Capítulo 32: Shishido Baiken

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Como já era de se esperar, nenhum dos kenshi teve a capacidade de fornecer a Mihawk um duelo prolongado e satisfatório. Todos eles estavam no chão, praticamente todos, incluindo o próprio Sigmund, que tinha pedido um autógrafo antes de Mihawk o golpear na garganta e fazê-lo desmaiar.

Sigmund estava inconsciente no chão, mas em seu dô preto, poderiam ser vistas letras riscadas, as letras do nome do espadachim, que, por incrível que pareça, atendeu ao pedido de Sigmund. 

Após isso, Mihawk suspirou profundamente, arremessando a terceira shinai que ele tinha pegado do chão para o seu lado direito. Aquela shinai já tinha a sua lâmina de bambu quebrada ao meio, e o espadachim, como qualquer outro espadachim decente, não via utilidade alguma numa espada já quebrada ou até numa mísera espada com riscos em seu vinco e no resto da lâmina. Espadas com lâminas quebradiças eram apenas armas brancas friáveis e frívolas, não tinham significado algum para um esgrimidor como Mihawk.

Com os corpos amontoados de kenshi inconscientes, o espadachim saiu do local e foi em direção a um dos vestiários masculinos da academia, para poder trocar as suas roupas e colocar as mãos na sua espada predileta.

Mihawk foi o primeiro espadachim a ter entrado na academia, e o primeiro a trocar as suas vestes. Ele tinha colocado a Yoru em cima de um dos bancos de aço inox do vestiário, e por cima dela, colocou as suas roupas casuais, para poder escondê-la, já que uma das diretrizes principais dentro dos vestiários era não ser antiético a ponto de tocar em material alheio e bisbilhotar, caso houvesse algo sendo abscôndito. Essa e mais regras poderiam ser vistas numa placa branca, que estava pendurada por um prego no centro da porta do vestiário.

O único problema que poderia ter revelado a presença da Yoru no vestiário era a sua aura poderosa, era muito difícil ignorá-la ou passar despercebido por ela. No entanto, o vampiro ancestral que estava dentro da espada colaborou com Mihawk nisto e acabou por não deixar a aura da espada maligna tão notória assim, passando-se despercebida pelos kenshi quando entraram no vestiário masculino para se trocarem.

Quando Mihawk adentrou no vestiário, ele poderia ver as suas roupas intactas, que lembravam muito as roupas de um espadachim espanhol. Seu traje consistia em um chapéu preto de abas largas, decorado com uma grande pluma de cor verde pastel, anexada ao chapéu. Além disso, também tinha um casaco preto comprido e aberto, sem camisa por baixo, com mangas e um colarinho vermelho que continha estampas de flores, incluindo um símbolo presente no casaco, na região do seu ombro, que era o selo de Nippon, o reino dos ninjas e dos samurais, um país no sul do continente Ananke que era considerado o "berço da esgrima e dos espadachins". Esse símbolo chamava-se Kamon e simbolizava um crisântemo desbrochando. Não obstante, por baixo, Mihawk usava também calças de cor lilás, sustentadas por um cinto preto decorado e enfiadas dentro de botas excessivamente grandes em comparação com o tamanho de sua perna.

Devido ao monte de dinheiro que Mihawk acumulou durante o seu tempo de caçada a recompensas, ele comprou essa sua roupa e outras coisas mais, como livros por exemplo, deixando-os sempre guardados dentro de sua ínfima embarcação, pois o espadachim não tinha encontrado ainda um local fixo para morar, ele ainda agia como um esgrimista peregrino, à procura de desafios e de tarefas difíceis para aprimorar as suas habilidades com a espada e aperfeiçoar o seu espírito ainda mais.

O espadachim tinha se tornado rico em muito pouco tempo, e não tinha mais motivos para continuar sendo um caçador de recompensas, e por isso abandonou esse caminho praticamente ganancioso e se focou naquilo que mais importava, que era o seu progresso constante no caminho da espada.

Passados uns minutos, Mihawk já tinha trocado as suas roupas, faltando somente o seu chapéu de abas largas, semelhante de certa forma a um sombrero, e o seu pingente em formato de um crucifixo que ocultava a tal adaga.

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