Capítulo 20: A Despedida

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Estava a chover torrencialmente naquele local nemoroso... As gotas de água faziam um som bastante desconfortável e irritante. Mihawk e Zoe ficaram um pouco molhados, principalmente Mihawk, por ser mais alto que Zoe e Aloysius, e por isso, a árvore não conseguia cobri-lo completamente da zurvanada. 

Aaah que porcaria!! Que desgraça!! Tinha que chover... Aquele maldito espadachim, até parece que fez uma dança da chuva! Agora o meu macacão branco vai ficar todo molhado... - Reclamou Zoe, demonstrando a sua raiva e o seu descontentamento. 

Estava para chover mesmo... Apareceram nuvens negras no céu repentinamente quando eu tinha chegado aqui. É um aguaceiro e tanto, espero que termine em breve. O que você acha, Sr. Mihawk? - Disse Aloysius, olhando diretamente para o espadachim de olhos místicos. 

Mihawk nada falou, apenas saiu silenciosamente da mísera proteção que a árvore poderia o fornecer. Ele caminhou até ao centro daquela zona,  bem próximo aonde Yggdrasil estava de repouso. Aloysius e Zoe estavam olhando para ele, totalmente confusos. Eles não sabiam o que Mihawk estava fazendo, ele estava a encharcar-se bastante. As gotas de água não paravam de cair, o cabelo de Mihawk ficou totalmente liso e respingado e as suas roupas ficaram inteiramente engelhadas e borrifadas. 

Mihawk tinha a Yoru consigo, arrastando-a pelo chão, porém, naquele preciso momento, ele decidiu empunhá-la com ambas as mãos, deixando-a na vertical. E assim, com uma força inacreditável, Mihawk balançou a Yoru,  executando um corte horizontal para o alto, em direção às nuvens. O corte era na verdade um projétil verdejante, um projétil cortante de ar comprimido que simplesmente arrebentou ao tocar no céu nimboso e tonitruoso. Ao arrebentar de modo áspero, o projétil desferido por Mihawk iluminou o céu brevemente, como se fosse um fogo-de-artifício, purificando todas as nuvens negras instantaneamente, parando a bátega como se fosse nada. A luz verde no céu chamou brevemente a atenção dos vigilantes que estavam próximos da cabana de Aloysius, que olharam desconfiadamente para o bosque.

Zoe e Aloysius apenas contemplaram este feito, completamente boquiabertos. Totalmente abismados com aquilo que acabaram de testemunhar. Zoe ficou perplexa, só para depois sorrir unilateralmente, ela queria enfrentar o esgrimista o quanto antes, mas sabia que ainda não estava preparada, ela sabia que se ela enfrentasse Mihawk naquele momento e naquela hora, ela iria perder miseravelmente, mesmo com o Mihawk estando um pouco em desvantagem por ainda não ser hábil o suficiente com a espada colossal que adquiriu naquele dia.

O QUÊ???  O QUE FOI ISSO? Pelas minhas barbas brancas, Sr. Mihawk!!! O senhor está a adaptar-se à Yoru mais rápido do que eu esperava, como conseguiu essa proeza?... ahm... Sr. Mihawk?? - Perguntou Aloysius baixinho, vendo que Mihawk não estava lhe dando atenção

Mihawk não estava ouvindo Aloysius, de forma alguma, mesmo se ele estivesse disposto a ouvir. Aquilo que ele ouvia era somente uma voz baixa e rouca... uma voz bem misteriosa e funesta. Uma voz que parecia ecoar diretamente de sua espada. Mihawk olhou para a Yoru, e a própria, estava emanando aquela aura flamejante, com uma cor verde florescente, mas dessa vez, a aura estava menos sorrateira e ténue, naquele momento específico ela estava mais forte e influente.

— "Caos... Mestre... Liberdade... Sangue..."

Mihawk não parava de ouvir essas três palavras em sua mente. Alguém ou algo estava tentando dialogar com ele, de alguma forma. Mihawk estava sentindo leves dores de cabeça, até que do nada, as palavras pararam de ecoar em sua mente e a aura de sua espada se acalmou. Mihawk nunca tinha sentido isto antes... era uma nova experiência nova para ele, até porque não era todos os dias que alguém empunhava uma espada amaldiçoada que foi conhecida por matar paladinos e salteadores em menos de 1 minuto. Mihawk não sentia medo, até porque medo não era uma palavra que ele conhecia, o espadachim era totalmente destemido. Por tudo o que ele passou, nada mais poderia o abalar mentalmente. O espadachim tinha uma mente e um espírito inabaláveis, e isso era um facto. 

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