Capítulo 8: Lucro e Fama

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Cinco anos depois, numa ínsula oriental.

Treze horas e 45 minutos da tarde.

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Mihawk, agora com 18 anos, já era quase um mestre espadachim. Ele foi conhecido em várias localidades do mundo oriental por ser o adolescente com 380 vitórias e 0 derrotas, mantendo-se invicto até agora. Ele enfrentou e derrotou mais de 300 espadachins fortes e habilidosos nos últimos 5 anos. Treinou e treinou constantemente até perder a consciência ou ter quase todas as partes do seu corpo doridas, calejadas ou inchadas, derrubou e limpou várias academias de mestres e aprendizes do kenjutsu, a arte japonesa da espada. Impressionou peritos em iaijutsu e kenjutsu no oriente, principalmente a maioria dos habitantes de Nippon, que valorizavam fortemente a arte da espada e que veneravam Musashi e Ryuma, os dois espadachins lendários da nação das espadas, além de serem aqueles que mais contribuíram para a arte da espada no geral, levando a própria espada a um patamar espiritual. Detalhes específicos sobre esses duelos não eram divulgados em jornais, só se sabia que Mihawk derrotou-os todos com uma certa facilidade, e que muitos espadachins do oriente apelidaram Mihawk de "O rapaz com o olho de falcão", apesar de não ser um pseudónimo oficial ou reconhecido pelo próprio Mihawk. 

Muitas coisas mudaram em apenas 5 anos da sua vida. Mihawk já estava muito mais forte, habilidoso e disciplinado. Tornou-se uma pessoa mais introvertida e calma do que nunca, por aprender mais sobre si próprio e sobre as coisas que o rodeavam. Ele tinha aprendido e praticado novos estilos de esgrima, kenjutsu e iaijutsu, pelo menos aqueles que se conectavam com o tipo de espada que Mihawk utilizava e o seu próprio estilo de luta, claro, já que o mesmo focava-se bastante na esgrima, sendo regularmente chamado de esgrimista, apesar do facto de que Mihawk não praticava somente esgrima. Ele sabia que espadachins que se limitavam a uma única arte ou estilo, estavam predestinados a serem simples demais para continuarem os seus caminhos nesta arte, que era muito complexa e abrangente. 

Mihawk teve algumas alterações físicas, além das psicológicas. Ele estava agora mais alto, tinha 1,86 m de altura, tinha uma patilha muito benfeita, que mais parecia ser uma extensão do seu cabelo, conectado às suas orelhas. Além disso, ele tinha agora roupas muito melhores, mais confortáveis e dispendiosas. O estilo mais simples e desleixado do espadachim tinha desaparecido, ele agora utilizava roupas lindíssimas, como uma jaqueta que tinha uma cor rosa mais escurecida e que continha diversas flores estampadas, principalmente rosas na frente da jaqueta e petúnias roxas na parte de trás da jaqueta. O seu cabelo curto e espetado estava muito bem cuidado e cortado e, por algum motivo, ele ainda continuava a utilizar o seu pingente que tinha o formato de uma cruz latina, dando a aparência de um crucifixo. Parece que aquele jovem espadachim não estava disposto a abandonar a religião que os seus pais tinham... Ou provavelmente aquilo tinha outro significado... Será que Mihawk era uma pessoa religiosa? Não dava para saber ao certo, já que aquele pingente podia ser apenas simbólico, fazendo alusão a alguém ou algo...

Além disso, Mihawk já possuía um barco um tanto quanto diferente e... Peculiar. Era um barco pequeno que tinha apenas um único assento, um único mastro e uma única vela negra, era um barco muito semelhante a um bote e a uma jangada. O mastro tinha o formato de uma enorme cruz latina e o barco todo era preto com alguns detalhes específicos, e, pela visão periférica, poderia se notar facilmente o formato da pequena embarcação... Era um caixão. Um caixão negro flutuante no meio do mar que tinha na sua proa duas velas que emitiam misteriosas chamas verdes que aparentemente não se apagavam por nada. Aquele barco era uma espécie de trocadilho se alguém o interpretasse corretamente... Aquilo significava a morte daqueles que tinham a coragem de entrar no caminho de Mihawk, um rapaz que não hesitava em matar se fosse realmente necessário fazer isso, não importa quem fosse o opositor, Mihawk era frio e direto com as suas palavras e com as suas ações. Piedade e misericórdia não eram substantivos muito recorrentes no vocabulário do espadachim. 

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