - Ela me cutucou, me tirando daquele transe.
- Hum? O que disse?
" - Estamos prontos, já podemos ir." - Ela sorriu, tão linda. Eu me perguntava o que ela ainda estava fazendo comigo, me perguntava o por quê dela não ter ido embora depois de todos esses acontecimentos horríveis que eu atraí. " - Papai vai levar a gente pra comer naquele seu restaurante esquisito, o médico disse que você pode comer de tudo."
- A-ah... eu acho melhor eu ir pra casa, ela deve estar destruída, eu tenho muita coisa pra ver... - Eu apenas queria dormir na minha cama, mas acho que essa desculpa iria fazer mais sentido.
" - Nós concertamos a casa já tem um mês. Está tudo em ordem meu amor, mas eu entendo se você quiser ficar lá, podemos pedir comida e eles entregam..."
- V-vocês concertaram? M-mas.. - Eu havia ficado um pouco chocada, eles não tinham obrigação nenhuma disso, imagine o dinheiro que gastaram.
" - Não se preocupe Cat, sua casa está perfeita, até melhor que a nossa." - Jorge sorriu, olhando o marido que retribuiu o mesmo.
{...}
Ao chegar em casa, tudo parecia perfeito, a entrada estava completamente nova e o jardim haviam plantas e flores vivas que davam o ar de uma casa habitada novamente. Aquilo me encheu os olhos, me fez lembrar de tempos menos solitários em que a minha mãe havia encontrado Melog em meio as suas rosas, enroscado nos espinhos e completamente assustado.
- vocês arrumaram até o jardim...
" - Eu queria fazer isso desde que conhecemos você." - Lance falou, levando um cutucão do marido, me fazendo rir.
- Realmente, ele estava bem acabado.
" - Vamos deixar vocês duas a sós, acho que vocês tem muito o que conversar." - Jorge e Lance se despediram. Pude jurar que Jorge havia sussurado algo no ouvido de Adora, o que fez ela corar levemente.
Quando os dos saíram, Adora me arrastou até o banheiro, dizendo que eu precisava de um banho. Seu toque carinhoso, seu sorriso e seu abraço me faziam ter uma certa segurança ali, por mais que qualquer toque estivesse me causando sensações horríveis, calafrios, me dando enjôo ou me fazendo lembrar de tudo aquilo que passei nas mãos de Lonnie, o que acabou fazendo com que eu me afastasse do abraço dela, negando seus beijos.
- Eu posso tomar banho sozinha, não sou criança. - Falei, me arrependendo instantâneamente ao usar um tom tão rude que fez com que ela me lançasse um olhar entristecido, seguido de um sorriso forçado.
" - Está tudo bem, vou deixar você aqui. Estarei aqui no quarto, tá bom?" - Sempre tão gentil, ela se aproximou para me dar um último beijo que eu me forcei a aceitar, por mais que todas as partes do meu corpo estivessem tremendo como um gato assustado.
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Until you rescue me - Catradora (reescrevendo)
Hayran KurguCat trabalha em um dos grandes museus de Londres. Após perder sua mãe, ela vive sozinha sobre a companhia de Melog, seu gato de estimação. Em um belo dia, seus vizinhos a convidam para passar um feriado em sua casa e isso acaba lhe trazendo a tona s...