23 - please stay... stay with me forever. (final)

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O dia já havia ido embora. Eu e Adora passamos nossas horas em meio a carícias ousadas e outras conversas profundas sobre nossos sentimentos e também sobre o que passamos enquanto estávamos longe uma da outra. Havia muitos dias que ela não conversava com os pais, então pensei que já estava na hora dela dar algum sinal de vida para eles.

" — Eles devem me odiar..."

— São seus pais, nunca vão te odiar. Só uma ligação já vai tranquilizar o coração deles, Adora. Eles estão preocupados, todo mundo está. — Com o celular dela em minhas mãos, eu busquei a conversa de Jorge, mas pelo caminho, também encontrei Escorpia, mandando quase 30 mensagens. — Argh! Fala sério... Isso já passou dos limites.

" — O que foi?"

— A Escorpia tá te ligando e mandando mensagens desde ontem.

" — Dizendo o quê?" — Ela se aproximou para ver o celular, mas eu bloqueei a tela antes.

— Eu não tô afim de ver, não quero pensar nela agora... — Eu entreguei o celular dela. Decidi ligar para os pais dela do meu próprio celular, mas ela também havia me atingido com uma bomba de mensagens e ligações. — Que droga... Eu esqueci de dizer a ela que eu não vou mais trabalhar no museu devido à oferta do Kayle... Ela deve ter ido me buscar.

Eu abri a conversa, não prestando muita atenção nas (milhões) de mensagens, perguntas sobre como eu estava e aonde eu estava. Pensei bem no que iria dizer e achei melhor não envolver o nome de Adora naquela conversa, então apenas disse estar tudo bem, eu teria que conversar com ela pessoalmente, só de pensar nisso minha cabeça já doía.

— Certo, agora... Ah sim, jorge! — Eu abri a conversa dele, me deparando com centenas de figurinhas de bom dia, boa tarde e boa noite. Eu achava aquilo adorável e não pude evitar sorrir. Assim que apertei o botão de chamada, houveram apenas três toques antes que ele atendesse alegre.

" — Cat!? Está tudo bem?"

— Oi, Jorge. Sim, eu estou ótima... Tem alguém aqui que quer muito falar com você. — Eu olhei na direção de Adora que estava dando alguns passos para trás, como se quisesse fugir dali. Eu a segurei pelo colarinho do seu pijama. — Ela quer muito mesmo, eu vou passar para ela, está bem?

" — Eu te odeio... " — Ela sussurrou antes que eu colocasse o celular na sua orelha. "— Oi pai..."

Depois de um tempo, os dois haviam conversado sobre tudo o que havia para ser dito. Adora lhes contou sobre onde havia ficado todo aquele tempo e Jorge nos contou sobre como ele e Lance estavam organizando um grupo de buscas para encontrá-la. Conversa vai e vêm até que Adora soltou algo que nos impressionou.

" — Acho que eu e a minha noiva agora iremos até Nova York... "

— O quê? — Meus lábios tremeram e minhas mãos suavam como se eu estivesse com elas perto de uma fogueira há muito tempo. Jorge engasgou com algo que bebia e ao fundo na ligação pude ouvir Lance gritando algo como "Ela está grávida? Eu serei finalmente avô?!"

" — Bem, eu suponho que agora nossos planos estejam de volta a ativa certo? Não quero perder mais nem um segundo sequer... Quero começar a minha vida ao seu lado, Cat." — Seus olhos azuis estavam claros como um dia de verão, sem nenhuma nuvem de dúvida sequer para embaçar aquele brilho pelo qual eu havia me apaixonado. Ela estava certa, não podíamos perder mais tempo com brigas tolas e dramas traumáticos em nossas vidas. Precisávamos daquilo, precisávamos de uma longa dose de felicidade, uma notícia boa em meio aquela temporada ruim que passamos.

— Ainda aceita de casar comigo, Adora? Mesmo sabendo o quão fundo é esse poço em que eu estou?

" — Eu serei a corda que vai te puxar para fora dele, se assim você permitir. Quero poder um dia olhar-te e ver uma aliança muito chamativa e muito clichê no seu dedo e sentir esse frio na barriga ao ouvir você me chamando de esposa. E também, se você assim desejar, quero sorrir ao ouvir os gritos dos nossos cinco filhos correndo pela casa."

Until you rescue me - Catradora (reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora