Cap 33💙

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  ~Babi Narrando~

- Filha!- meu pai tenta se soltar dos homens, que acabam o fazendo se ajoelhar. Eu tento me aproximar mas Bruno me impede.

- Deixa que eu cuido disso- Bruno toma a frente e vai até os homens que seguram meu pai. 3 dos homens sai, e um fica com uma arma apontada para a cabeça do meu pai.

- Eu só quero conversar com ela- meu pai me olha suplicante.

Bruno me olha como se esperasse uma resposta.

Meu peito está doendo e meus olhos cheios d'água.

- Por favor- eu peço a Bruno para que ele deixe meu pai falar.

- Okay, nem pense em fazer qualquer gracinha. Eu vou atirar.- Bruno avisa meu pai e dá uma distância segura, e o homem que apontava a arma para o meu pai faz o mesmo.

- Filha...- ele se levanta com um pouco de dificuldade. Eu não me atrevo a chegar muito perto. - Sei que não tem explicação  nenhuma o que eu fiz para você. Eu nem mereço seu perdão- seus olhos enchem de lágrimas e ele parece estar sendo sincero. -Mas eu preciso me desculpar. E que você saiba que eu vou lutar para te tirar daqui- Bruno pareceu inquieto com a afirmação de meu pai.

- Como?- eu pergunto segurando as lágrimas.

- Eu tenho uma entrevista de emprego daqui umas horas filha- ele me mostra um papel que estava no bolso e tenta colocar um sorriso no rosto. -Eu prometo que vou trabalhar e arrumar a merda do dinheiro para te tirar daqui- ele dá um passo para frente mas eu me afasto.

- Por quê? Por quê me vendeu e fez tudo isso? E por quê só agora se deu conta de que tem que melhorar?- a esse ponto lágrimas escorriam pelo meu rosto.

- Eu não sei, eu só preciso que me perdoe. Eu só fui perceber agora, que tinha que mudar, ao perceber que a única coisa que me mantinha vivo não era as drogas, e sim você. Você me lembra muito a sua mãe Bárbara- ele começa a chorar também.

- Não faça isso- eu abaixo minha cabeça.- Você só está colocando uma esperança na minha cabeça, mas nós dois sabemos que não vai voltar por mim.

- Eu vou! Eu prometo Babi- ele se aproxima de mim e cai aos meus pés. -Eu só preciso que me perdoe Babi- ele começa a soluçar. -Por favor me perdoe, eu deveria ter sido um pai melhor- diante de toda aquela cena eu me agaixo e o abraço me segurando para não chorar.

Apesar de tudo o que ele fez por mim. Eu o amo. Ele é meu pai.

-Tudo bem... Eu te perdoo- ele me abraça de volta e espero que ele pare de chorar.

- Eu vou voltar eu prometo. Te amo filha- ele diz num tom determinado e sai dali acompanhado de um dos homens que trabalha com Bruno.

- Te amo...- minha voz sai um sussurro.

Minhas pernas estão tremendo, meu coração saltitando e meu peito está doendo.

  Está acontecendo de novo...

Minhas crises...

Corro para dentro de casa quando ouço a voz de Bruno.

- Tudo certo. Só siga meus comandos- assim que ele me vê desliga o celular e olha preocupado para mim. - Tá bem?

   Passo por ele apressadamente.

- Sim- chego no meu quarto e fecho a porta atrás de mim.

Antes mesmo minhas lágrimas já estavam a descer. Por quê? Isso tem que doer tanto?

Arranco meu tênis dos meus pés e me jogo na cama, soluçando.

Pego um travesseiro e o abraço.

Vendida para o Dono do Morro: BabruOnde histórias criam vida. Descubra agora