~Babi Narrando~Sinto minha garganta trancar. Meu coração acelerando mais do que o normal. Droga! Isso ta mesmo acontecendo!! Sinto meu corpo todo tremer. Eu estou apavorada e não consigo nem me mexer.
- Você ta bem delícia? Parece pálida, não se preocupe não vamos machucar você- eu me sinto enjoada com a voz desse cara. Eu não consigo me mexer, nem olhar pra Bruno para lhe suplicar que ele não faça isso.
- Eh cara acho que não vai ser dessa vez, Babi volta pro seu quarto.
- Babi! Pro seu quarto agora!- apesar das minhas pernas estarem bambas, automaticamente eu subo as escadas e vou na Direção do meu quarto.
Meus olhos estão cheio de lágrimas.
Eu tranco a porta do meu quarto e me encosto nela. Consigo ouvir murmurinhos lá de baixo.
Segurando o choro vou para a frente do espelho.
- Estúpida, estúpida, idiota, inútil insuficiente...- começo a chorar enquanto soco o espelho, eu perco a voz por conta do choro. Me sinto desesperada.
-Babi abre a porta do quarto!- Bruno ordena e eu continuo a me olhar no espelho.
- Eu te odeio- digo isso para o reflexo e continuo a soca-lo.- Te odeio, te odeio, te odeio.
- Bárbara se você não abrir eu vou arrombar.
Eu continuo o que estou fazendo. Eu não aguento mais sentir isso. Eu odeio sentir isso. Só queria que isso parasse.
- TE ODEIO- sinto uma tontura me atingir e eu caio no chão chorando que nem uma condenada. Sinto duas mãos me envolverem.
- Babi precisa se acalmar- eu continuo soluçando até eu sentir que o ar não passa, eu estou sufocando.- Babi?- eu começo a tossir em busca de fôlego- Droga Babi, ei olha para mim- ele me segura pelos ombros e me faz olhar para ele. - Repete o que estou fazendo- ele respira devagar, lentamente e eu faço o mesmo. Eu consigo ficar mais calma, mais ainda me sinto tonta, com a dor no peito e meu coração acelerado. Eu olho para baixo evitando olhar para Bruno.
- Babi...- Bruno segura minhas mãos com cuidado. Eu olho para elas e só agora percebo o quão elas estão sangrando. Logo em seguida ele olha para o espelho quebrado.- O que foi isso...- ele pergunta baixinho e não consigo dizer qual sua expressão, não consigo olhar para ele. Não consigo fazer nada.
Uma lágrima desliza pelo meu rosto.- Eu sinto muito- sua voz sai arrempendida.- Eu só queria provar o que disse mais cedo... Mas eu não deveria, aquilo foi muito errado, e eu jamais faria isso com você- você já fez...
Eu levanto meu olhar para que se encontre com o seu. Tenho certeza que meus olhos estão mortos. Eu fico assim. Isso já faz parte de mim.
A expressão que ele me olha é de partir o coração. Ele suspira.
Ficamos um tempo ali, nos olhando e eu sentindo o calor de suas mãos segurarem as minhas mãos machucadas.
~Bruno Narrando~
Eu prometi...
Eu prometi que iria cuidar dela.e ver ela desse jeito e de partir o coração. Eu não consigo cumprir nem uma porra de uma simples promessa.Eu sou um idiota. Sim, eu admito. Sou um idiota babaca, e tudo de ruim que quiser me chamar, eu admito e iria considerar um elogio se não viesse dela.
- Vamos, precisa descansar, amanhã limpamos seu quarto- eu a ajudo a levantar e ela não se recusa ao meu toque. Não sei se isso é bom ou ruim.- Tudo bem em dormir no meu quarto? Se quiser pode ficar com a Carol- algo finalmente parece ter passado na sua cabeça.
- Eu...- seus lábios estão tremendo ela não consegue falar.
- Entendi vou falar com a Carol- eu me viro mas sinto suas mãos agarrarem minha camisa.
- Não... lor favor não- sua voz sai em um sussurro. Eu olho para ela que me olha suplicante.
- Tudo bem, vamos- a levo para o meu quarto. Ela parece estar fraca- Quer comer alguma coisa?- a coloco sentada na cama. E me agacho de frente a ela. Ela nega.- Tudo bem...- olho suas mãos ensanguentadas.
Pego minha caixinha de primeiros socorros e cuido de suas mãos. Enquanto enfaixo ela observa atentamente tudo o que eu faço. Sei que deve estar doendo, mas ela não reclama nem faz expressão de dor.
Finalizo depositando beijos em cada um de seus machucados, ela me olha mas não diz nada.
- Eu posso dormir no sofá se quiser- ela nega com a cabeça.- Tudo bem então...- a observo olhar para mim. Ela não sabe o que fazer, está sem reação.- Olha... Se quiser eu posso chamar a Carol, você não precisa ficar...
- Tudo bem...- sua voz sai um sussurro.
Assinto percebo que está calor pego o controle do ar condicionado numa temperatura bastante baixa.
Vou até meu pequeno bar e pego meu aliado. O whisky.
- Bruno...- enfim ela fala alguma coisa. Ergo minha sobrancelha pedindo para ela aue continue.- Você... Você fica diferente- me sirvo um copo e me viro pra ela.
- Eu diferente o quê?-Tomo meu whisky e me apoio na bancada.
- Você muda... o seu jeito de falar, de agir as vezes comigo por quê?
- Ah Babi às vezes eu penso que porque sou o dono do morro tenho que agir assim...- me sento na cama ao seu lado- Mas com vc é diferente eu... posso ser eu mesmo com vc.- ela se apoia em seu braço e se senta de frente pra mim.
- E o que vc é?- sua voz é tão doce...
- Eu não sei Babi, não sei quem eu sou- passo minhas mãos pelo cabelo. Bárbara se aproxima de mim e segura meu rosto, eu a olho sem entender o que está fazendo. Seu toque é tão quente e aconchegante.
- Então...- ela para pra pensar em algo, mas seu olhar volta ao meu- Me mostra, deixa eu descobrir...- ela me olha esperançosa.- Por favor...- Babi, você é definitivamente a minha perdição. Eu seguro suas mãos e as beijo delicadamente.
Coloco minha mão em sua bochecha e uma mexa de cabelo atrás da sua orelha, e ela apoia seu rosto na minha mão e fecha os olhos. Essa cena eu nunca vou esquecer.
- Tenho uma coisa para você- ela abre seus olhos e me olha confusa.- Fecha os olhos...-peço e ela faz.
Continua...😘😘😘
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Vendida para o Dono do Morro: Babru
FanfictionPrometo que essa fanfic será terminada e será muito top vivendo com Bárbara Passos e seus romance clichês e Bruno Goes dono do morro frio e debochado que só se importa em manter sua postura de frio e calculista.