Vendida para o Dono do Morro: Babru

Cap 12

Continuaando...

- Sabe você realmente está linda, e quando você chegou na favela de Arlequina...- eu dou risada. Ele me gira enquanto dançamos.

- E... Você é um ótimo dançarino!- ele sorri.

- Nobru não deixa de olhar pra cá- ele diz através do meu ombro.

Eu me viro e vejo Nobru me encarando com a Suellen colada nele. Viro para olhar Godkill novamente.

- Como é  que está sendo?- pergunta colocando sua mão na minha cintura. Eu o olho confusa.- Depois que seu pai...- ele completa e eu suspiro.

- Eu... não sei. Nobru quer me controlar, mas nem eu tenho controle de mim mesma. Meu próprio pai me vendeu, eu acho que estou péssima.- Uma lágrima solitária desliza e God a limpa me olhando intensamente.

- Quer ir lara cas... casa de Nobru?- eu olho para Nobru que agora está beijando a Suellen.

- Não, vamos aproveitar a festa. Além do mais... minha melhor amiga está beijando ele- God sorri.

- Podíamos dar o troco...- Ele sugere e eu olho confusa.- Beije o melhor amigo dele.

Ele levanta minha cabeça pelo queixo e me olha esperançosamente.
  
  Ahhh, não sei se isso é uma boa idéia. Mas o que é que custa? Vamos nos beijar e amanhã vamos esquecer disso.

- Acho que é uma boa ideia- murmuro e ele acaricia minha bochecha e se aproxima de mim.

Eu coloco minha mão em sua nuca o puxando para mais perto de mim. Eu não sou de sair beijando qualquer um. Ainda  mais nessa situação.

Mas aqui e agora, eu quero. Uma vez na vida esquecer de quem sou. Beijar um garoto que me trata bem.

Sua lingua invade minha boca e acariciando. Um beijo suave mas fervente. Mas é só isso que eu sinto. Um beijo nada além disso.

Ouço vozes murmurando algo ao nosso redor. Parecem indignadas.

Sua mão apertou meu corpo no dele.
De repente Godkill é arremessado para longe de mim. É o Nobru!!!

Ele bateu em God que caiu sobre a mesa.

Eu olho assustada para o Nobru que está exalando raiva.

Sem falar mais nada ele me agarra pelo braço e me arrasta para fora do lugar.

- Quando a festa acabar leve todos!- ele comanda para o motorista que acena entregando a chave.

Ele me joga no banco do passageiro e senta ao meu lado ligando o carro.

Eu estou assustada, não tenho coragem de falar nada.

Olho pro lado e observo quando ele aperta o volante e seu maxilar está trincado. No que eu acho ser a metade  da viagem, eu suspiro e olho pra ele.

- O que aconteceu lá?- tomando coragem eu pergunto baixinho.

- Você é cega ou o  quê?- seu tom de voz é frio e raivoso.

- Eu só estava...

- Tava seduzindo meu amigo- ele me interrompe e eu me encolho. Ele solta uma risada irônica.- O que acha? Que se for para cama com ele você vai se livrar?- ele de repente para o carro na estrada deserta.

- O que está fazendo?- eu olho para ele assustada.

- Por que se essa for a intenção, que faça com o melhor- ele me lança um olhar assasino.

- Do que está falando?

Ele desce do carro e abre a minha porta, me puxando violentamente para fora.

- Sabe o que você é? Você não é nada!! Ouviu? Nadaaa! Você não passa de uma vadiazinha!!- ele aperta meu braço com força.

- Para por favor está doendo...- imploro com às lágrimas querendo descer.

- Parar?- ele da risada.

- Eu não estava tentando seduzir o Juan (Godkill) ! Foi só um beijo. E você  estava com a Suellen o que queria que eu fizesse? Você fica me tratando como se eu fosse sua! Eu não sou uma vadia! Você é um escroto imbecil eu te odeio!- ele me dá um tapa na cara me fazendo cair no chão.

Às lágrimas ameaçam cair mas eu engulo. Ele não vai me ver chorar.

Eu horrorizada, passo o dedo no lugar onde ele bateu.

Ele bateu com tanta força que acho que está sangrando.

Não me atrevo a olhar pra ele, e continuo encarando o chão com a respiração pesada.

- Vai se fuder! Você tem 30 minutos para chegar na minha casa. Acredite que se você não tiver lá nesse tempo...- ele se agacha ficando na minha altura.- Eu vou te caçar, me divertir com a vadia que você é e depois vou te matar- dito isto ele levanta e sai com o carro.

Uma lágrima desliza e eu rapidamente a limpo.

Eu me levanto e passo a mão pela minha boca, onde o sangue escorreu.

     30 minutos... 30 minutos a pé sendo  que é 20 minutos de carro.

Ok. Eu consigo! Eu consigo né?

Eu não sei o que fiz para merecer todas essas coisas.

Ou talvez... eu saiba. Minha mãe... minha mãe morreu por minha causa.

   Minha culpa... isso era o que meu pai dizia. Minha culpa.

Dou passos em direção  a casa do Nobru.

  Eu deveria tentar viver por ela. Sim! Por ela eu vou viver. Ou melhor... Sobreviver.

  Depois de uns 5 minutos andando um carro para ao meu lado.

XXX- Iai docinho quer uma carona?- Um cara que tem por volta de seus 30 anos de aparência miserável está dirigindo com um cigarro na boca, seus dentes amarelo. Ele olha meu corpo com malícia. Isso me traz arrepios aterrorizantes.

- Não obrigada eu posso ir sozinha- eu digo meio assustada com o que ele possa fazer.

XXX- Ah não diga isso docinho, onde está indo com essa roupa? Deixe-me levar você, a próxima casa é so daqui 10 minutos de carro- eu examino a situação. Bom... Talvez eu possa ir. Eu posso me arrepender, mas pelo menos estarei viva para sentir isso.

- Tudo bem, mas não é tão longe daqui- digo e ele abre seus dentes amarelo. Talvez ele não seja uma má pessoa. Pelo menos espero que não seja.

Ele abre o passageiro e com muita hesitação eu sento.

O carro fede a cigarro e a meia suja. Fungo com o nariz pelo mal odor.

Ele sorri e liga o motor que faz um barulho estrondoso.

- Para onde está indo com essa roupa docinho?- esse apelido me faz ter nojo. Sinto seu olhar sobre meu corpo.

- Eu estava numa festa... Fantasia- ele murmura algo em concordância.

Olho pra estrada, e em alguns segundos com seu olhar sobre mim, eke lara o carro do nada. Olho para ele confusa, e pelo seu olhar, imagino o que está me esperando.

Continua...😘😘😘❤