Vendida para o Dono do Morro: Babru

Cap 24💜

~Bárbara Narrando~

Depois do que rolou, Bruno foi tomar banho e eu fui limpar os cacos de vidro do meu quarto.

Não sei exatamente o que está acontecendo entre a gente. De vez em quando ele me trata mal, e de vez em quando me trata bem. Tão bem que eu fico confusa.

  Mas ele me beijou... Ou melhor, nos beijamos.

  Mas ele sempre toma a iniciativa para rolar algo entre a gente. Eu realmente não sei o que pensar sobre tudo isso.

Tem vezes que eu não o suporto, mas tem vezes que eu adoro ficar com ele. Também não sei o que ele quer comigo. O beijo pode não ter significado nada para ele, e ter acontecido pelo calor do momento.

  Tenho certeza que foi pelo calor do momento, em ambas as partes, não temos outros motivos... Ou temos?

Eu realmente nunca me senti assim, e  eu sinto que isso é muito ruim, muito ruim mesmo. Teve o Gregory... mas isso não convém a história. Resolvo esquecer esse assunto.

  Talvez hoje eu possa abordar o assunto escola com ele, já que ele está mais calmo. Eu ia esperar Carol falar com ele, mas eu não quero colocar muitas esperanças nisso.

Suspiro e resolvo que é melhor eu me arrumar.

Aproveito para lavar meu cabelo enquanto tomo banho. Coloco uma música que eu gosto, e continuo a pensar sobre todas essas mudanças que ocorreram na minha vida desde que vim para cá.

   Depois de tomar banho, eu resolvo deixar meu cabelo secar naturalmente  para não fragilizar ele demais.

Escolho pra vestir, um short branco meio folgado, e um cropped com manga, rosa escrito baby girl.

Obs: Da pra ver um pouco das minhas cicatrizes mais e bem pouco mesmo.

Me vejo no espelho e sorrio olhando para o calor da minha mãe. Eu nem acredito que eu estou o usando. Papai uma vez me disse que ela adorava esse colar e não o largava. Eu finalmente estou o usando.

Vou até a cozinha e vejo Bruno comendo pão com ovos e tomando café.

   Assim que ele me vê ele olha para o meu corpo.

- O-o-oi...- sorrio e passo por ele.

- Vou fazer alguma coisa para o almoço.- olho pra ele que ta com uma calça moletom cinza e uma camisa preta ressaltando seus músculos.

- Admirando a vista?- ele me lança um sorriso travesso e eu reviro os olhos.

- Sabe...- pego na geladeira tomates, cebolas, pimentões, coentro, é o necessário para fazer um vinagrete.

- O quê- coloco uma tábua de cortar no balcão de frente para ele e começo a cortar as coisas. Respiro fundo antes de começar a falar, confesso que estou nervosa.

- É que... Minhas aulas já vão começar- ele para o pão na frente da boca, me olhando.

- E daí- sua voz está novamente grossa e ele toma um gole do café. Ah não ele vai começar a me tratar mal de novo não né.

- Eu tenho que estudar- falo baixo para que ele entenda que não tô querendo brigar. Ele é muito impulsivo. Ele solta um riso.

- Eu não me lembro de ter dito que você tinha que estudar- eu abro a boca para protestar mas me calo antes que arrume mais uma confusão. Ele me olha cínico. Aaaaaa, tudo de novo não.

- Você não me disse nada sobre isso, mas... Eu realmente tenho que estudar- olho para ele que se recusa a olhar pra mim e termina de comer.

- Por que acha isso, você não tem que estudar- ele está curto e frio comigo, sendo que a alguns minutos estava me abraçando.