Capítulo 29: Uma Grande Proeza

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O meteoro já estava praticamente na estratosfera e a destruição total da ilha Kimarin parecia ser inevitável e iminente. 

Aquela enorme bola de fogo iluminava o céu negro com as suas cores alaranjadas e avermelhadas. Estava descendo em uma velocidade considerável e conforme passava pela atmosfera, alguns pedaços do próprio meteoro se despedaçavam.

Arwen e Shanks tinham chegado na zona onde o meteoro iria especificamente atingir. Shanks estava um pouco ofegante, devido à correria para avisar a sua amiga elfa e de voltar para o mesmo local onde Mihawk estava em uma questão de poucos minutos. O ruivo dobrou levemente os joelhos para apoiar as palmas de suas mãos neles e assim recuperar o seu fôlego. Já a elfa, motivada, estava disposta a utilizar magias defensivas que ela conhecia para tentar proteger a ilha e os habitantes dela. Contudo, apesar da coragem e da motivação da elfa, dava para notar nitidamente uma leve expressão de dúvida e medo em seu rosto. Uma expressão vinda de alguém que provavelmente não tinha a certeza se magia fosse o suficiente para atrasar ou até impedir a queda de um meteoro enorme.

Mihawk manteve-se inexpressivo e sem reação à chegada do espadachim ruivo e da elfa. Ele estava pensando em várias coisas, principalmente na conversa que teve com o espírito maligno de sua espada. Confuso e com algumas perguntas ainda sem respostas concretas, o espadachim fechou os seus olhos por um momento, segurando fortemente na empunhadura de sua espada de lâmina cinza. 

Shanks inspirava e expirava calmamente. Parecia que o ruivo tinha finalmente recuperado o seu fôlego. Ele então olhou para Arwen, com algumas gotas de suor escorrendo pelo seu rosto e peitoral, enxergando a sua amiga elfa como uma das únicas capazes de impedir a destruição da ilha dos indecisos.

— Fiu, isto foi uma grande corrida hein! Enfim... ARWEN, POR FAVOR! Me diga que você consegue parar o meteoro! Aqueles malditos alquimistas não quiseram dar-nos auxílio, são um bando de medrosos incompetentes! - Exclamou Shanks, demonstrando a sua indignação com o comportamento dos alquimistas da ilha Kimarin, que poderiam ser uma grande ajuda contra o meteoro, mas devido à falta de coragem deles, isso não foi possível.

E-eu não sei, Shanks. O meteoro é muito maior do que eu imaginei. As minhas barreiras mágicas são muito resistentes, mas eu acho difícil alguma conseguir resistir a um meteoro descendo nessa velocidade. E mesmo se houver resistência, o alcance da minha barreira mágica é limitado. Eu não consigo erguer uma barreira para revestir a ilha inteira. O máximo que eu consigo proteger é um pequeno vilarejo...

Então o que faremos? Eu posso tentar cortar o meteoro várias vezes, mas eu não sei se conseguirei fazer isto sozinho. Além disso, onde está a Niele? Onde está a elfa pequeninha? Ela está num lugar seguro? - Questionou Shanks várias vezes, demonstrando o seu apego e preocupação com a irmãzinha de Arwen

Não se preocupe, a minha irmã está bem. Ela está lá no porto principal, ao lado de milhares de pessoas. Eu não vim aqui para ser um estorvo para você, Shanks. Eu vou tentar ajudar. Darei o meu melhor para impedir que este meteoro atinja a nossa estimada insula. - Concluiu Arwen, determinada a demonstrar utilidade para Shanks

 A elfa de luz, devido à sua natureza élfica, conseguia manipular magia, mas ela ainda não tinha domínio algum sobre certas magias que aprendera. Ela tinha juventude praticamente eterna, portanto, o tempo não seria incomodativo se a elfa estivesse disposta a investir o seu tempo e a sua vida na prática de várias magias e feitiços e nos estudos das mais diversificadas artes arcanas que haviam em Gaia. Assim sendo, Arwen afastou levemente as suas pernas e fechou os seus olhos levemente. 

Ela tinha começado a recitar algumas palavras num idioma estranho, que Shanks desconhecia completamente, levando a crer que aquela língua era a língua dos elfos, ou pelo menos a língua dos elfos de luz, aqueles que tinham uma conexão especial com a natureza e com os animais. Uma língua bastante diferenciada, tal como a língua das fadas, que aos ouvidos de um ser humano e de outros seres, era somente vários sons em tons diferentes, sons finos, bastante semelhantes ao tilintar de sininhos. Eram poucos aqueles que poderiam compreender estas línguas, e Arwen, por ser naturalmente uma aliada das fadas do bem, tinha a capacidade de entender o que elas falavam. Era um dos dons da elfa luminosa. 

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