Cap 70

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~Babi Narrando~

Abro os olhos rapidamente, com a respiração ofegante com o que eu acabei de sonhar.

  Eu não entendi! Não faz sentido para mim na minha cabeça.

           Álias! Eu tive um sonho...

             ( Imaginem o sonho)

- Pesadelo?- ouço a voz de rouca Bruno e olho para o meu lado. Ele coça os olhos e eu sinto uma enorme vontade de chorar.

  Não só porquê finalmente  tive um sonho, mas por quê eu senti como se nunca mais quissese sair daqui... Não do hospital, mas sim dos braços dele. 

- Não...- ele limpa uma lágrima. - Um sonho...- sorrio para ele que ergue uma sobrancelha.

  " Ainda estarei aqui quando você acordar" 

 As palavras de Bruno soam por minha cabeça, mas nada disso faz mais sentido nenhum para mim.

   Eu só quero poder ficar com ele...

 ***

  O caminho do hospital até o hotel foi feito em silêncio. 

  Percebi várias vezes Bruno me olhando de canto, mas sempre que eu o olhava, ele desviava.

 Ele não falou muito depois que eu acordei. Ficava a maioria do tempo sentado olhando para o teto,  pensativo.

 Por algum motivo eu ainda estou fraca. Quer dizer, eu estava bem antes de desmaiar e já tinha passado mais tempo sem dormir, e por conta disso eu fricava fraca, mas nunca cheguei ao ponto de desmaiar.

  Bruno me ajuda a caminhar até o elevador.

- Eu tenho que trabalhar hoje.- digo com a minha voz fraca e encosto minha cabeça na parede do elevador.

- Não tem não.- ele diz como se fosse óbvio.

- Tenho sim, ao menos preciso falar com o senhor Lei sobre isso.- ele suspira e passa a mão no cabelo.

- Faça o que quiser, mas não vai trabalhar hoje.- reviro os olhos com seu tom autoritário.

- Se eu quiser eu vou.- meu tom não deixa espaço para protestos.

- Recomendações do médico...- olho para o mesmo que está impassível.

  Ele está novamente pagando de despreocupado, como se não se importasse comigo.

  Pego meu celular na bolsa e procuro o número do Senhor Lei. Bruno observa minhas ações um tanto desconfiado.

  Ligo para ele que atende de segundo toque.

   ~Ligação On~

- Barbara! Está tudo bem?- olho para Bruno que ergue uma sobrancelha.

- Sim! Estou bem, só liguei para avisar que eu estou me sentindo muito bem, ontem a noite precisei ir ao hospital. Me desculpe mesmo.- começo a roer as unhas nervosa.

- Ah sério? Nossa, quer que eu vá ai te fazer uma visita? Sobre o trabalho não se preocupe, eu acabei atrasando ontem a noite o trabalho. Vamos amanhã bem cedo para dar tempo, acha que vai estar bem até lá?- ele pergunta e eu suspiro aliviada.

- Sim, amanhã de manhã então. Estou bem não se preocupe, nõs vamos amanhã.- nos despedimos e eu encerro a ligação.

 A porta do elevador se abre e Bruno me ajuda a caminhar.

- Obrigada...- digo quando passamos pela porta do meu quarto. - Ei, onde está me levando?- ele olha para mim.

- Não vou te deixar sozinha.- responde enquanto abre a porta de seu quarto. - Vamos.- ele segura minha cintura e eu passo um braço pelo seu ombro, para poder me equilibrar.

  Novamente estamos nesse enorme quarto...

- Eu vou tomar um banho, quer ficar aqui na sala, ou lá em cima?- ele pergunta um pouco distante.

 Sei exatamente o que quer fazer. Ele quer se afastar por conta do que eu disse sobre os pesadelos...

  Mas por quê eu não fico feliz com isso?

 E a pergunta que está assombrando minha cabeça... Por quê diabos eu não tive pesadelos quando durmo com ele?

  A cada segundo a mais que se passa ao seu lado, eu me vejo mais amarrada a  ele, só espero que eu saiba desatar esse nó na hora certa.

- Lá em cima...- ele assente e me deixa sentada em sua cama.

 Observo suas ações, desde ir no closet e voltar somente com uma toalha ao redor da cintura indo em direção do banheiro, sem nem olhar para mim.

 Deito minha cabeça no travesseiro.

 Eu devia me manter afastada dele também... Mas então por quê meu coração está acelerado e estou tão nervosa?

    Ouço o som da água do chuveiro.

    Olho para a porta pensativa...

                            Droga!                                                

    Eu me levanto e paro em frente a porta do banheiro.

 E se estiver trancada? Respiro fundo e coloco minhas mãos trêmulas na maçaneta na porta. A porta se abre e eu empurro a porta com cuidado.

       Não sei se deveria fazer isso...

   Mas assim que entro lá todas as minhas dúvidas somem.

 Bruno está debaixo do chuveiro com a cabeça apoiada na parede e com os olhos fechados, enquanto a água cai sobre ele.

                             Bruno...                                    

  Já é duro ter que lidar com a minha própria dor, mas é ainda pior quando a minha dor provoca dor nele...

   Começo a desabotoar meu vestido até que el já está no chão. Permaneço de calcinha e sutiã e abro a porta do box.

        Bruno ainda continua imóvel.

 Eu suspiro e chego atrás dele passando meus braços em torno de sua cintura. Ouço ele suspirar e eu deito minha cabeça em suas costas logo depois de depositar um beijo.

  A água do chuveiro começa a me molhar, já que o chuveiro é enorme, parece ter sido feito exatamente para duas pessoas.

 Ele apoia sua mão na minha e esfrega o dorso da mesma.

 Já disse que quando estou com ele esqueço de tudo? Essa é uma das coisas que eu não conseguia entender, mas agora... Eu entendo...

 Continua...

Vendida para o Dono do Morro: BabruOnde histórias criam vida. Descubra agora