Cap 46🃏

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~Bruno Narrando~

Aqueles malditos caras chegaram sem serem percebidos na boca, e conseguiram me pegar.

  O que me faz pensar que quando eu sair daqui e matar eles eu vou ter de reforçar a segurança do morro.

Aqui estou eu com os braços amarrados atrás de mim. Sentado no chão. Com a merda de uma fita na boca e dois caras com um bastão na mão me fitando querendo me passar medo.

Mas eles sabem que falharam quando eu os olho indiferente. Quase como se estivesse entediado.

- Ah vai se fuder- um deles exclama e vem para cima de mim mas é impedido pelo outro.

- Não podemos matar ele caralho. São ordens do chefe...- o outro me olha com raiva e eu ergo minhas sobrancelhas em desafio.

Ele dá a volta exasperado e se senta em minha frente me encarando com ódio.

Sei que eu estou nas mais péssimas das condições. Amarrado e sem poder falar nada, teoricamente estou nas mãos desses idiotas. Isso é o que eles pensam. O lugar que eu estou é  fechado, as paredes são de ferros e o único sinal de janela é uma bem pequena na parede, mas é alta demais sem falar que nem a pessoa mais magra conseguiria passar por aquele pequeno espaço.

Concentrado em tatear a corda atrás de mim eu concluo que o nó que eles fizeram é muito difícil de se desfazer. Mas ainda assim eu tento, mesmo com minhas mãos doendo.

A porta se abre num barulho alto e os dois voltam novamente a ajeitam a postura quando um homem bem vestido entra.

Ele está com um cigarro na mão e me olha como um rato.

   Victor mais conhecido como Coringa👇

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- Olha quem temos aqui!- ele sorri. - Bom, se me falassem antes que eu estaria com você como meu refém eu nem acreditaria...- o homem se aproxima e fala algo baixo para um dos idiotas, que logo vem até mim e arranca a fita de meu rosto.

  Suspiro sentindo minha boca levemente dolorida.

- O que acha? Está gostando da hospedagem?- ele sorri erguendo uma sobrancelha. Não consigo evitar de sorrir também.

- Nada mal. Já estivesse em lugares piores...- sua expressão se torna rapidamente irritada mas ele logo recompõe.

- Não cante Vitória muito cedo...- ele fala em um tom duro mas respira fundo me lançando um sorriso. - Dá última vez que nos vemos você assasinou com suas próprias mãos toda a minha família...- sinto uma amargura em seu tom de voz.

Sim, não queria ter chegado a esse ponto mais foi necessário...

- Não leve para o lado pessoal, vocês acabaram com minha casa, eu tinha que devolver o favor, mas você me conhece... Se me dão uma coisa, eu dou o dobro- lanço meu melhor sorriso e sua expressão fingida se desmancha.

Vendida para o Dono do Morro: BabruOnde histórias criam vida. Descubra agora