Cap 18🍷❤

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~Babi Narrando~

Eu fecho os olhos esperando o beijo acontecer, mas nada acontece.

  Eu sinto seu dedo sobre meu lábio, e abro os olhos.
      Ele está olhando para minha boca com uma expressão de indecisão.

   Talvez ele saiba que é errado, assim como eu sei, mas eu quero... Sim, por alguma razão inexplicável eu quero.

- Eu não posso Babi... Não com você- suas palavras me cortam o coração.

Eu quero perguntar o por quê não, mas a única coisa que eu consigo fazer é apoiar minha cabeça na sua mão e sentir seu toque.

  - Deve estar cansada, vamos dormir- ele se afasta e deita ao meu lado.

Eu olho para ele que apenas sorri e abre os braços.

Eu sorrio diante de seu gesto.

- Vem cá- eu deito em seu peito me aconchegando em seus braços quentes. Ele passa seus braços ao meu redor.

- Quer falar sobre aquela noite?- eu olho para ele confusa.

- Que noite?

- Depois que eu... te deixei.

- Ah...- eu deito minha cabeça novamente em seu peito.- aquele cara se ofereceu pra me dar uma carona... Eu não imaginei a verdadeira intenção dele...

- Babi, pelo amor de Deus, vc é muito ingênua- isso claramente era para me repreender mas sua voz acabou sendo doce. Ele passa a mão pelo meu cabelo.

- Eu aceitei por que imaginava que seria pior se não chegasse a tempo...- estremeço lembrando de Bruno me ameaçando.

- Ei...- ele me faz olhar pra ele.- Eu...- ele parece indeciso com algo, parece que ele não vai falar. Talvez ele só esteja arrependido ou com pena.

- Ele não me fez muitas perguntas, só o por que de eu estar com aquela roupa- eu continuo.- Uns minutos depois ele parou o carro e me jogou para fora. Eu estava assustada e pensei que ele iria...- Bruno acaricia minhas costas me consolando.- Ele me prendeu contra a árvore, eu vi uma chance de sair e o empurrei, só que ele acabou caindo e...

- Batendo a cabeça na pedra- levanto minha cabeça para olha-lo.

- Como você sabe?

-  Alguns dos meus parças encontraram ele desmaiado, estava sangrando muito na cabeça e estão o mantendo em cativeirocom tratamento médico, mas ele ainda não  acordou- eu suspiro aliviada... Ele não está morto, mas...

- Você está mantendo ele em cativeiro? Por que?- ele me olha como se eu fosse uma idiota.

- Não é obvio? Ele tentou te estrupar Babi, e sem falar que ele é de uma gangue inimiga.

- E daí? Você deveria entregar ele para  a polícia, sem falar que você também me ameaçou de estrupo- ele me olha com raiva.

- Eu não...- ele me olha exasperado.- Eu não ia fazer nada com você Babi.

  Por algum motivo idiota isso me faz sorrir.

    Ele deita sua cabeça em meu pescoço o que me faz arrepiar.

  Poxa por que isso sempre acontece comigo sempre que ele me toca?

- Você cheira tão bem Babi...- eu sinto uma onda elétrica atravessar meu corpo e um calor entre minhas pernas. Ele abraça meu corpo trêmulo  e segura minha coxa a colocando sobre ele.

   Meu Deus!

Estamos tão perto...

  Minha respiração está irregular e meu coração acelerado.

Ele beija minha clavícula, e porra minha calcinha está encharcada.

- Bruno...- minha voz sai como um gemido. Sinto seu sorriso contra minha pele, ele está se divertindo.

Eu passo minha mão no seu cabelo macio e cheiroso.

- Desculpa- ele me interrompe e eu congelo.- Desculpa Babi, eu deveria ter dito isso a muito tempo. Eu sinto tanto... Tudo o que aconteceu com você, eu sou muito orgulhoso para admitir mas foi minha culpa. Então... Me perdoe.

- Bruno... não foi sua culpa- continuo com minhas mãos em seu cabelo.

- Me desculpa Babi.

Eu sinto que ele dorme ali,e eu fico pensando...

- Eu já te perdoei a muito tempo Bruno- ele me abraça mais forte e eu adormeço.

     (...)

- Eei, acorda- abro os olhos e me deparo com Carol sorrindo para mim.- Tem que tomar café- eu olho para o lado e não vejo Bruno.

- Que horas são?

-8 horas, hora do café.

- Eu já estou indo- ela sai do quarto e eu sento na beira da cama, sinto uma dorzinha pequena mas nada demais. Me levanto.- Aauuu- eu volto a sentar, meus pés estão doendo muito.

- Posso entrar?- ouço duas batidinhas na porta junto com a voz de Bruno.

- Eeeeh... Pode- eu ajeito meu cabelo ligeiramente.

  Eu me viro para vê-lo.

- Eu só queria ver se está tudo bem- olho para ele confusa.

- Tou bem obrigado- ele assente e se encosta na cômoda de frente pra mim. Eu realmente não to entendendo o motivo dele estar aqui, tenho certeza que não foi só por isso, ele parece meio incerto e pensativo.

- Fica melhor em você- novamente olho confusa para ele.- Minha camisa- ele aponta para mim.

- Ah, sim, isso- olho pra baixo envergonhada e coloco o cabelo atrás da orelha. Memórias de ontem passam pela minha cabeça, o que me faz corar, ele quase ter me beijado, por ter me pedido desculpa de uma forma tão... Sincera? Suspiro quando lembro do motivo dele ter pedido desculpa.

  Olho para ele esperando que ele fale alguma coisa, mais ele só me encara de volta. É um silêncio estranho, já que eu me sinto extremamente nervosa, por algum motivo que eu não sei explicar, mas é como se ainda assim eu me sentisse bem. Penso em perguntar o por que dele estar lá, ne olhando. Mas eu não consigo, como se algo segurasse meu olhar no dele. Algo que definitivamente eu não sei explicar o que é.

  - Eu não consigo- lanço a ele um olhar confuso.

- O quê vc não consegue?- ele anda de um lado de pro outro passando a mão pelo cabelo.- O que você não consegue Bruno?- eu tento me levantar mas meu pé dói- Auu- eu me sento novamente e Bruno vem até mim com  uma expressão de preocupação.

- Babi, ta tudo bem?- ele se agacha na minha frente. Eu mordo o lábio.- Você consegue levantar sozinha?

- O quê você não consegue Bruno?- minha voz sai quase um susurro. Ele suspira e pega meu pé.

-  Deixa que eu olho- ele realmente não vai me falar. Eu gemo de dor quando toca em um ponto específico do meu pé. Seu olhar pega fogo sobre mim o que eu fiz? Ele suspira e volta a cuidar do meu pé.

(...)

Depois de Bruno ter enfaixado meu pé, ele me ajudou a me levantar, e enquanto eu fazia minhas higienes no banheiro, tomava banho e trocava de roupa, ele ficou me esperando. Depois ele me ajudou a ir até a cozinha para o café da manhã onde Carol já estava impaciente, e ficou surpresa de nos ver juntos, mas não comentou sobre o assunto. Bruno foi pro escritório na boca onde ficou o dia todo e nem vi quando ele voltou, se é que ele voltou.

(~~~~~~~~~~~~~~~~~~~)

Faz dois desde minha última conversa com Bruno, não vejo ele desde então. Carol diz que ele ta tendo muito trabalho com o morro, mas ele não volta lra comer ou dormir, então não deve ser só isso.

Será que é por quê ele não me quer por perto? Eu sei que incômodo ele, e quando ele disse "Não consigo" era claramente sobre tentar ser bom comigo, ele não me quer por perto por que não me suporta. E eu o entendo...

Continua...❤😘😘

Vendida para o Dono do Morro: BabruOnde histórias criam vida. Descubra agora