Cap 34 🔥

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~Babi Narrando~

Eu não to acreditando nisso! Ele realmente achou que eu estou tendo algo com ele só para conseguir sair daqui?

Suspiro e olho para Carol que está encostada na porta me olhando de braços cruzados.

- Você não vai fazer nada?- ela ergue uma sobrancelha.

- O que eu posso fazer? Você viu como ele saiu daqui- fecho o pote de sorvete e o guardo novamente na geladeira.

- Babi eu seu que parece loucura, mas Nobru é cheio das paranóias. Ele só está confuso. Quer dizer... Vocês estão... Se beijando e...- eu a interrompo.

- Ele começou tudo isso. Ele deu em cima de mim, quando eu tava no meu canto eu não temho culpa se ele prefere acreditar nela.

- Babi, relaxa okay. Eu não vou me meter nisso, e eu acredito em você, mas sinceramente deixar as coisas como estão só vai piorar.

Suspiro.

- Ta certo, eu vou falar com ele- Carol sorri e eu subo as escadas indo para seu quarto.

A porta está fechada e eu dou duas batidinhas.

- Entra- assim que ele fala eu abro a porta e vejo ele deitado na cama com uma bola de ping pong jogando para o ar e pegando.

Eu fecho  a porta e me encosto em sua mesa de computador, olhando para ele.

- O que é- ele fala sem paciência mas continuando o que estava fazendo.

Eu continuo olhando para ele em silêncio.

   Não é possível que ele tenha acreditado...

- Já que não vai falar nada, eu falo- ele solta uma pequena risada e continua jogando a bolinha pro ar. - Você quer sair daqui okay? Podemos fazer um acordo. Você me dá o que eu quero, e eu te deixo ir.


   Meus olhos enchem de lágrimas. Ele realmente está falando isso? Meu peito chega a doer. Eu nunca faria isso para sair daqui.

  Uma lágrima escorre do meu rosto e eu vou em direção a porta. Assim que  eu coloco a mão na maçaneta, ele coloca seu braço do lado da minha cabeça, me impedindo de abrir a porta. Sinto sua respiração atrás de mim.

- Me deixa ir- digo tentando controlar o choro.


Ele não diz nada mas continua naquela posição, então eu limpo minha lágrima e me viro para olha-lo.

Sua aproximação me faz vacilar mas eu recomponho e continuo.

- Não fui eu...- respiro fundo para não acabar em lágrimas. - Não fui eu que fui atrás de você. Eu estava no meu canto, foi você que tentou algo comigo.- ele me olha, parece está me estudando.

- Você me odiava. Eu fiz um monte de merda com você. Ninguém em sã consciência perdoaria tudo o que te fiz sem motivo algum. Que motivo seria esse Bárbara? Me diz! Talvez conseguir me seduzir e assim ganhar sua liberdade.

- Ah me poupe. Eu não te odiava, eu... Eu não gostava de você. E se eu te perdoei foi por que... Eu não...- abaixo minha cabeça olhando para os meu pés. - Eu não consegui te odiar. Eu não vou te dar nenhuma explicação Bruno- olho em seus olhos e sei que estou quase chorando. - Não acreditaria em mim mesmo. Você é um ser desprezível se acha que eu sou esse tipo de pessoa. Eu posso ser o que for. Pode me chamar do que quizer, mas eu nunca vou usar nem trair a confiança de alguém. - a essa altura lágrimas desciam do meu rosto.

  Bruno solta uma risada e se afasta.

- Ta vendo. Ta fazendo de novo. Está se fazendo de coitadinha para que eu tenha pena de você. Isso não vai colar mais comigo.

Vendida para o Dono do Morro: BabruOnde histórias criam vida. Descubra agora